Capítulo 39 - Peter

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Allyson

No capítulo anterior...

"- Por favor... - deixei uma lágrima cair - se quiser me matar, mata logo, eu já não tenho mais motivo pra continuar - as lágrimas caíram por fim. Ainda sentindo a presença daquele ser enorme e impossível, ele me cutucou com o focinho e eu o olhei, ele tinha algo de estranho, parecia que eu o conhecia, foi então, já me acalmando, que devagarinho fui aproximando minha mão do rosto dele. Fechei os olhos, mas ao abri-los novamente, não o vi mais ali. Olhei para os lados novamente mas nenhum sinal, foi então que eu escutei o barulho de carros á alguns metros, andando um pouco eu chegaria lá, mas agora, a energia que eu senti ao ter contato com aquele lobo e sobre o acontecimento... Não sei. Como diria um grande filósofo: "Só sei que nada mais sei"."

Música : Possibility (Lukke Li)

  As pressas sai dali, mesmo ainda muito fraca consegui ficar lúcida e seguir caminho, vendo que depois de andar um pouco e chegar perto da cidade me sento novamente no chão para recuperar as forças. Abaixei minha cabeça e a coloquei sobre os joelhos e estes entres os braços.
  Após alguns minutos lutando pra conseguir recuperar a energia, me levantei, com as pernas ainda meio trêmulas por conta do cansaço e a fraqueza evidente.
  De pé na calçada fui seguindo caminho, eu não conhecia nada ali, então resolvi fazer que nem na floresta, ir andando e pra onde o vento me levasse eu ia.
  Seja o que Deus quiser.
  Andando um pouco rápido percebi que já estava no centro da cidade, perto de uns cruzamentos e lojas, pensei: "Não faço ideia pra onde ir". Eu pensava nisso a uns segundos atrás mas algo queria me levar pra dentro de um restaurante bem ali perto, então sem pensar duas vezes atravessei o sinal verde com as pessoas e fui em direção à aquele lugar, talvez lá eu conseguisse alguma informação.
  Entro no estabelecimento não tão requintado e vejo olhares sobre mim. "Essas pessoas não tem nada o que fazer não?", pensei. Chegando perto do balcão, me sentei em um dos bancos estofados e olhei novamente para o lugar, percebo que me enganei pela aparência, aquilo não era um restaurante, era um bar. Agora tá explicado os olhares de espanto.
  O interior era bem aconchegante, com uma decoração em madeira, rústica.
  Me virei e enxergo um garçom e... Que gatinho.

Na mesma hora minha fraqueza foi embora

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Na mesma hora minha fraqueza foi embora. Ajeito-me adequadamente, passo os dedos debaixo dos olhos para tirar a cara de cansada e mudo minha expressão no rosto, por mais que eu estivesse séria, iria ser muito claro que eu estava abatida, então tratei de mudar logo isso. Depois de me ajeitar, porque a pessoa aqui não pode ver um garoto bonito que já fica logo... Não é mesmo?.
   Chamo o garçom.
- Psiu, moço? - ele vem em minha direção, sorrindo.
- Sim - ele para de frente a mim. Fico nervosa mais prossigo.
- Será que você poderia me informar que caminho eu pego pra ir até o colégio Forks High Scool?
- Sim, posso, você estuda lá?
- Na-não, não, - sorrio. - sou apenas visitante. - digo.
- ah sim, de onde você é?
- Sou do Texas.
- Que maravilha, minha família é de lá.
- Sério?
- É - ele ri. O sorriso entregava a idade, ele não tinha mais que 18 anos: um pouco alto, musculoso, os cabelos com cachos soltos, parecido com os meus, porém eram mias claros.
- Bom - prossigo - no meu caso eu sou de Houston.
- Novo México - ele diz limpando um copo com o pano.
- Bem perto de Las Vegas, não é? - pergunto tentando me lembrar a rota, já fui várias vezes pra Nevada no natal, e o Novo México era pra visitar alguns amigos e parentes e comprar algumas coisas, ainda no tempo que meu pais se importavam comigo.
- Quase - ele coloca o dedo polegar o indicador no queixo pensativo. Ri da cena.
- Prazer, sou Philip - ele estende a mão. A aperto.
- Samantha - digo em seguida. Acabo por ficar sem jeito.
- Bom, Samantha, quando sair daqui do bar e segui a rua aqui a esquerda, rapidinho chega lá. - ele faz gestos com as mãos me explicando.
- Ok. - digo sem mais assunto.
- Ei, quantos anos você tem?
- 14 - digo meio decepcionada comigo mesma, até porque pelo o meu tamanho, não pareço ter a idade que tenho, apenas se a pessoa me olhar bem, verá que eu tenho "curvas" de uma adolescente.
- Tão fofa - ele diz brincalhão.
- Engraçadinho - digo olhando em seguida pras minhas mãos no balcão. Logo o olho curiosa e ele entende.
- 17 - ele diz. Penso que acertei em meu palpite a minutos atrás.
- Certo, 17 e já tem esse porte todo? - pergunto me referindo aos bíceps, tríceps perceptíveis na blusa cinza que ele usava, me senti agindo que nem uma tarada sabe.
- (Risos) é porque são muitos treinos no colégio, aliás eu estudo lá.
- No colégio de Forks? O que perguntei?
- Sim, se quiser, posso te levar até lá.
- Legal, Ok.
- Bom, já estou quase terminando meu expediente, vou terminar de arrumar algumas garrafas aqui e ai eu te levo lá.
- Ok.
- Fica ai - ele brinca.
- Certo.
  Depois que ele se dirigiu à algumas estantes de garrafas, olhei novamente para o lugar, ainda havia olhares sobre mim, tipo, uns cochichavam algo, outros apenas me olhavam - uns até com indecência - e outros apenas falavam.
  Me voltei para olhar minhas mãos no balcão quando ouço a porta ser aberta por conta do sininho que havia em cima dela. Não fiz questão de olhar mas senti que a mesma pessoa que havia entrado se sentou ao meu lado em um dos bancos.
  Respondendo a sua pergunta, sim, era um homem.

Música: Boy - ODESZA

  Me ajeito no estofado e respiro fundo, me deixo levar pelos meus pensamentos e reflexões sobre o acontecimento inusitado na floresta, porque pensa comigo, do nada um lobo aparece na floresta e ele era incrivelmente grande, raro e irreal, dai ele causa uma breve confusão por você, quer te matar, te passa uma energia forte ai você consegue sair dali, parar em um bar que mais parecia ser apenas um restaurante e você está viva e não acredita...e depois? Você se vê calma, sentada em um banco, com as mãos um pouco sujas sob o balcão nesse mesmo bar.
  Tá, vamos ser sinceros, olhando bem é um bar-restaurante.
  E depois? Você conhece um garoto incrivelmente lindo que te oferece ajuda sem saber nada do que aconteceu há horas atrás com você. Me diz se isso não é estranho, ou confuso?.
  Olhei pro lado e encarei o homem que entrou e se sentou ao meu lado, ele estava de cabeça baixa, costas eretas e parecia pensativo também. Ele estava de moletom e usava barba, aliás uma barba perfeita, na verdade, examinando bem o indivíduo, ele era perfeito, a pele pálida, porte de garotão (que nem Philip) porém mais maduro.

 Ele estava de moletom e usava barba, aliás uma barba perfeita, na verdade, examinando bem o indivíduo, ele era perfeito, a pele pálida, porte de garotão (que nem Philip) porém mais maduro

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Ele retirou o capuz e singelamente olhou para o lado. Reparei o quanto ele era bonito de verdade. Esse mesmo homem pediu a Philip algo para beber, e como ele mesmo pediu, de preferência algo forte. O olhando um pouco, ele tinha cabelos castanho um pouco claro, mas a cor era imperceptível a luz fraca do ambiente.
Não dei muita importância porém havia algo naquele homem que me despertava uma curiosidade meio ingênua, como se ele escondesse algo, mas que o próprio não demonstrava, a única coisa que ele transparecia era olheiras como se não dormisse a dias e tristeza na feição, eu sentia isso.
Voltei a fica pensativa, sabe, as coisas que estão acontecendo comigo esses dias, ao mesmo tempo que parecem ser estranhas - uma palavra que já é repetida no meu dicionário - pra mim, pensando bem agora, as trato como se fossem normal, como se eu já estivesse acostumada.
Olhei novamente para aquele homem, e ele fez o mesmo pra mim, e de repente, um flash rápido veio a minha cabeça: Eu conhecia aquele homem de algum lugar, ele não me era estranho.
- Moça? - ele perguntou - Você está... bem?
- Er... - demorei a responder - eu acho que te conheço.
- Pois eu também. - ele se ajeitou na cadeira sem desgrudar o olhar do meu.
- Me desculpe meus modos, mas você é daqui de Forks?
- Sim, sou. Por quê? - ele dá um sorriso de lado que julguei ser fabulosamente lindo.
- Não é que... você me pareceu ser conhecido é... Ah, deixa pra lá (Risos) acho que estou delirando. - Ele ri junto. Eu acabo por corar.
- Sugiro que também é daqui.
- Não, pior que não.
- Então... É nova na cidade?.
- Literalmente sim, eu acho.
- Você acha?.
- É porque só estou de passagem.
- Visitando a cidade?
- Sim, primeira vez. - Dou um sorriso fechado pra ele.
- E escolheu um bar ao invés de sair com os amigos? - ele pergunta brincalhão.
- Como sabe? - perguntei me lembrando do que deixei no colégio de Forks (amigos) e o que eu vim fazer aqui. Resumi assim. E perguntei pra não deixar claro que eu estava perdida.
- Não sei, (Risos) deduzi. - ele diz com o copo ainda entre as mãos, mas pareceu que se lembrou que o copo estava ali e deu o primeiro gole.
- Qual é seu nome? - perguntei curiosa.
- Peter. - ele disse me olhando. É sério, esse cara parecia que eu o já conhecia, mas não me lembro aonde, e o nome então...
- E o seu? - ele perguntou.
- Sou Sam. - digo.
- Prazer Sam. - Ele tocou estendeu a mão para eu cumprimentar, e foi o que fiz. Demos um aperto porém senti algo diferente naquele toque, um sentimento forte, uma emoção que me fez querer chorar. Fiquei estática sem desgrudar as mãos. Foi então que com cara e coragem o encarei e finalmente perguntei:
- Quem é você?.

***************
Ai meu Deus, será que é agora? Peter e Allyson (a Samantha) finalmente se reconheceram?

Você só irá saber no próximo capítulo.

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Lice

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