11. Goodbye
New York, Broadway — Presbyterian The Allen Hospital, 2015
— Mãe? — toco seu rosto com delicadeza. — Sou eu mãe, a Adri... — a mesma se mexe na cama e abri os olhos com certa dificuldade.
— Oi filha. — ela começou a tossir e a observo preocupada.
Sinto a presença de mais alguém no quarto e olho por cima dos ombros vendo Justin se prontificar ao meu lado, engulo em seco e torno minha atenção a mulher pálida a minha frente.
— Que saudades meu amor! — abro um largo sorriso ao ouvi-lá, a mesma estende o braço e segura minha mão, sua pele gélida me causa calafrios.
— Como a senhora está? Achei que nunca mais fosse vê-la. — sinto as lágrimas em meu rosto e Justin segura minha outra mão.
Baixo o olhar um pouco e em logo trato de erguer meu olhar para seu rosto, o mesmo mantém seus olhos fixos na minha mãe.
— Eu não ousaria morrer sem antes vê-la uma última vez. — ela brinca e sorri em meio às lágrimas. — E esse moço bonito, quem é? — seus olhos fixos no Justin, o garoro sorriu largamente ao ouvir o elogio.
— Ah, esse é... — ele me interrompe.
— Sou o Justin Sra. Wayne. — ele lhe estendeu a mão e a mesma a aperta. — Namorado da sua filha! — ele diz por fim arrancando um sorriso da minha mãe.
O olho incrédula e ele sorri cínico, pensei seriamente em desmentir o que ele acabará de falar, mas logo desisto ao vê o belo e animado sorriso estampado no rosto da minha mãe.
— Então agora já poderei morrer mais tranquila. — ela sorri e a olho nada contente.
— Deixa dessas brincadeiras sem graça mãe. — passo as costas da mão sobre as bochechas limpando algumas lágrimas que insistem em cair e suspiro com pesar.
— Pode deixar que irei cuidar muito bem dela Sra. Wayne. — Justin sorri e minha mãe assentiu com um sorrisinho satisfeito.
— Só toma cuidado com os pesadelos. — minha mãe alerta e engolo em seco. — Ela voltou a tê-los e costuma acordar gritando no meio da noite. — ela completa e sinto o olhar do Justin sobre mim e assim evito olha-lo.
Ouço um toque de celular e olho para o bolso da calça do Justin, bato em seu braço e em seguida aponto para o local, ele pedi licença a minha mãe e deposita um beijo em minha testa e sai do quarto com o aparelho no ouvido.
Volto a atenção a minha mãe e a mesma está com um largo sorriso no rosto, apesar de seus olhos transmitirem o quanto a mesma está cansada.
— Mãe! — sento ao seu lado na cama e a mesma torna a segurar minha mão. — Eu estou com medo. — sinto as lágrimas molharem meu rosto e ela permanece calada, então continuo. — Eu sei que a senhora está cansada de tanto remédio, agulhas e hospitais. — respiro fundo tentando não deixar os soluços ecoarem pelo quarto. — Mas eu não estou pronta para dizer adeus. Eu não quero perder a senhora, eu não posso deixa- la morrer. — alguns soluços ecoam no ambiente e não são meus, olho para o rosto da mamãe e só então percebo que a mesma está a chorar. — Eu não posso imaginar um futuro sem a senhora ao meu lado, sem os seus abraços quentes em dias frios de inverno, sem o doce som da sua voz quando canta para mim. — sinto o acariciar de sua mão sobre a minha e passo a língua sobre os lábios em um movimento involuntário. — Eu não suportaria mãe, não irei suportar a dor do seu adeus. — deito sobre seu corpo e sinto seus braços em minhas costas.
A cada suspiro mais e mais lágrimas escorrem dos meus olhos molhando a camisola branca de hospital que ela está vestindo.
As tentativas de me manter calma foram extremamente fracassadas ao ver minha mãe tão fragilizada.
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Outlaws
FanfictionEntre o amor e o ódio, eu escolho correr! Não da dor ou do medo, apenas correr. Me sentir livre! Sentimento mútuo que não tenho a algum tempo. Adenalina fazendo com minhas veias pulsassem mais rápido e o coração batendo mais forte dentro do peito. ...