Cap.66- Presa em mim mesma

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Edu

Já se tinha passado cerca de uma hora desde que eu e o Vice estamos prontos para sair, o problema é que as queridas princesas ainda não se arranjaram o suficiente. De tanto tempo de espera, já devo ter ido umas quarenta vezes ao instagram ou ás minhas outras redes sociais, tanto que começo a criar as minhas raízes naquele sofá. Mas talvez até tenha valido a pena, porque quando as princesas saíram do quarto, os meus olhos fizeram brilho e era como se vento e luzes estivessem a apontar na direção delas. Primeiro saiu a Cami que trazia um vestido azul escuro que mostrava a perna e era bastante aberto nas costas, depois veio a Mari que trazia um branco que combinava com a pele morena que tinha adquirido estes dias na praias, mas quando veio a Bia... Trazia um cor de vinho que, apesar de não ser longo, era bastante justo e realçava tudo nela.

- Eu disse-vos que acordar ás seis da manhã, só mesmo para ir ao ginásio, iria valer a pena.- ela fala reparando que os meus olhos fizeram um percurso pelo corpo dela.- Estamos á espera de quê?

Após dizer isto, todos nos dirigimos para o carro do Vice. Tínhamos feito a promessa aos avós da Mari que chegaríamos antes das três, porque segundo eles, o sitio para onde íamos era bastante movimentado, ainda mais nesta altura.

- Preciso de vos dizer isto antes que me esqueça...- a Mari fala e todos prestamos atenção nela- Como sabem, rapazes para um bar, raparigas para outro. Encontramo-nos todos no carro ás duas e meia, se demorarmos mais do que isso, peçam a umas pessoas para nos procurarem. Regra principal, não sair do ponto de encontro depois da hora, lembrem-se que vamos a Vilamoura, é Las Vegas versão portuguesa.

- Que pessoas?- eu pergunto e ela limita-se a fazer sinal para aguardar.

Quando nos aproximamos do destinos, a Mari não se tinha enganado. Conseguia já ouvir o barulho dos casinos, dos bares e discotecas e das pessoas, claro. Estacionamos o carro e ao sair reparei que nos olhos da Mari se fez brilho, conclui que deve ter passado bons momentos aqui, apesar de achar que ela não é miúda de beber e frequentar estes sítios.

Começamos a andar por as ruas rodeadas de pessoas, e eu sentia-me os atores Hollywood, porque eramos nós em câmara lenta (particularmente bem vestidos), a desfilar por todas aquelas pessoas. Aquele movimento era indescritível, pessoas vinham e voltavam, saiam e entravam e maior parte era da nossa idade, portanto era um sitio que gostava que houvesse no Porto para quando necessita-se de me divertir. No meio de tanta confusão a Mari conseguiu encontrar as tais pessoas que iriam á procura caso nos perdêssemos.

- Guga, Lara!!!- ela grita no meio da confusão e por incrível que pareça, eles olharam.

Ela correu para eles, que a abraçaram com uma certa força, mais uma vez deduzi que fossem grandes amigos, apesar de ela nunca me ter dito.

- Á quanto tempo miúda? Estás incrível, bem melhor do que a ultima vez que te vi.- a rapariga fala, provavelmente a Lara.- Estes é que são as pessoas que ocuparam o nosso lugar.

- Sim, mas não haverá ninguém que ocupe o vosso lugar. Estes são a Camila e o Vicente, a Beatriz, e por fim, o Eduardo.

- Então tu é que és o namorado dela? Ouvimos falar muito de ti.- o rapaz fala cumprimentando-me e depois aos outros.

- Espero que ela tenha falado coisas boas...- eu falo colocando a minha mão na cintura dela, só mesmo para demonstrar.

- Precisamos de algumas pulseiras.- ela fala e eles remexem um saco, entregando-nos uma pulseira dourada a cada um.

- Eram as últimas que tínhamos, tem entrada livre e as seis primeiras bebidas incluídas em todos os bares.- ela fala e eu fico realmente admirado, aquelas deveriam ser as "pulseiras da felicidade".

Só tu e euOnde histórias criam vida. Descubra agora