Prelúdio de Tempestade - Parte II

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PEGADINHA DO MALANDRO!
Agora sim o penúltimo capítulo, mantenham-se firmes, vocês venceram 55capítulos!!!!
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Prelúdio de Tempestade - Parte II

Quando Rá despontou no horizonte o palácio já estava acordado, servos e guardas preparavam tudo para a pequena viagem de Tutmés e sua família até a cidade sagrada de Karnak.

O rei abriu os olhos e contemplou Aliah, ainda adormecida ao seu lado, pensou em tudo que viveram desde o dia que a trouxe de Kadesh e agradeceu aos deuses por terem guiado seus passos, para que agora, pudessem desfrutar de um amor tão belo quanto o de Iset e Osíris. Depositou pequenos beijos em seu pescoço até despertá-la com um sorriso galante.

— Já está na hora de irmos? — questiona a mulher ainda sonolenta.

— Ainda não, mas eu queria um tempinho longe das crianças — ele fala colocando seu corpo sobre o dela.

— Ontem a noite não foi o suficiente? —  fala Aliah acariciando o rosto do rei.

— Nunca tenho o suficiente de você. Eu te amo.

— Eu também te amo — diz entrelaçando seus dedos nos dele. — Mas…

— Mas…?

— Deveria ter passado a noite com a rainha.

— As vezes acho que não aprecia minha companhia — ele fala com um sorriso brincalhão nos lábios.

— Eu adoraria tê-lo apenas para mim, mas nós dois sabemos que não pode ser assim e bem, você sai em campanha e não tem de aturar o mau humor dela.

— Ela tem lhe tratado mal?

— Não, jamais! Mas éramos muito amigas e não é mais assim. Embora ela nunca vá admitir, sente sua falta e não apenas para sentar num trono ao lado dela.

— Tem razão,  quando votarmos de Karnak, levarei Hatshepsut às pirâmides, sei o quanto ela gosta daquele lugar. Pode vir conosco se quiser.

— Isso seria muito adequado meu faraó, mas eu ficarei com as crianças assim viajarão tranquilos. E quando tiver um tempo, bom eu gostaria de conhecer o mar.

— Nunca viu o mar?

— Não, bom tem muitas coisas que nunca vi, mas o mar com certeza é algo que eu gostaria de ver.

— Como quiser, te levarei ao mar. Mas agora, será como eu quero — fala unindo seus lábios aos dela.

Eliseu caminhava com o filho pela mão, Gael agora com cinco anos, já trabalhava ajudando a separar os grãos na colheita junto com as mulheres. Chegaram a vila, onde algumas já se aprontavam para o dia trabalho. O escravo beijou a testa do filho e colocou um cordão de tiras de couro e uma pequena folha esculpida em pedra sabão em seu pescoço.

— Filho, quero que saiba que eu te amo. Esse cordão foi meu amigo Eusébio quem esculpiu, é o símbolo do povo dele, os hicsos. Um povo que nunca deixou de lutar, enquanto o nosso, sempre se curvou. Eu quero que nunca esqueça que você não é um escravo, te fizeram escravo e você nunca pode desistir de mudar isso entendeu? — fala ele ao menino.

— Entendi — Responde o garotinho com um sorriso feliz pelo presente.

— O que está acontecendo? Temos que ir Gael já está na hora. — fala uma das mulheres ao se aproximar.

— Mirian. Cuide de meu menino, por favor.

— Sabe que eu sempre cuido, o que está acontecendo? Me diga Eliseu, você está muito esquisito.

Tutmés III - O Faraó Guerreiro  - CONCLUÍDA Onde histórias criam vida. Descubra agora