A Bruxa - EM REVISÃO

Capítulo 13 part. 2

*And I, I'll remember how to fly

Unlock the heavens in my mind

Follow my love back through the same secret door

No pequeno quarto ao qual fora designada Syrena andava de um lado para o outro roendo as unhas nervosamente. Tal atitude estava deixando Markus a beira de um ataque, afinal minutos atrás ela mal conseguia ficar de pé. Deveria estar descansando e não agitada como estava.

-Isso é muito mal... -Resmungou pela décima vez.

Sem aguentar mais aquela agonia Markus ficou de pé e a segurou pelos ombros, forçando-a a olhar pra ele. O modo como os seus olhos estavam arregalados o deixou em alerta.

-O que você viu? -Perguntou cautelosamente.

Ela ainda pensou em se calar mas naquela altura do campeonato não fazia sentido continuar fazendo segredo. Por isso suspirando ela sacudiu a cabeça antes de falar:

-Não haverá acordo. Ao menos não um válido. Se eu ficar eles tão tentar fazer a minha cabeça para que eu os apoie na guerra contra Ilíria. Se eu partir eles nos alcançarão no caminho... De um jeito ou de outro haverá uma guerra. Querem vingar Cyrin.

Ao ouvir aquilo Markus a soltou e passou a mão pelos cabelos puxando-os para trás. As coisas só pareciam ir de mal a pior.

-Precisa haver outro jeito. Não podemos simplesmente observar o reino ser destruído por maníacos.

Em outra ocasião Syrena teria se divertido alertando-o de que ele havia acabado de falar como se se importasse com o reino. Ele via Ilíria como um lar no fim das contas.

-Há um jeito. -Falou lembrando-se da sua visão. Suas palavras atraíram a atenção de Markus e ela respirou fundo antes de continuar. -Eu fico para atrasa-los e você volta.

Como o esperado a resposta veio de imediato.

-Não.

-Eles precisam ser avisados...

-Syrena não! -Aperto seus ombros. -Você não pode ficar aqui sozinha. Eu não posso... te deixar.

-Ficarei bem. Eles não podem me machucar. -Lhe sorriu ternamente antes de voltar a ficar séria. -Veja bem, eu o libero do nosso acordo.

-O que? -Markus franziu a testa confuso.

-Não é mais responsável por mim. Pode voltar com a consciência limpa.

Suspirando pesadamente ele sacudiu a cabeça e tirou as mãos dela. Passando as mãos pelo rosto ele virou de costas para ela e se odiou pelo que estava sentindo. Mas de uma coisa ele tinha certeza: não a deixaria sozinha ali.

-Você não entende. -Falou exasperado.

Mas Syrena entedia. Entendia muito bem até. Desde que o haviam saído da floresta ela havia sentido uma mudança nele. Bem sutil, mas grande o suficiente para se fazer ser notada. Porém evitou dar a devida atenção aquilo por ter coisas mais importantes na sua cabeça.

Caminhando até ele ela tocou as suas costas com as pontas dos dedos e sentiu seus músculos tensos.

-Eu entendo sim Markus. -Encostou sua testa ali suspirando pesadamente. -Mas isso é para um bem maior. Existem pessoas que dependem de nós.