More Problems

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22. More Problems

New Yorque, Manhattan — Upper West Side — January 01th, 2016| 00h00pm.

— Feliz ano novo pai! — olho para o homem ao meu lado e sinto uma paz enorme no peito.

Poder está em casa, depois de todo o caos e movimentação que tive na vida é realmente muito reconfortante. Deitar a cabeça no travesseiro à noite e não ter aquela preocupação se irei ou não acordar é algo maravilhoso.

As pessoas que estão comigo, sabendo que elas não estão em perigo ou sujeitas a um ataque repentino. Não à sensação melhor que a certeza de que finalmente as coisas estão indo pelo caminho certo.

— Feliz ano novo filha! — seus braços fortes rodeiam meu corpo em um abraço caloroso e sorrio na curvatura de seu pescoço.

A voz das garotas me faz soltar meu pai e virar para elas, as mesmas estão fazendo a maior bagunça enquanto o barulho dos fogos de artifícios são estourados no céu fazendo um verdadeiro espetáculo de cores.

— Vocês perdem tempo com tanta besteira. — Ryan diz indignado e o olho de canto de olho.

— Você perde tempo com aquelas vadias e ninguém reclama por isso, então para de ser o chato de sempre só por hoje e aproveita sua mãe e sua irmã, seu idiota! — Zoe dispara e sorri comigo mesma.

— Vocês dois são tão fofos juntos, me pergunto todos os dias o porquê de não assumirem esse relacionamento de uma vez. — Suzie diz e o vejo revirar os olhos, toma um gole de sua bebida e vira-se para a garota pronto para da uma bela resposta.

— Vocês ai, venham aqui. — me intrometo a falar antes do Ryan e o mesmo me olha atento. — Venham logo e deixem de ser assim. — cruzo os braços olhando para a rua da enorme janela da sala.

— O que tá pegando? — e pela primeira vez na noite ouço a voz da Karla.

— Olhem ali. — aponto para a queima de fogos. — Isso significa que é um novo ano, que temos novas oportunidades de fazer as coisas de um jeito certo ou não né. — olho o Ryan. — Vocês deveriam deixar essa babaquice toda de lado, só por hoje e aproveitar a droga do momento, agradecer pelas porcarias que tem e pela vida de merda e não ficarem brigando igual crianças mimadas. — meu tom repreendedor faz com todos se olhem em silêncio e depois concordam com a cabeça sorrindo por fim.

— Crianças, venham comer. — a voz da tia Rosemary faz com que todos caiam na risada.

— Essa daí também precisa de uma lição de moral pra ver se aprende a tratar a gente como adultos. — Karla diz enquanto caminhamos até a sala de jantar.

— Adultos é? — Ryan zomba. — Vocês tem 16 anos e estão mesmo se achando as adultas? — lhe mostro o dedo do meio e sento na cadeira a sua frente. — Idiota!

— Babacão! — lhe estendo a língua.

— Vocês dois ai, deixem dessa besteira. — o pai fala alto e assentimos.

●  ●  ●

— Não vejo a hora de terminar o ano letivo. — me jogo no banco do pátio ao lado do Hector.

— Por sorte você não reprovou, agradeça por isso e comece daí. — ele bagunça meus cabelos. — Mas então, já resolveu todos os seus assuntos com o JB? — e de repente o ar se tornou pesado e o clima ficou tenso.

Desde minha última vez com o Justin eu não havia falado nele, ou visto ele por ai, o que é um grande alívio para mim. Não quero ter que me meter nas merdas dele, não outra vez.

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