42. Sweet Child O' Mine
New York, Manhattan — Upper Wist Side, Home - July 05th, 2018 | 09h00am
Eu quase não consigo acreditar que toda a minha vida finalmente voltou ao normal, da maneira que me é permitida viver esse normal, mas só em saber que o Jackie não estará mais em alguma esquina a espreita, esperando por qualquer vacilo meu já é motivo mais que o suficiente para me fazer encarar o nascer do sol de uma maneira mais positiva.
Finalmente tenho tudo o que vinha desejando no último ano bem aqui na palma da minha mão e a parte mais gratificante nisso tudo é sem sombras de dúvidas poder acordar todos os dias ao lado dele.
— Fome, mamã. — a vozinha doce do meu garotinho me faz rir.
— O que você quer comer hoje, Finn? — o vejo entrar na cozinha trazendo junto um ursinho de raposa que eu ganhei da minha mãe quando era mais nova.
— Mamã, porque a sonhola chama eu de Finn? — ele senta em uma das cadeiras a mesa e o olho pensativa. — O papai não chamava eu assim. — ele diz por fim e parece bem confuso.
— E como ele chamava você? — ele faz uma caretinha e coloca a pelúcia sobre a mesa.
— O papai me chamava de garotão. — ele diz simples.
— Meu amor, o Jackie não é seu papai. — sento-me ao seu lado. — O seu papai é um cara não muito melhor que o Jackie, mas ainda sim é melhor. — Finn franze a testa ainda mais confuso e eu só consigo pensar no quão parecido com o Bieber ele é ao fazer isso e acabo por sorrir. — Eu chamo você de Finn, porque esse é o seu nome. — digo simples e ele coloca a mão no queixo pensativo.
Levanto-me e volto para o fogão, jogo um pouco da massa de panqueca na assadeira e ligo o fogo. Finn parece ocupado demais pensando em tudo o que ouviu e eu não o culpo em momento algum, eu no lugar dele estaria igualmente confusa ou pior. Tenho sorte de não precisar tentar conseguir a confiança do meu filho, o Jackie não foi tão cruel comigo nessa.
— Então se o meu papai não é o meu papai. — tiro a massa pronta da assadeira e a coloco num prato. — Quem é o meu papai? — seu tom choroso quase me fez largar tudo encima do fogão e ir até ele. — Eu quero conhecer o meu pai.
— E se eu disser que o seu pai não quer conhecer você. — sento ao seu lado novamente. — Eu preciso conversar com ele antes de te levar para conhecê-lo, você entende? — ele pisca os olhinhos como se eu tivesse falando em algum outro idioma e bagunço seu cabelo por fim.
Pego o prato de panquecas na bancada ao lado do fogão e o coloco em frente ao Finn, que assim que ver o monte de comida abre um largo sorriso e sinto o meu coração se aquecer como nunca antes.
— Calda. — ele bate com os talheres na mesa animado e sorri.
Derramo um pouco de calda de caramelo sobre as panquecas e no segundo seguinte o garoto está se melecando todo com o seu café da manhã.
— Vejo que acordaram cedo. — Lucinda aparece com a cara inchada e os cabelos bagunçados e foi impossível não rir dela.
— Belo modelito, onde a senhorita vai tão arrumada desse jeito? — ela me mostra o dedo do meio ao pegar a garrafa de suco na geladeira e se junta a nós a mesa.
— Como você aguenta uma mãe dessa, Finn? — ela aperta as bochechas do garoto e ele lhe olha feio.
— Não gosto de voche. — ele diz quando ela tenta roubar uma de suas panquecas e gargalho da cara surpresa que ela faz.
— Porque ensina essas coisas ao garoto? — ela me olha indignada e dou de ombros.
— Meu filho é livre para não gostar das pessoas, eu não tenho nada a ver com o fato dele não ir com a sua cara. — digo da forma mais simples possível e ela revira os olhos.
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Outlaws
FanficEntre o amor e o ódio, eu escolho correr! Não da dor ou do medo, apenas correr. Me sentir livre! Sentimento mútuo que não tenho a algum tempo. Adenalina fazendo com minhas veias pulsassem mais rápido e o coração batendo mais forte dentro do peito. ...