Luana passou toda a sua vida em um dos bairros mais nobres do Rio de Janeiro.
Deco é filho do chefe da maior facção da cidade e herdeiro de seu legado.
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Tinha tudo para ser mais uma história clichê, se não se tratasse da história de Deco e Lua.
2 a...
Rio de Janeiro - Vidigal =25 novembro = = Dias atuais =
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Luana narrando....
Eu me debrucei na mureta do camarote e vi!
Lindo!
Do mesmo jeito que estava na minha mente...aquele sorriso perfeito que me fazia derreter! Aquele boné de aba reta meio alto,mostrando o cabelo baixinho que me espetava e era uma delicia!
Quando ele ia se afastar da mureta,olhou pro lado como se sentisse o magnetismo do meu olhar sondando cada parte dele, e me viu!
Ele fez a mesma cara confusa que eu!
Não é possível,só pode ser brincadeira!
Eu sorri pra ele e ele abriu o sorriso mais lindo do mundo de volta!
Eu não estou acreditando...ele estava... preso!
Ele também deve estar pensando "ela estava do outro lado do mundo!"
No entanto estamos aqui,onde tudo começou!
Quando eu saí do estado paralisado do choque e ameacei fazer um movimento para sair daqui e ir até ele,percebi que tinha um braço feminino caido no ombro dele; fixei meus olhos e estava lá, quase imperceptivel: Uma mulher abraçada a ele,olhando animadamente lá pra baixo e depois pra onde ele estava olhando, direto pra mim.
Ele viu que eu vi. Baixei a cabeça.
Quando olhei pra ele de novo, não havia mais sorriso em nossos rostos.
A minha cara era de uma decepção monstruosa e não fiz a menor questão de disfarçar.
A menina ainda me olhava,mas eu pouco me fodi,virei a cara e saí dali e fui até o lugar onde estavam os drinks.
A Val não estava aqui, logo agora que eu precisava tanto falar com ela!
Peguei uma garrafa de whisky e coloquei mais no meu copo.
_Eu não acredito nisso...quais as chances?
Olhei e o Lucas estava encostado na parede,olhando pro meu copo e depois para mim.
_Tudo bem? - ele perguntou ,meio preocupado.
Não Lucas,nada bem...nada bem!
_Comigo? - perguntei fazendo cara de arvore - Tudo ótimo! - Taquei gelo no copo ,talvez com um pouco de agressividade e o liquido pulou,respingando na minha mão.
Ele percebeu.
_Se eu soubesse...- ele passou a mão no topete aloirado pelo sol ,em claro arrependimento de ter incentivado virmos ao baile. Fiquei culpada na hora!
Passaram dois anos e ele ainda estava aqui,sendo um amigo mais que especial,fazendo tudo ao seu alcance para me animar,distrair e eu sempre o deixava em segundo plano...tudo por causa daquele amor egoista,ruim que agora estava ali, já abraçado com outra,enquanto eu passei por tudo que eu passei.
