Beez In The Trap

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3. Beez In The Trap

New York, Brooklyn - 2015 | 23h16pm

Depois de alguns minutos correndo  finalmente paro, olho ao redor e franzo o cenho ao não reconhecer as ruas. Droga!

Xingo-me mentalmente de todos os nomes possíveis. Definitivamente não faço a menor ideia de onde estou. O lugar é escuro, sujo, estranho, não se tem muita iluminação e a pouca que à da um ar assustador ao lugar.

Refaço meus passos pelas ruas em que vim e acabo só complicando mais as coisas ao ver algumas casas e vários apartamentos pequenos.

Droga! Como porra eu vim parar no Brooklyn?!

Pego o celular do bolso e desbloqueio o mesmo, olho pra tela e está fora da área de cobertura.

Ótimo, porque não ne?! Definitivamente não tem como piorar!

Ouço passos atrás de mim e sinto meu coração palpitar mais forte. Respiro fundo e apresso os passos e sinto como se cada momento fosse meu último.

Passo as mãos pelo cabelo e engulo em seco, cravo meus pés no chão ao parar de andar e percebo que os passos atrás de mim também pararam; conto mentalmente até dez e viro-me lentamente para trás.

Não consigo reconhecer a pessoa e nem conseguiria, não ando pelo Brooklin para conhecer a gente desse lugar. A silhueta feminina me chama a atenção.

— Quem é? — forço a vista ao ver a pessoa da alguns passos á frente.

— Onde está a Zoe? E porque caralho você está sozinha por aqui? — pergunta, parece preocupada, e eu claramente conheço essa voz.

— Suzie? — questiono confusa.

— Adrienne onde está a Zoe e porque diabos estás por aqui sozinha? — ela pergunta novamente e isso me faz sorrir um pouco mais aliviada.

Caminho em sua direção e paro bem a sua frente, olho em seus olhos e suspiro aliviada por ser realmente ela; me jogo em seus braços e aperto seu pescoço com uma força razoável, seus braços me abraça de volta e sorri.

As lágrimas escorrem novamente por minhas bochechas e não me importo em tentar reprimi-las.

— Eu estava com tanto medo Suzie! — alguns soluços escapam entre meus lábios e ela passa a mão por meu cabelo.

— Shiu! Tá tudo bem agora querida, não se preocupe! — ela diz calma ao tentar me passar conforto.

Desfaço o abraço e deixo um beijo em seu rosto, a mesma sorri fofa ao assentir.

— Vêm, precisamos chegar no galpão a tempo! — seguro em seu braço e saiu a arrastando pelas ruas.

{. . .}

New York, Manhattan — Estacionamento do Drugs - 2015 | 02hr22am

Definitivamente fui parar longe. Levamos em média meia hora para conseguirmos achar o caminho certo para o galpão.

Ao chegarmos a Zoe correu até nós e começou a me metralhar de perguntas e reclamações sobre como não posso sair correndo sozinha no meio da noite por lugares que não conheço.

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