Por trás da Ficcão

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Um mistério com potencial para reescrever um capítulo da história do antigo Egito envolve Tutmés III, o faraó guerreiro, e intriga arqueólogos através dos tempos.

Analisando um quebra-cabeça de gravuras em arenito, quebradas em 16 mil pedaços, os arqueólogos descobriram que as obras do Templo de Tutmés III foram iniciadas, de forma surpreendente, antes que este faraó chegasse ao trono, durante o governo de sua tia e madrasta, Hatchepsut. Nas suas paredes, existem evidências de que aconteceu uma "perseguição" posterior contra a lendária rainha-faraó da XVIII dinastia.

Em alguns hieróglifos referidos a ela como "filha de Ra", a desinência feminina foi apagada por mãos desconhecidas e o texto foi transformado em "filho de Ra", um processo similar ao ocorrido em outros templos dedicados a Hatchepsut.

A supressão da imagem da rainha-faraó levou vários egiptólogos a defender a hipótese, de que Tutmés pode ter se vingado assim de sua tia por ter usurpado o trono, o que, se estiver certo, seria uma das intrigas palacianas mais antigas da história. Os epígrafes e relevos encontrados no templo, embora no geral estejam muito fragmentados, também forneceram informações valiosas sobre as expedições militares que levaram Tutmés III a erguer um império e expandir as fronteiras do Egito desde o atual Sudão até as margens do rio Eufrates na Síria.

Martínez explicou que até agora não havia registro da existência de relevos que ilustrassem as campanhas militares deste faraó, que viveu aproximadamente entre 1490 a.C. e 1446 a.C.

No entanto, no templo de Karnak, situado na cidade de Luxor e mais bem conservado, há hieróglifos que reproduzem os textos escritos pelos cronistas da corte que relatam as batalhas vencidas por Tutméss III, considerado o fundador de um império com uma extensão inédita para a época e assim ficou conhecido pelos arqueólogos como Napoleão Egípcio.

Mas além das campanhas militares outro mistério ronda esse faraó: Teria sido ele o faraó do exodo bíblico?  Alguns historiadores, acreditam que sim e eis seus argumentos:

Em Ex 1:8-11 diz que os hebreus "edificaram a Faraó cidades-armazéns, Pitom e Ramessés." Por isso Hollywood adotou Ramsés II como o faraó do êxodo. Mas a cidade de Pi-Ramesses foi ocupada muito tempo antes de Ramsés II e o nome "Raamses" foi encontrado na parede do túmulo de Amenhotep III, que foi faraó 100 anos antes de Ramessés II.

Em 1 Reis 6:1 diz que Salomão começou a construir o Templo no quarto ano de seu reinado, 480 anos após o êxodo. O quarto ano do reinado de Salomão foi 967 A.C. Assim calcula-se que o êxodo tenha ocorrido em 1447 A.C. (967 + 480). Ramessés II começou a reinar em cerca de 1290 A.C., portanto não podia ser o faraó do êxodo.

Há dois outros candidatos: Amenhotep II filho de Tutmés III. Pode ser um dos dois. Quando Moisés nasceu (80 anos antes do êxodo) o faraó era Tutmés I. Sua filha casou-se com um filho adotivo que assumiu como Tutmés II (mas quem mandava era a patroa).

Tutmés II estava no trono quando Moisés fugiu do Egito aos 40 anos de idade. O historiador hebreu Josefo escreveu que o faraó de quando Moisés fugiu do Egito morreu e um novo faraó tomou seu lugar. Tutmés III reinou ao lado da esposa de seu pai (que não era sua mãe). Quando ela morreu, Tutmés III mandou raspar todas as referências a ela nos monumentos. A data da saída dos hebreus do Egito coincide com a data da morte de Tutmés III. Pode ter morrido no mar e o fato de sua múmia existir hoje pode ser explicado pelo seguinte:
Um estudo que diz que aquela múmia não é do faraó (substituíram para o enterro), pois não possui o DNA correto. Pode ser, pois seria uma desonra deixar de enterrar um faraó com todas as pompas.

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Tutmés III - O Faraó Guerreiro  - CONCLUÍDA Onde histórias criam vida. Descubra agora