Nightmares

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6. Nightmares

New York, Brooklyn — Boate Cardi - 2015

Ótimo Adrienne, porque não abrir a boca e se entregar ne? O dom de fazer as coisas erradas eu certamente domino, só pode!

Faço xixi e saiu da cabine. Paro em frente ao espelho e me encaro por alguns segundos, lavo minhas mãos e enxugo as mesmas, tiro o batom da bolsa e o retoco, respiro fundo, jogo o cabelo para trás e tomo coragem para sair do banheiro.

Para minha sorte, ou não, o Justin não estava, agradeço a Deus por essa intervenção. Volto para onde todos estão e quase tombo para trás ao ver o Ryan e o Bieber juntos. Engulo em seco e sorri nervosa, as meninas me olham confusas mas optaram por não perguntar ou dizer nada.

Justin percebe a minha presença e logo trata de me lançar um olhar sugestivo.

— Oi! — digo sem ânimo, as duas se olham e em seguida olham para mim.

— Acredita que o Bieber está realmente aqui? — Zoe pergunta incrédula e a Suzie revira os olhos.

— Qual é Zoe, ele é so um cara normal. — ela diz entediada.

— Quantos caras normais donos de uma das maiores redes de drogas do país você conhece? Quantos caras normais líder de gângster você conhece? — Zoe retruca e novamente a Suzie revira os olhos.

— Tá bom garotas, deixem isso pra lá, precisamos ir embora! — digo e as duas me olham confusas.

— O que foi em, Adri? — Zoe indaga e dou de ombros.

— Não é nada, apenas não estou me sentindo bem e quero ir para casa. — sorri tentando convencê-la e Su semicerrou os olhos desconfiada.

— Vamos Zoe, em casa conversamos. — ela diz seria e suspirei aliviada, sorri para Suzie em agradecimento e ela apenas assentiu.

New York, Manhattan — Upper West Side — Home - 2015 | 05h00

— Anda Adri, diz o porque de tanto nervosismo naquele lugar. — Suzie diz seria e dou de ombros.

— Minha menstruação desceu, acredita? — pergunto incrédula e ela arqueia uma das sobrancelhas.

— Acha mesmo que vou acreditar nisso? — ela diz desacreditada.

— É verdade Suzie, segundo o calendário menstrual da Adri, a menstruação dela desce hoje. — Zoe diz sem muito caso e a Suzie a encara incrédula.

— Sério que você sabe o calendário menstrual dela, Zoe? — indaga incrédula e ela ri.

— Sei até o seu. — Zoe da de ombros e Su a olha com uma expressão de nojo.

— Tá legal vocês duas, eu preciso dormir. — digo acabando com a "discussão" antes que fique mais séria.

— Já estamos indo, só ficamos preocupadas com você! — Su suspira e sorri de lado.

— Pode ir tranquila meu amor, está tudo bem! — lhe dou um beijo na testa e ela me puxa para um abraço.

— Até amanhã? — ela pergunta e assenti.

— Claro, esqueceu que amanhã temos a sessão de vestidos para o baile? — digo e ela ri.

— É claro que ela esqueceu. —  Zoe diz rindo e foi impossível não rir também.

— Mas você implica em! — olho para Zoe e a mesma me lança um olhar ingênuo.

— Eu? Quê isso, jamais! — diz ela toda sonsa e assenti.

— Se cuida! — a puxo para um abraço e a mesma retribui.

— Sorte com a cólica. — ela diz e por fim me da um beijo na testa.

As meninas vão embora e subo as escadas, entro no quarto e fecho a porta atrás de mim. Jogo a bolsa em cima da cadeira da mesinha do computador e tiro o celular do bolso, jogando o mesmo em cima da cama, tiro os sapatos e logo em seguida a calça, recolho a roupa do chão e a coloco no cesto de roupas sujas, tiro também a blusa e pego uma toalha no closet.

Amarro o cabelo em um coque e solto o sutiã, o mesmo desliza sobre meu corpo e cai no chão, tiro a calcinha e sorri comigo por ter conseguido enganar as garotas com o papo de menstruação.

Entro no box do banheiro e fecho a porta do mesmo, ligo o registro da água e fecho os olhos ao senti a água morna em contato com minha pele.

•  •  •

Deito na cama e pego o celular. Vejo que tem algumas mensagens do Chaz e reviro os olhos, coloco o celular em cima da mesinha de cabeceira e conecto o mesmo ao carregador, me acomodo na cama e sinto meus olhos pesarem e conforme vou piscando fica mais difícil abri-los novamente.

Tenho a estranha sensação de está sendo observada e abro os olhos, vejo a imagem de um homem parado em frente a minha cama, engulo em seco e tento ligar a luz do abajur, que para minha surpresa e decepção não acende.

Pego o celular em cima da mesinha de cabeceira e aperto no botão home, o celular também não acende e começo a sentir o pânico se formando dentro de mim.

— Quem é você? — pergunto.

As lágrimas quentes escorrem de meus olhos fazendo um longo e demorado percurso sobre meu rosto, franzo o cenho e mordo o lábio inferior reprimindo os soluços, minha respiração passa de calma a agonizante e é como se o ar faltasse em meu pulmões e minha voz se quer existisse.

— Adrienne... — a voz da pessoa soa de forma estranha, como se fosse uma criança pronunciando meu nome, mas não é uma criança, antes fosse. — Adrienne, promete que será nosso segredinhos? — novamente a voz soa e me encolho na cama, minha respiração ofegante começa a me incômoda.

A pessoa a minha frente da alguns passos em minha direção e nego com a cabeça, vejo um sorriso diabólico se forma em seus lábios e sinto mais e mais lágrimas molhando meu rosto.

Fecho os olhos na tentativa de ser tudo um sonho ruim e quando torno a abri-los a pessoa está muito mais próxima de mim, com as duas mãos agarradas em meus ombros, e com os olhos esbugalhados me encarando.

Um alto e estridente grito se forma em meu peito e o deixo sair, começo a me debater na cama.

— Sai! Sai! Socorro! Me larga! — sinto mãos fortes me agarragem e levanto em um pulo.

To be continued...

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