Sereia Grega

Presentes do deus do mar

Caminhamos até avistarmos um grande espaço com areia, uma praia, ao fundo alguns centauros correm, ficamos observando os centauros se aproximarem e deduzo que o primeiro seja Quíron. Por ter um porte mais forte e esculpido em relação aos outros.

- Oh, temos novos semideuses!_ Pronuncia Quíron examinando com os olhos cada centímetro das pessoas que estão presentes.

- Temos sim, trouxe os filhos de Poseidon,  Afrodite,  Apolo e Ares_ Théo fala apontando para nós respectivamente.- Ah o Nolan também _ Completa.

- Filha de Poseidon? _ Pergunta Quíron me olhando .

- Sim, sou filha de Poseidon e Camila _Falo estendendo a mão para Quíron.

O mesmo olhou para minha mão  hesitando por alguns segundos antes de aperta-la fortemente, me fazendo o encarar e dar-lhe um sorriso amarelo.

- Sejam todos bem-vindos _ Dá um sorriso largo para todos - Vamos, mostrarei o acampamento para vocês.

Ficamos longos minutos andando de um lado para o outro para conhecer o lugar por completo. Avisto um casebre com um tridente no topo do telhado, isso me traz uma sensação de paz e conforto enorme. Essa será minha nova casa, localizada perto do mar, cheiro de água salgada, a brisa que o vento traz é tão maravilhosa.

- Merlia, você ficará aqui _ Diz o Centauro.

- Certo _ Digo com um sorriso bobo no rosto porque eu realmente amei esse lugar.

- Você gostou, né? _ Fala Quíron ao perceber o brilho em meus olhos.

- Muito! Esse lugar é simplesmente... incrível ... Não, não, maravilhoso, simplesmente perfeito_ Digo animada analisando a paisagem.

- Seu pai fez esse casebre para você_ Diz olhando para o tridente, até que o velho tem bom gosto e finalmente fez algo por mim.

- Ele tem bom gosto, só não faz boas escolhas e nem se importa com os sentimentos dos outros_ Solto um longo suspiro, pensei alto demais, desculpa mas a terapia não está em dia, adentro o casebre.

Por dentro parece uma casa abandonada, várias coisas que eu não sei nem para que servem estão jogadas por todos os lugares, como um depósito de antiguidades, julgo ser um quarto pela cama no meio do casebre. O que mais me chama a atenção, é a pequena varanda com rede estendida em uma das saídas da pequena casa, fico com vontade de dormir só de olhar a rede balançando com o soprar do vento.

- Isso é um presente do seu pai _ Théo se aproxima, me entregando uma caixinha de madeira com um tridente entalhado e meu nome escrito em uma caligrafia impecável.

Quiron nos deixa sozinho, para levar os outros para suas casas e realizar suas tarefas diária.  Tento abrir a caixinha e não consigo...

- Não quer abrir_ Falo fazendo força para abri-la.

- Porque não é assim que se abre _ Diz Théo pegando a caixa da minha mão e analisando-a . - Não tem fechadura, só um desenho de concha _ Fala frustrado.

Pego a caixa de sua mão, passo o meu dedo indicador pelo contorno de todo o desenho. E me lembro de quando minha mãe me deu o colar de concha no meu décimo quinto aniversário.

- Caramba esse bolo é dos deuses, olha só esse recheio de maracujá, até derrete na boca e essa massa molhadinha e fofa ... Hummm esse é o melhor bolo do mundo _ Falo comendo um pedaço do meu bolo de aniversário, depois do término da festa.

- Realmente, ficou uma delícia! _Minha mãe pega um pedaço para ela.

-Todos ficaram me perguntando o por que de não ter tido valsa na minha festa _ Digo olhando a pilha de presentes que ganhei mais cedo.