Renesmee
Se passou tanto tempo... tantas horas do dia... tantas noites perdidas e a única coisa que ainda resta é o sofrimento, e com ele as lembranças de Allyson e o dia terrível em que a perdi.
No quarto, me encontro sozinha, novamente deitada na cama sem nenhuma motivação. Isso virou algo comum.
Agora, o quarto de Allyson virou um recanto sagrado pra mim, mas algo estava diferente: conforme os dias, os meses em que eu ficava ali, no quartinho dela, o cheiro que ainda restava de Allyson estava indo embora, eu já não sentia mais, ou me lembrava mais.
Nunca mais.
Jacob sumiu, já está a mais de uma semana sem se comunicar... Ele também está desolado e inconformado, assim como eu. Ele precisava respirar um pouco. Precisava de tempo para esclarecer o que estava acontecendo. Tempo pra pensar.
- Renesmee? - Vó Esme entra. É bom vê-la novamente em casa.
- Sim - Respondo com a voz rouca tentando transparecer alegria com a sua chegada.
Logo ao entrar, ela me olha assustada e coloca uma das mãos na boca para conter o espanto.
- Querida - ela se aproxima depressa e me abraça. Vó Esme ficou fora por uns tempo, teve que viajar novamente com Vô Carlisle para buscar informações sobre o paradeiro de Allyson, algo que eu já estava sem esperança.
- Oi - eu disse fechando os olhos, imaginando como seria reencontrar minha filha.
Ela desfaz o aperto e me olha preocupada.
- Você está tão mal, minha neta, não sabe o quanto isso nos faz ruim também.
- Eu sei. - digo baixando o olhar. - e então? - pergunto desanimada a olhando nos olhos.
- Vem cá, sente aqui - ela apontou para o estofado perto da janela. Nos sentamos frente a frente.
- O que foi? - pergunto sem entender.
- Bom... Esse tempo que eu e sei avô ficamos fora, passamos por alguns estados que não chegamos a procurar. - Fiquei olhando atentamente, e algo em mim me dizia que dessa vez há esperança, não sei exatamente o porquê. - Então encontramos alguns nômades por ali, e eles disseram que há um tempo atrás, uma garotinha passou por aquelas redondezas perdida e ela chorava muito, porém ela desmaiou e eles a ajudaram. - surgiu uma coisa dentro de mim que tempos eu não sentia.
- Mas era a Allyson? - pergunto curiosa, na verdade, muito curiosa.
- Bom, não sabemos, mas a única coisa que eles disseram é que essa garotinha era pequena e tinha cachos no cabelo e que ela estava muito exausta - Vó Esme dizia meio entusiasmada.
Era Allyson.
Meu coração bateu de alegria, e no mesmo momento fiquei eufórica.
- Mas onde vocês conseguiram essa informação?
- No Texas.
- Eu quero ir até lá.Allyson
A vila dos Quileutes era bastante calma em certos pontos, porém animava com os rapazes.
Depois de conversar e conhecer cada um (Incluindo o carinha que tive a má impressão), eu e Seth saímos dali em direção a casa do tal Billy.
- Sem querer incomodar mas, Billy é o quê pra vocês? - ele sorri.
- Ha... Bom, digamos que o "manda chuva" daqui da vila - ele faz aspas com os dedos. Sorrio.
- Entendo, tipo, um chefe.
- Exatamente.... Bem, chegamos - ele diz apontando para a casa vermelha de madeira a nossa frente. Paramos em frente a porta e Seth logo a bateu.
Alguns minutos se passou e o escutamos vim.
- Olha, não se assusta muito com ele, ele tem cara de mau mas é um velho legal. - Ele sorri. Que sorriso não?.
A porta se abriu, e, não sei porque, mas meu coração acelerou de repente. E enfim ali estava, o tal do velho Billy - pelo o que vi - em sua cadeira de rodas que... Eu conheço ele, mas... O quê?
- Olá Seth. - Ele o cumprimenta com uma voz mais parecendo de um mensageiro de trovões e então ele finalmente me olha e bem.... Não sei como descrever mas, parecia que ele estava surpreso em me ver. O clima fica diferente, fico meio sem jeito e Seth logo se apressa.
- Billy queria que conhecesse a Sam.
- Oi - aceno para Billy que ainda me encara. Mas o que está acontecendo?
- Billy - Seth o chama. Ele o olha.
- Ah sim... Muito prazer, sou Billy Black. - ele estende a mão e eu aperto. Que sobrenome legal. Black.
- O prazer é meu, me chamo Sam.
- Sam... - ele se reconstou novamente na cadeira e me olhou confuso. Ok, isso está ficando estranho mais uma vez - bem, não queremos ficar aqui fora quando tem um peixe assando no forno. - ele sorriu. Sorri de volta. Eu já estava com fome.
- Seth será que podia ir me empurrando, já estou velho demais para gastar energia - ele disse sorrindo para mim. Retribui. Seth foi empurrando a cadeira de Billy e eu fechei a porta.
Eu e Seth entramos em silêncio. Algo naquele velho Billy me parecia familiar, até o cheiro do ambiente.
Entramos na sala. Aquela casa era bem rústica, os móveis simples e com uma decoração tribal. Os segui até a cozinha e uma moça de cabelos longos logo veio nos cumprimentar. Acho que era comum naquela vila as mulheres terem cabelos longos - menos Leah -, resumindo, a vila era de decendentes de indígenas, então, eu não esperava que fosse outro tipo.
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A Saga Crepúsculo - Forever
VampirosO amor de Jacob e Nessie nunca morrerá, eles enfrentarão desafios juntos, superarão tudo isso juntos, e há quem diga que essa história tão atemporal viverá durante o tempo, ultrapassará dias, meses, anos, décadas, séculos e milênios, ou talvez, apen...