Allyson
"Quem são essas pessoas". Tudo o que vinha em minha mente. Eu sentia minha respiração, e sentia suas respirações também.
Meu nervosismo estava aguçado.
Eram gélidos como o ar frio da cidade e calmos como o vento pela manhã, porém suas faces não eram aceitáveis naquele momento, pois pareciam surpresos com algo e se entre-olhavam com um ar de interrogação.
Para minha surpresa, antes mesmo de virar as costas para ir embora, vejo Peter emergir no meio daquela gente. Se eu havia dito que algo me aguçava pela boca do estômago, minha pele se arrepiou instantaneamente após vê-lo. "Que diabo ele estava fazendo ali?" Me perguntei mentalmente.
Minha cabeça então começa a latejar, uma dor tão intensa que minhas pernas tremeram antes dos próprios joelhos encontrarem o chão. Eu estava ficando tonta, minha respiração ofegante e falhando, tudo ao redoe escurecia rápido demais e só pude olhar para o rosto do homem que me acolheu apenas mais uma vez quando ele diz com espanto:- SAM?! - E logo meu corpo se encontra ao chão. Pude jurar que eu ouvia Peter gritando de desespero conforme meu corpo cedia à gravidade.
Então não ouvi mais nada. Silêncio.Acordei com um sobressalto, minha cabeça chiou com o movimento e senti dor mais uma vez, porém não tão forte quanto eu havia sentido antes de apagar, e sim pelo movimento brusco com que me desloquei para fora de um sofá extremamente bonito e elegante.
Volto a me sentar, cambaleando e ainda com a leve dor, e devagar retorno minha atenção para - o que seria - o cômodo principal daqueka casa, a sala. Era de se esperar que o sofá acompanhasse ao restante do ambiente.
Estranhamente e adoravelmente elegante. Luxuoso.
Não era exatamente o luxo de alguém que gostasse de ostentar "grana preta", apenas alguém que gostava de conforto e sutileza e ser reservado quanto a vida privada.
Percebi, enquanto pensava, que alguns pares de olhos me encaravam, em sicronia com a frenética luta que eu travava para respirar corretamente e apaziguar a dor latejante de minha cabeça.
Movo devagar a cabeça na direção de onde me olhavam.
Lá estavam, ao que parecia, ser a família que havia me retirado do jardim de frente pro imóvel após meu desmaio súbito. Questionei a minha propria consciência a razão pela qual não esperaram eu apodrecer debaixo da chuva que começava a cair lá fora, para enfim me resgatarem da tempestade de inverno que sucumbia aquela cidade todos os dias.
Perto deles, diante à janela que se extendia do teto ao chão, estava Peter, que se virou rapidamente pra me olhar. Certifiquei que eu não estava sonhando. Queria poder fingir que na verdade não era Peter, mas outra pessoa, afinal, por que ele iria me falar sobre a existência de outras pessoas em sua vida, certo?. Talvez eu estivesse tão distante, com medo e arrogante que não o dei espaço para ele contar.
Sim, eu tinha consciência disso e iria confronta-lo depois. Mais tarde, no chalé.
Peter se apressa e para frente a mim, não dou muita importância se eu ainda estava respirando, pois deixo meu ego o encarar de volta enquanto se abaixava a minha altura, avaliando meu rosto.
Uma de suas mãos segurou meu ombro e suspirei aliviada e pesada lembrando toque firme e aconchegante. Me pergunto novamente, mas pela primeira vez, se ele já havia me tocado assim. Com a outra mão, segurou a minha perna, oscilando cada vez mais o olhar. Algo dizia silenciosamente aos meus pobres ouvidos que o próprio estava preocupado. Refiz a mesma pergunta mentalmente, várias e várias vezes.
- Pensei que algo havia acontecido com você... - Disse a mim e pude verificar com precisão de que ele estava controlado de um desesperado que o havia tomado depois que sumi repentinamente. - Procurei pela floresta toda mas não a encontrei, achei que a tivesse perdido. - Bingo. Eu estava certa.
Ele procurou e eu senti isso, de alguma maneira, no tom de voz. Na maneira como ele estava pesaroso com as palavras, como apertava levemente a mão que estava no meu ombro e acariciando com o polegar a outra que agora estava sobre a minha mão.
Alguns segundos de um breve silêncio se passou e eu finalmente conseguir formular uma resposta válida para aquela situação:
- Eu precisei de ar fresco e decidi dar uma volta pelo restante da floresta. Sinto muito. - Não, eu não sentia. Mentirosa. Sim, eu mentia descaradamente, contudo existia uma razão para aquilo e se tratava das pessoas ali presente. Como eu poderia falar a verdade, que carregava uma situação tão absurda?. Acreditariam? Quem sabe, aquelas pessoas não me pareciam comuns mesmo.
No entanto, me permaneci prevenida.
- Entendo. - Peter diz com um brilho de compreensão no rosto, ao tempo que exalava alívio por me ver mais uma vez.
- Então está tudo bem com você, querida?. - Me surpreendo com uma voz bela e acolhedora. A pergunta saira da boca da mulher de pé ao lado de... espera, Dr. Carlisle?. Meu semblante de surpresa não deixaram dúvidas de que já nos conhecíamos.
- Sim. - foi tudo o que consegui responder, atordoada com o que vi.
- Olá, Sam. - O doutor diz gentilmente, apresentando um sorriso formidável.
- Já se conheciam? - Dessa vez Peter acompanhou minha surpresa, mas soou baixo a pergunta.
- Sim, quando eu estava no hospital alguns dias. Tudo por causa desse maldito desmaio que comecei a ter recente. Nada demais.
- você desmais e diz que não é nada demais? - Peter sorri. - Como quer que eu não me peocupe dessa maneira?. - Retribuio com um sorriso torto. Mais um pouco de silêncio constou naqueles minutos, até que...
- Então, você é a Sam?. - Uma moça de cabelos curtinhos veio em minha direção. - Muito prazer, Alice. Peter fala bastante de você por aqui. - Ela se aproxima animada e se senta ao meu lado no sofá. Reparo em imediato o tamanho das mãos que ela repousara nas pernas, ao meu ver , se assemelhavam muito com as minhas. O sorriso animado que despontava em seu rosto fez eu me sentie bem melhor.
- O prazer é todo meu. - Alívio mais minha expressão tensa no rosto e relaxo os músculos. Um lampejo rápido faz minha atenção se voltar para a outra mulher na casa, que agora estava atrás de Alice.
De estatura mediana e o rosto bem cansado, ao contrário dos cabelos curtos e escuros de Alice, a luz daquele lugar reveladav um castanho avermelhado fortíssimo daquela mulher.
Nosso olhos então se encontaram, e subitamente, mais uma vez, uma onda forte de coisas surgem em minha cabeça. Quem era aquela mulher?. E por que eu sentia que já a vi antes?.
![](https://img.wattpad.com/cover/26056419-288-k91264.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Saga Crepúsculo - Forever
VampirO amor de Jacob e Nessie nunca morrerá, eles enfrentarão desafios juntos, superarão tudo isso juntos, e há quem diga que essa história tão atemporal viverá durante o tempo, ultrapassará dias, meses, anos, décadas, séculos e milênios, ou talvez, apen...