034

937 88 48
                                    

- Se eu não posso ter você Sam, - Nathan disse, puxando uma arma do bolso do casaco e apontando pra mim - Então ele também não terá.

Na mesmo instante, eu gelei. Nathan podia ser um Playboy metido, mas ele sabia como mexer numa arma. Sendo parente de várias pessoas envolvidas com o crime à queima roupa, pra ele me matar seria moleza.

- Nathan, abaixa essa arma. - Sam pediu com medo na voz. - Não o mate! Não faça isso!

- É minha única escolha. Se você não me ama, e eu não posso amar você, então ele também não pode. E para isso - ele calibrou a arma com facilidade, me olhando nos olhos - preciso eliminá-lo.

- Nathan, não faça isso, você vai se arrepender. - Falei, tentando ficar calmo. - Não vai valer a pena, se me matar, pode sair mal pra você.

- Eu não vou dar ouvidos a você. Tenho apenas uma bala, e não irei desperdiçá-la. Adeus Yoongi.

Muitas coisas aconteceram ao mesmo tempo. Eu fechei meus olhos, instintivamente, com medo, e ouvi apenas o barulho do tiro e Sam gritando.

- NÃÃÃÃÃÃO!

Eu não senti absolutamente nada. Abri meus olhos e Sam estava na minha frente, se contorcendo. Ela se sacrificou... Por mim. Ela levou o tiro por mim. Meu desespero aumentou.

- Sam... Sam, me responde... - A chamei enquanto ela desabava no chão, e com um ferimento horrível na barriga.

- Oh, céus! O que eu fiz? - Nathan disse, deixando a arma cair e se aproximando do corpo dela.

- Não chegue perto, fique longe!! - Eu gritei com ele, com o rosto molhado pelas lágrimas ao ver minha namorada ferida.

A puxei pro meu colo, segurando-a com cuidado. Ela gemia segurando o local onde tinha sido atingida. Seus olhos estavam abertos, mas seu olhar era distante.

- Yoongi... - Ela me chamou, com a voz fraca, um fio de sangue saindo do canto de sua boca.

- Sam, por favor, resista. Fique comigo, não me deixe. - Eu implorava a ela, gotas de lágrimas caindo em seu rosto. - Eu não vou aguentar viver sem você. Por favor, resista!

- Eu acho... Que não vou conseguir... - Ela suspirou. O desespero começou a invadir meu corpo. - Acho que chegou a minha hora...

- Não, não, não, não, sua hora não é agora! - Eu tentei ajudar ela a continuar lutando, não podia deixar ela morrer - Pense em nós, no futuro que ainda teremos. A gente ainda tem que se casar, criar nossos filhos, vamos envelhecer juntos, vendo a vida passar tranquilamente. Se você partir, não vai sobrar nada de mim. E se você for, eu não vou aguentar. Vou ter que ir junto com você.

- Não, por favor... - Ela segurou meu rosto - Você não pode morrer por mim. Eu não aceitaria isso.

- Então lute! Seja forte! Você consegue Sam, faça isso por nós! - Eu a segurei em meus braços, tocando seu rosto - Eu tô aqui com você.

Segundos depois, a polícia abriu a porta. Graças à Deus.

- Prendam esse homem! - Ouvi a voz de CJ - Algemem ele!

Então ela se aproximou de nós e entendeu a situação.

- Oh Sam... - Ela acariciou o rosto da amiga - Levem essa.moça pra ambulância, ela está ferida! - Ela ordenou a dois homens.

- Segura firme, baby. - Sussrrei a ela - Continua comigo, seja forte.

- Vou me esforçar. - Ela disse bem baixinho.

...

Dois minutos depois, já estávamos na entrada no prédio, duas viaturas da polícia, e uma ambulância da central de emergência.

Claramente uma multidão de curiosos e enxeridos estava em volta, observando a cena.

Eles levaram Sam ao hospital, iriam deixá-la viva. Eu estava aliviado quando vi ela sendo colocada em uma maca e sendo levada rapidamente ao pronto-socorro.

Do outro lado, Nathan estava algemado e sendo colocado na viatura.

- Ele vai ficar preso por vários motivos. - CJ disse se aproximando de mim.

- Quais, exatamente? - Perguntei.

- Ah, simples. Suborno, tentativa de homicídio, porte de arma sem permissão fiscal, - Ela contava nos dedos enquanto dizia - E desacato à autoridade.

- Quando foi esse último?

- Há três minutos. Ele me chamou de vadia por ter prendido ele. Sendo que nos éramos amigos e tal. - Ela disse.

- Obrigado por ter vindo rápido, CJ. Mais um minuto e acho que Sam não aguentaria. - Eu suspirei, feliz que tudo tinha acabado.

- Se quiser vir prestar queixa e apresentar suas provas à nós, a delegacia estará de portas abertas.

- É claro que eu vou.

- Me sinto muito honrada e orgulhosa. Acredita que eu sou a primeira oficial que prende um Verbinski? E em flagrante, ainda por cima!

- Meus parabéns, delegada Martinez. - Eu sorri. - Mas diga-me, quem chamou a polícia? Eu não esperava que ele aparecesse na minha casa, então não deu tempo de avisar da emboscada.

- Fui eu que chamei. - Uma voz feminina disse às minhas costas. Me virei e era Lucy.

- Você? - Eu me surpreendi.

- Sim. - Ela olhou pra mim, depois pra delegada - Escute, eu fui cúmplice dele durante todo esse esquema. Sou prima dele e ajudei a acobertar tudo, mas quando soube que ele pretendia ir até sua casa armado, eu me toquei e liguei pra polícia o denunciando.

- Fez muito bem, moça. - CJ disse - Mas deve lhe informar que cúmplices de um crime também pagam pena.

- Estou ciente disso. Vim aqui justamente pra me entregar. Não quero fazer parte disso. - Ela estendeu os punhos.

Enquanto um policial a algemava, eu disse um "obrigado" em seu ouvido, o que a fez sorrir.

Ela foi levada para a viatura também, junto com o primo.

- Mesmo sendo cúmplice, a garota teve boa intenção ao te ajudar. - CJ disse. - Quem sabe ela não ajude, com suas informações, a prender o resto da família Verbinski?

- Boa sorte a você. - Eu falei. Assim que notei o carro do noticiário estacionando do lado de fora, percebi que já bastava de aventuras - Eu vou me mandar agora, parece que a imprensa quer registrar o ocorrido. E eu não quero aparecer na TV, portanto, até outro dia, Delegada Martinez.




Oioioioioioioioioi

Finalmente o embuste foi pro lugar que merecia

TÁ ACABANDO AAAAAA

Mas calma

Ainda tem umas coisinhas pra rolar

Beijo Beijo

Titia ama vocês ;-)

Como Lidar com Meu Passado [CLMY PARTE 2]Onde histórias criam vida. Descubra agora