Outlaws

Without Me

39. Without Me

Point Of View Adrienne Wayne

New York, Manhattan — Upper Wist Side, Home - April 05th, 2018

— Adrienne, você já está solta a mais de um mês e até agora a única coisa que vejo você fazer é gastar o seu dinheiro com coisas desnecessárias no shopping. — Larissa fala e ergo meu olhar em sua direção. — O que você fará em relação ao Jackie? Seu filho? Justin? Cara, você precisa agir! — ela diz como se fosse a coisa mais óbvia do mundo e respiro fundo.

— O Jackie está em algum lugar de NY tramando contra minha vida ou a do Justin, que por falar nele, está muito bem com sua esposa de mentirinha, o meu filho está com o Jackie, eu sei o quanto que isso pode soar estranho, mas acho que ele tomando conta do meu filho é bem mais seguro do que eu mesma cuidando dele no momento em que me encontro. — uma sobrancelha é erguida em questionamento. — Os russos estão atrás da Luce, que está obviamente ligada a mim, ou seja, eu também sou um alvo. — enfim desligo a TV. — Eu não quero colocar a vida do meu filho em risco, Larissa. —
falo um pouco mais baixo e sinto uma dor enorme no peito.

— Eu entendo você e respeito a sua decisão. — ela diz e sorri agradecida. — Como foi passar a virada do ano sozinha?

— Passar a virada de ano dentro de uma cela não foi nada comparado a ter passado o primeiro aniversário do meu neném longe dele. — sinto as lágrimas em minhas bochechas. — Eu nunca te disse isso, mas eu sempre sonhei em dar uma festa enorme para o meu filho quando ele fizesse um ano, com direito a cama elástica e tudo, mas sabe quando você tem seus sonhos completamente esmagados pelas mãos de pessoas tenebrosas? Eu me senti tão perdida dentro daquela penitenciária, o primeiro dia do ano nunca forá tão doloroso para mim...

Larissa não diz uma única palavra, ela simplesmente me puxa para dentro de seu abraço e me consola e isso é sem sombras de dúvidas melhor que qualquer coisa que ela poderia me falar.

Me permito derramar todas as lágrimas que eu vinha reprimindo desde o momento em que voltei para casa e sinto que a cada novo soluço o fim de todo o meu sofrimento está longe de ter um fim.

Manter as aparências na frente de algumas pessoas é a tarefa mais fácil do mundo para mim, mas manter minha pose de durona para a Larissa sem sombras de dúvidas é uma das coisas mais difíceis da minha vida, essa garota me conhece tão absurdamente bem que chega a ser assustador.

A Zoe e a Suzie costumavam ser meus alicerces, mas depois do Justin elas se mostraram duas verdadeiras vacas, pois ambas me viraram as costas quando eu mais precisava e se não fosse pela ajuda da Larissa eu nem quero pensar no que poderia ter me acontecido.

— Adrienne, pelo amor de Deus. — a voz da Luce invade a sala de TV e me afasto da Larissa limpando o rosto. — Tem vários repórteres na frente da casa. — ela diz um pouco mais baixo após notar que havia atrapalhado o nosso momento.

— Repórteres? — franzo o cenho me levantando e ela balança a cabeça ao me acompanhar.

Assim que abro o portão de casa sou cegada por flashes e imediatamente coloco as mãos no rosto. Perguntas me são feitas e quase não consigo compreende-las, mas ao ouvir o nome da minha mãe imediatamente ergo minha cabeça baixando minhas mãos.

— Perdão, poderia repetir o que disse? — olho diretamente para o homem de cabelos grisalhos com um microfone em mãos.

— A morte da senhora Spencer foi proposital, você sabia disso? — ele aponta o objeto em minha direção. 

— Proposital? — franzo o cenho confusa. — Mas os médicos disseram que ela tinha morrido por falência dos orgãos, como assim a morte da minha mãe foi intencional? — meu tom perplexo faz o repórter erguer as sobrancelhas, provavelmente procurando qualquer resquício de fingimento em meu rosto.