28. Distrust and Insecurity
New York, Manhattan — Upper West Side, Bieber's house - 2016
— Os Russos acham que estamos saqueando os caminhões com as mercadorias deles. — eu grito com raiva e por pouco não arrebento a droga do cordão que a Adrienne me deu.
— Calma Justin, do que adianta gritar e ficar puto agora? Precisamos marcar uma reunião com os caras e explicar que não temos nada a ver com o roubo de cargas. — Ryan fala e eu estreito os olhos em sua direção, quase não consigo o enxergar.
Talvez seja a maconha ou qualquer outra merda que o tenha feito perder os neurônios para abrir a boca e me falar uma merda dessas.
Por mais estranho que isso possa soar, eu me sinto bem em saber que estou de volta no mundo do crime, que as pessoas voltaram a suspeitar de mim como antes. É tudo muito excitante.
Eu costumava ser o rei por aqui, aquele que ditava as regras e hoje eu estou vivendo sobe a sombra de uma garota genuína que orquestrou o maior roubo que já participei e isso não me soa muito agradável, quero voltar a ser o Justin de antes, o antigo Bieber nunca se colocaria na posição em que está hoje.
Vejo o Ryan sair da sala com uma expressão nada agradável e só então percebe a Larissa em pé ao lado da pequena estante com alguns porta-retratos e um em especial me chama a atenção e acabo por sorrir.
☆☆ FLASH BACK ☆☆
— Vamos lá J, sorria para mim. — a voz suave da Adrienne me fez balançar a cabeça pensativo.— Ainda não consigo ver o motivo de toda essa alegria. — digo e tomo o celular de sua mão.
— Qual é, acabamos de fazer o maior roubo de NY e ninguém nem se quer suspeita que fomos nós. — ela abre um belo sorriso e segundos depois vejo sua expressão ir morrendo conforme ela vai se dando conta de quem perdemos naquela noite.
— Vem. — a puxo pela cintura antes que lagrimas tomassem conta de seu rosto. — Vamos tirar a foto que você tanto queria. — beijo seus lábios em um selinho demorado e tiro uma foto desse momento.
Adrienne observa a imagem na tela do celular por alguns segundos e então sorri. A expressão morta e melancólica havia sumido e dado espaço para uma totalmente alegre e cheia de vida. Seus olhos encaram os meus e sinto meu coração queimar dentro do peito. A sensação de paz que essa garota me traz me assusta demais, principalmente se levar em consideração o fato de que eu estou a colocando em perigo.
— Algo errado? — ela pergunta e nego com a cabeça.
— Não, nada. - respiro fundo. — Eu estava pensando no dia em nos conhecemos, você namorava o Chaz e eu nem sabia que aquela joelhada me renderia o amor da minha vida.
— Pois é ne, você era bem metidinho para um traficante de entorpecentes. — ela dá de ombros debochada e mordo o lábio pensativo. — Esse aqui poderia ser o nosso lugar a partir de hoje. — ela olha em volta. — Poderíamos construir uma casa bem ali naquela árvore. — olho em direção a árvore em que ela apontou e assenti.
— E vamos criar nossos filhos aqui no meio dessa mata? — franzo o cenho e ela gargalha.
— Você que ter filhos? — e então seu tom brincalhão some.
— Eu não sei, nunca pensei sobre isso. — dou de ombros. — Filhos agora só atrapalhariam meus planos, eu ainda tenho muita coisa para viver.
— Entendi. — e novamente a expressão vazia se faz presente em seu rosto.
— Como iriamos decorar a casa? Com coisas velhas e fora de moda? — a aperto em meus braços e ela sorri.

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Outlaws
FanfictionEntre o amor e o ódio, eu escolho correr! Não da dor ou do medo, apenas correr. Me sentir livre! Sentimento mútuo que não tenho a algum tempo. Adenalina fazendo com minhas veias pulsassem mais rápido e o coração batendo mais forte dentro do peito. ...