Game Over?

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35. Game Over?

New York, Brooklin — Boate Cardi - March 25th, 2017 | 20h

Poin Of View Adrienne Wayne

As vezes por mais que o destino insista em me mostrar que a minha vida ao lado do Justin não é para mim, eu insisto em querer que de alguma forma seja.

Eu me via com ele, me via ao lado dele e conseguia enxergar o mal que fazíamos um para o outro e mesmo assim isso não me impedia de querer tê-lo comigo sempre mais.

Talvez perder a chance de criar meu filho por causa dele me fez ver que tê-lo ao meu lado não fosse algo que eu quisesse tanto quanto eu achava que queria, porque agora sem ele e sem o meu filho eu consigo ver que eu acabei por me perder na busca desesperada de me achar nele.

— Em que tanto você está pensando? — Larissa aparece no quarto e balanço a cabeça afastando os devaneios.

—  Não importa. —  suspiro. — Todos já chegaram? —  balanço os ombros para ela na tentativa de mostrar minha animação e ela balança a cabeça.

— Aquele carinha que você se interessou no outro dia estava a sua procura. —  ela pisca para mim antes de sair do quarto me deixando sozinha novamente.

Encaro meu reflexo no espelho e suspiro com pesar, passo tantas horas da minha noite acordada tentando entender o porquê da minha vida está na situação que se encontra que acabo esquecendo de dormir e as olheiras são consequências disso.

Levanto-me e vou em direção ao banheiro, jogo um pouco de água fria no rosto e volto para o quarto. Calço o salto preto que a Larissa trouxe e sento-me em frente a penteadeira, passo um batom vermelho nos lábios e sorriu para mim mesma.

Assim que desço as escadas me deparo com o moreno de umas noites atrás, ele vem em minha direção com um sorriso largo no rosto e é impossível não ser contagiada por aquela energia leve.

— Estava a sua procura. —  ele me cumprimenta com um beijo estalado na bochecha. — Vai querer beber alguma coisa? —  a forma com que ele é atencioso e gentil comigo é o mais encantador.

— Por favor. —  o acompanho até a cozinha e o vejo pegar um copo no armário.

— Como você está se sentindo hoje? —  dou de ombros e sento-me na bancada de mármore.

— Aquele dia em que nos conhecemos foi uma exceção, geralmente eu não sou daquele jeito. —  suspiro ao pegar o copo de whisky que ele me oferecia. — Eu estou bem, preciso repetir isso e me convencer porque não tenho tempo para momentos tristes na minha vida. —  pisco para ele e beberico o liquido amarelado.

— Já que é assim eu acredito em você. —  sinto suas mãos em minhas coxas. — Podemos aproveitar bastante esse tempo que você não tem para a tristeza. —  ele se aproxima do meu rosto e me sinto hipnotizada por seus olhos negros nos meus. — Podemos ir para a minha casa se você quiser. —  seus lábios tocam minha orelha e fecho os olhos ao sentir sua língua fria por toda a extensão da mesma. — Porque desde aquele dia em que nos conhecemos eu venho sonhando muito com esse momento. —  suas mãos apertam minhas coxas e deixo um gemido fraco me escapar.

— Percebo que você é bastante determinado naquilo que cobiça. —  puxo o ar com força para dentro de meus pulmões e o encaro. — Você tem belos olhos. — digo da forma mais simples possível o fazendo rir. — Falei algo engraçado? — sinto minhas bochechas queimarem e ele balança a cabeça.

— É engraçado ouvir isso de você quando carregas uma beleza tão inexplicável. — mordo o lábio inferior e ele coloca uma mexa do meu cabelo atrás da orelha. — Vamos sair daqui? — seus olhos me encaram e desvio meu olhar ao me sentir intimidada.

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