quinze | l i s t a d a

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Sinto que estou deitada em algo macio e confortável, no mesmo momento em que a música do lado de fora chega até meus ouvidos, fazendo a dor em minha cabeça se acentuar.

Abro lentamente os olhos e dou de cara com Tyler me olhando.

Me assusto, sentando-me rapidamente, o que me deixa zonza e faz minha vista escurecer.

— Ei, calma. Sou eu, Elisa.

— O que...? Aqui é... — Olho em volta. — Aqui é seu quarto. O que eu estou fazendo no seu quarto?

— Você apagou, lembra?

— Se eu apaguei, é claro que não me lembro. — Esfrego minha têmpora.

— A memória foi afetada, já a língua...

Ergo uma sobrancelha e o encaro.

Tyler sorri.

— Como você está se sentindo?

— Péssima. O que aconteceu, Tyler?

— Acho que sua bebida foi batizada. Acho não, tenho certeza. Você estava normal quando nos falamos, e então do nada, BUM! Caiu desmaiada no meio da festa.

— Eu caí?

— Caiu. Mas por sorte, foi nos meus braços. — Pisca.

— Você pode guardar suas gracinhas para mais tarde, por favor?

— Ok. — Ele sorri torto. — Desculpe.

— Por quanto tempo eu apaguei?

— Hum, uma hora, aproximadamente.

— Uma hora?!

— Sim.

— E você ficou aqui todo esse tempo?

Tyler consente.

— Por quê?

— Fiquei preocupado. — Dá de ombros.

— E ao invés de me levar para o hospital, preferiu ficar apenas observando e me esperando acordar?

— Como eu explicaria que você estava desacordada por ter sido drogada em uma festa regada a bebidas em minha casa? Você nem maior de idade é. Consegue imaginar o problema que isso nos causaria?

Fico em silêncio. Tyler tem razão.

— Você é que não deveria ficar aceitando bebidas de qualquer um por aí. Sua mãe não te ensinou isso?

— Eu não aceitei nada de... Ei, espera.

— O que houve?

— Aquela garota...

— Que garota?

— A que me perguntou sobre o vestido.

— Quinn?

— Exatamente! Ela me ofereceu um copo de cerveja, logo após derramar o dela no meu vestido.

— E você bebeu?

— Eu acho que sim.

Tyler suspira, passando a mão pelo rosto.

— Foi ela, não foi?

— Provavelmente.

— Vaca! Ah, mas isso não vai ficar assim!

Ponho-me de pé, mas cambaleio.

— Ei, vai com calma. — Tyler me sustenta. — Você ainda está grogue.

— Que merda essa vadia colocou na minha bebida?

ImperfeitosOnde histórias criam vida. Descubra agora