LeoQuando chegamos ao apartamento, estava anoitecendo.
Assim que passei pela porta, fiz questão abraçar Ícaro. Eu teria que ir embora dali a poucos minutos e não queria soltá-lo. O dia estava tão perfeito...
Ele beijou meu pescoço e meu corpo inteiro se arrepiou, como sempre acontecia quando Ícaro fazia isso.
— Sabe, a gente bem que podia fazer alguma coisa agora — sugeriu, dando uma apertada de leve na minha bunda.
Dei um sorriso.
— Tenho que ir embora, por mais que a ideia seja tentadora.
— Vai ser rapidinho — insistiu. — Pelo seu aniversário.
— Tá bom — cedi inebriado pela sua presença.
— Vira — ordenou com aquele tom autoritário.
— Não, dessa vez eu quero que você vire — Ele me olhou de um modo estranho — Pelo meu aniversário — acrescentei piscando.
Ele assentiu e se virou, abaixando as calças. Rasguei com os dentes a camisinha que estava em meu bolso e a coloquei com a mesma eficiência, cheirando seu pescoço enquanto o fazia. Contornei a sua cintura após abaixar a minha bermuda e colocar o dito cujo, e apertei-o contra mim, deslizando os dedos por dentro da sua camisa e alisando a sua barriga, que se contraiu assim que o penetrei.
No primeiro momento, fui bem devagar, queria sentir ele de todas as formas possíveis. Beijei seu ombro enquanto ele gemia e mordisquei levemente a sua orelha. Era estranho porque estávamos no meio da sala, mas sempre que eu estava com ele, tudo em volta desaparecia.
Quando paramos, ofegantes, apoiei a minha testa na dele enquanto ele levantava as calças. Pressionei os lábios em sua têmpora e enterrei meus dedos em seu cabelo, o puxando para mim.
— Você está suado — murmurei, arfante.
— Você também — Colando os lábios nos meus.
Rocei meu nariz em seu pescoço. Incrível como mesmo suado, ele não perdia o cheiro maravilhoso.
— Vou sentir falta desse seu cheiro na hora de dormir.
Ícaro se afastou de mim por um momento, pegou a sua echarpe no sofá e me entregou.
— Fique com ela, tem o meu cheiro — Sorriu, aquele sorriso lindo que eu adorava.
Peguei a echarpe e a levei até o nariz. Ele tinha razão, o cheiro estava ali. Enrolei-a no pescoço e o agarrei de novo.
Segurei o meu colar assim que nos afastamos. Aquele colar era uma lembrança clara dela e eu não queria mais que ele pesasse em meu pescoço junto com a minha culpa. Queria que aquele colar me lembrasse de coisas boas, coisas positivas.
Tirei-o, segurando o pingente e entregando para Icky.
— Quero que fique com ele — murmurei. — No seu pescoço ele me faria lembrar de coisas boas, coisas relacionadas a você.
Ícaro o pegou e o apertou com um sorriso.
— Tem certeza? — Ele pareceu inseguro. — Era da sua mãe.
— Eu sei, mas se nem ela lembra de mim por que eu usaria um cordão que lembrasse ela? — soltei sem pensar seguido por uma risada fraca de incredulidade.
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Não ouse me esquecer ✅
RomancePLÁGIO É CRIME! É proibida a distribuição e reprodução total ou parcial desta obra sem autorização prévia do autor. Leonardo Borges sempre soube que era diferente. Talvez por isso ele tenha se apaixonado por Ícaro, o ser grossei...