Como Lidar com Meu Passado [CLMY PARTE 2]

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- Então podemos fazer um acordo?

- Claro. - Ela sorriu - Eu aceito qualquer acordo pra ter meu filho de volta.

- Prometa que vai voltar ao Last Hope e se recuperar.

- O quê? - Ela reclamou - Eu não quero voltar pra lá.

- Escute, lá é o único lugar que eles podem cuidar de você, que eles podem te recuperar por completo. Faça isso por mim, prometa que vai voltar pra lá e eu prometo fazer visitas a você.

- Você... Me visitaria?

- Sim. Assim aos poucos, poderemos nos reconciliar.

Ela pensou alguns instantes, e então concordou com a cabeça.

- Tudo bem, eu volto pra lá.

- Ótimo. - Dei um meio sorriso. Depois peguei meu celular.

- O que está fazendo?

- Ligando para o Last Hope, dizendo que te encontrei. Eles virão te buscar aqui.

Ela estremeceu com a ideia, mas concordou.

- Tudo por você, Yoongi.

Depois que liguei, involuntariamente me levantei. A convidei a se levantar também.

Ela ficou de pé e me olhou nos olhos. Eles eram idênticos aos meus, bem escuros. Dei um abraço nela, que retribuiu de bom grado.

- Nós iremos nos dar bem de novo, vamos conseguir. - Falei.

- Eu irei me esforçar pra largar o vício e me recuperar.

- E eu me esforçarei pra aceitar e me relacionar com você de novo.

- Aos poucos.

- Um passo de cada vez.

Alguns minutos depois, o porteiro ligou avisando que a ambulância do Last Hope havia chegado.

Acompanhei ela até a saída. Descemos de elevador e eu a deixei na portaria.

- Irei visitar você no fim de semana. - Disse.

- Vou te esperar.

...

Estava assistindo TV, já era noite, quando ouvi a porta se destrancando, Sam havia voltado.

- E aí, como foi a reunião? - Disse, assim que Sam passou pela porta.

- Quem se importa? - Ela largou a bolsa na mesa de centro e se sentou ao meu lado no sofá. - Eu quero saber como foi com ela.

- Ela me contou a vida dela, tudo que ela havia passado e o motivo de ter feito tudo aquilo comigo.

Contei resumidamente a Sam tudo que ela havia dito.

- Puxa vida. Eu não poderia imaginar nem metade dessas coisas.

- Eu também não. Então eu e ela fizemos um acordo. Se ela prometesse voltar ao hospício, eu iria visitar ela e poderíamos tentar nos aproximar novamente.

- Mas isso não significa que você vai perdoar ela, né?

- Sim, não vou a perdoar.

- Entendo. - Ela encostou sua cabeça em meu ombro. - Mudando de assunto, eu pedi uma pizza quando estava vindo pra cá. Ela deve chegar a qualquer minuto.

- Fez muito bem, a fome já estava chegando. - Ri com meu comentário, e ela também - Obrigado por ter pedido.

- De nada.