Continuando...
Música: Calm Down - Krewella
Allyson
- Não me olha desse jeito - digo fechando os olhos e virando a cabeça para frente, me propondo a desviar do olhar interrogativo de Peter e a pensar no que fazer pra tudo isso acabar de vez.
- Allyson, isso é complicado, eu entendo, mas seria mais fácil se tivesse pensado antes de agir.
- Você entende? - abro os olhos e novamente viro minha cabeça para olhar Peter, como ele porderia entender algo que nem eu mesma entendo?. Eles supira sem deviar os olhos de mim.
- Quando formos para um local mais seguro, eu lhe contarei.
- Contar sobre, exatamente, o quê? - pergunto atordoada, o que será que ele esconde e que me entende?. Ele anda, para de costas pra mim e me olha por cima dos ombros.
- Que, talvez, você não esteja sozinha nessa. - ele diz. Não compreendo o que ele quer dizer com isso, porém sinto que refere-se ao meu problema com a força, ou talvez com as coisas sobrenaturais que recentemente estão acontecendo comigo, o que não duvido muito, já que até durante o recente passeio em que tivemos eu agi meio estranha algumas vezes, e agora então...
- Certo. - respondo. Peter faz sinal com a mão pra que eu continue andando com ele.
Andamos bastante, dobramos em algumas ruas, com poucos postes iluminando até encontrarmos uma parte da grandiosa floresta que cerca Forks por todos os lados. Na verdade, até antes de chegar aqui, você vê árvores e mais árvores, e quando chega, pra onde você olhar, mais árvores. É tudo verde, até o ar fica mais verde. Até de noite. Peter para e olha pra mim, percebo que ele pede uma singela permissão com o olhar, como se pedisse minha confiança, e sem pensar duas vezes, assinto com a cabeça. Acho que ele deve ter pensado que eu iria agir de forma contrária do que estou fazendo agora e ficar com medo de entrar na floresta com um cara que, bem, eu só conheci à dois dias. Mas eu nem ligo, porque eu sinto confiança nele, algo dentro de mim me faz sentir segura com Peter, mas ao mesmo tempo me faz querer ficar mais perto dele, como se eu tivesse medo de algo, algo relacionado a coisas ruins que podem fazer mal pra este, acho, sinceramente, que até eu sou uma ameaça pra ele, tipo, minha vida é uma droga, as coisas que recentemente estão acontecendo comigo estão, em partes, machucando as pessoas ao meu redor, e eu não digo o que aconteceu no hotel, mas sim minhas decisões, meus sentimentos e a confusão que se instala dentro de mim, da minha cabeça, mas asseguro que isso só está acontecendo porque algumas pessoas, me machucaram profundamente, por isso eu penso que sou uma ameaça pra pessoas novas em que eu conheço, então resumindo, eu tenho medo de mim.
Boa reflexão, Samantha.
Adentramos naquele local onde uma vez eu me perdi.
Aquela floresta estava um breu, então logo parei. Eu posso ser bastante durona pra certas ocasiões, porém até os mais durões tem suas fraquezas, seu medos, então logo fui vencida por um, - e nem reparei que estava entrando em um lugar assim de noite - do escuro.
- Merda! - sussurrei pra mim mesma e abaixei a cabeça fechando os olhos sem me mexer, estava paralisada por conta do medo.
- Allyson? Você está bem? - Peter perguntou, senti que ele se aproximava.
- Não é que...
- Tem medo desse lugar? - ele pergunta, ainda bem próximo consigo sentir que ele estava com o rosto bem próximo do meu. - Porque está com olhos fechados?.
- Olha, o que u vou te dizer não é engraçado, então antes de tudo, porfavor não ria.
- Ok - ele diz.
- Eu... tenho medo do escuro. - Digo e fico atenta a sentir a reação dele, já que eu estava de olhos fechados. Por um breve momento sinto que ele está sorrindo, ou quer ri mas está se esforçando pra não deixar a risada escapar, umas dessas alternativas é. Devagar vou abrindo os olhos, consigo ver, apesar da escuridão, Peter estava me encarando, e como eu havia previsto, a primeira opção eu acertei, ele estava sorrindo. Agora como eu consigo ver na escuridão eu não sei, mas logo dei um pulo pra trás ao perceber que estava vendo ele através da escuridão.
- O que foi? - pergunta mais umas vez.
- Eu consigo te ver, mas está escuro e... co-como isso é possível? - Pergunto já assustada.
- Peter se aproxima, com um puxão ele me coloca nas costas dele e só lembro dele dizer:
- É possivel sim. - depois disso ele saiu em uma velocidade colossal e eu só fechie os olhos e... Apaguei.Acordo com uma certa tontura, mas logo reparo que estou deitada em algo macio, olho pra cima e vejo um teto rústico, então com um certo esforço olho pro lado, vejo um quarto exatamente assim também, e reparo que a coisa macia em que estou deitada é a cama, me levanto, e ainda sentada reparo na lareira a minha frente.
- Onde estou? - Pergunto a mim mesma. Fico levemente paralisada achando que pudesse ser a casa de férias dos meus pais, mas logo me lembro de Peter, do que ocorreu e me pergunto logo em seguida se ele soube dos meus pais e me levou até eles, mas esse pensamento desaparece quando o próprio entra no quarto e me surpreendo com o físico daquele ser debaixo da blusa cinza escuro com mangas curtas que ele usava. Aquilo me deixou mais tonta ainda. Ele se aproximou e se sentou de frente pra mim na beirada da cama, pôs uma mão no meu joelho e perguntou:
- Você está melhor? - Vejo que ele pergunta preocupado. O que veio na minha mente foi vontade de dizer: Claro que estou, com um deus feito você aqui agora, "melhorou" bastante. Mas me contive em uma simples resposta:
- Sim - digo. Eu não quero que ele ache que sou atirada, que nem as outras meninas, - Na verdade eu sou pior que elas - tanto que desde o começo em que o conheci eu já estava com esse propósito na minha cabeça, então, preferi apenas dizer isso.
- Tem certeza? - Ele sorri ao perguntar. - Porque você tá meio estranha. - ele dá um leve sorriso. Mal percebo que ainda estou paralisada com a presença dele, então apressadamente me recomponho.
- Ah, não. - sorrio e abaixo um pouco a cabeça. - Só... ainda estou tentando botar meus pensamentos em ordem. - levanto a cabeça e o olho já com a feição normal. Sem ter certeza, me confundo se foi impressão minha ou não quando ele me olha de cima a baixo com um certo olhar que, rapidamente julguei ser, com um certo ar de desejo. Mas acho que só foi impressão minha. Ele desvia o olhar e se levanta, reparo o quanto ele é um tremendo garotão de costas, e é ai que eu percebo que alguma coisa saiu fora do lugar, porque de repente eu senti uma formigação nos lábios e um negócio estranho dentro de mim que me deixou inquieta, mas me mantive controlada, porém achei aquilo fora do normal.
- Bom, vou ver se tem algo pra você comer, ok? - ele pergunta olhando pra mim. Assinto com a cabeça levando meu olhar pra algum canto do quarto, eu não queria olha-lo porque eu sabia que algo em mim estava fora do comum então ele perceberia. Depois de uns pequenos segundos ele se retira.
Me sento na beira da cama, e varro o quarto com o olhar, os móveis eram de tons escuros e fortes, mas por mais que eles sejam simples, eram bem sofisticados, já que realçava o local com paredes em madeira nobre, juntos com as pedras de mármore cinza claro ao redor da lareira, aproveito minhas observações e reflito no que aconteceu, tipo, nunca, na minha vida inteira, aconteceu coisas tão parecidas comigo. Me levanto e reparo que estou me sentido leve, e quando olho pra mim, vejo que estou com um vestido longo cinza escuro, a mesma cor da camisa de Peter, só que florido sem manga, e com alguns botõezinhos em vertical na frente, fico paralisada sem entender, ai então eu me lembro do olhar de Peter e levanto novamente a cabeça já sacando o porquê, então não foi impressão minha; fico com o coração acelerado só de imaginar que ele tenha trocado a minha roupa, porque eu me lembro perfeitamente que eu estava usando um body e uma calça, e não um vestido. Me sento novamente na cama atônita, passo a mão entre os cabelos, mas me ponho de pé novamente ainda com a cabeça a mil, me dirijo até a janela na direção horizontal da onde está a cama e a abro, deixo o vento frio da noite me tranquilizar, fecho os olhos, coloco minhas mão na batente e abaixo a cabeça já os abrindo.
Penso seriamente o porque Peter apareceu na minha vida, alguma coisa diz que agora faz sentindo o porque ele apareceu, e resumi toda ajuda que ele me ofereceu, mas ainda não sei o que é.______________________
Eita, que capítulo é esse?
Mais um pra vocês meus pequenos!Curtam, compartilhem, votem e aproveitem.
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A Saga Crepúsculo - Forever
VampiroO amor de Jacob e Nessie nunca morrerá, eles enfrentarão desafios juntos, superarão tudo isso juntos, e há quem diga que essa história tão atemporal viverá durante o tempo, ultrapassará dias, meses, anos, décadas, séculos e milênios, ou talvez, apen...