Capítulo 3

6.5K 585 69
                                    

Holly Watson

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Holly Watson

Em frente à grande penteadeira do meu quanto, me imagino com os meus dezoito anos.
Quando vou ter minha liberdade, e ser dona do meu próprio nariz.

Saber que já é amanhã me deixa ainda mais animada, essa emoção me faz querer dançar como uma louca em cima do confortável colchão atrás de mim.

O quarto inteiro em tons pasteis remetem um estilo rústico e antigo. E eu gosto disso. Gosto de me sentir na época medieval, em um dos muitos quartos do castelo.

No centro do cômodo está situada a minha cama, com lençóis cinzas e brancos. Ao lado está o criado mudo, algumas obras de arte_feitas por mim_ na parede, uma estante recheada de diversos livros, a porta do meu closet, junto com a do meu banheiro, e claro, a penteadeira com um enorme espelho e uma cadeira confortável.

Me sentei aqui para poder de alguma forma pentar meus cabelos, eles estão longos, e a tarefa de desembaraçar é quase que impossível.

Pelo meu reflexo vejo uma garota, com grandes olhos, olheiras e lábios na medida certa.

Queria parecer com uma mulher, não uma adolescente. Fazer juz aos meu futuros dezoito anos, e para isso, irei ousar pela primeira vez na maquiagem. Sempre coloquei um rímel, baton claro e um pouco de pó.

Hoje tentarei usar um lápis de olho, um pouco de blush, base , e um baton mais escuro, nada de vermelho, pelo menos não por enquanto.

Após todo o processo, vejo que consegui esconder um pouco do meu cansaço estampado através das olheiras profundas, causadas pela longa maratona de livros noite passada.

Já com o cabelo perfeitamente preso em um rabo de cavalo, me levanto e sigo em direção ao closet.

As paredes brancas, marcadas pelos meus vestidos de festa estão à mostra assim que abro a porta. Meus pares de sapatos organizados por modelo e as demais roupas por cor.

Parece estranho para outros, mais tudo no meu quarto sou eu que organizo, como um TOC. Tudo tem que estar limpo e perfeitamente no lugar.

Passando por todas as roupas nos cabides, procuro o último vestido que ganhei da Sra. Sara, amiga íntima_e única_ da minha mãe.

Ele é lindo, verde musgo e que sintoniza todas as minhas curvas, de mangas até o cotovelo e com um leve decote e um acabamento perfeito.

Desfaço rapidamente o laço do meu roupão, mostranto minha quase nudez. Estou vestida em uma lingerie também de cor verde, só um pouco mais escura.  O formato do bojo levanta os meus seios, à calcinha, fina e de cetim, cobre pouco do meu bumbum, coisa que não gosto.

Estico meu braço para alcançar o vestido e o visto com cuidado.
Ao me olhar no espelho incluso no closet, vejo uma mulher de verdade, claro que a cara de dezessete anos não se esconde facilmente, mais à pegada mais madura doma todo o pedaço, e eu estou amando.

A parte do decote parece pressionar ainda mais meus seio, os deixando em evidência , o comprimento alonga minhas pernas e me deixa muito parecida com a mamãe, ele é abaixo dos joelhos.

Não aquela coisa feia, mais sim elegante e sofisticado.

Me dirigindo novamente ao local dos calçados, escolho um sapato de salto nude, e em poucos segundos estou pronta.

Saio do pequeno cômodo embutido e sigo novamente para a penteadeira. É lá onde estão todos os meus perfumes, parece deselegante, mais na minha opinião é bem prático.

Pego um francês, com cheiro de morango e borrifo no meu pescoço e mão.

Coloco no seu lugar novamente e desço para a sala de jantar.

Em todo o percurso da escada, venho pensando no porque papai falou do jantar especial, e que queria me ver bem arrumada, não sei se teremos visitas, estas que são coisas raras.

Assim que adentro a sala, pela visão periférica, vejo os amigos dos meus pais; Heitor e Sara, sua filha Ella e seu filho_gostoso e egocêntrico_ Henry.

O som dos meus saltos no piso, chamam atenção, e eles viram seus rostos para mim, só então noto a presença da minha família ali também.

Como gesto de educação, caminho para onde estão e murmuro um boa noite de forma envergonhada.

Todos respondem em uníssono, menos ele.

O desgraçado se aproxima de mim e ergue minha mão se inclina e à leva aos seus sabios.

Seu sorrio presunçoso me causa raiva, e a forma como me olha me deixa estranha.

Ouço sua voz rouca logo em seguida.

-- Boa noite querida!

Olá pessoas, espero que gostem. Por favor, deixem suas estrelinhas, é muito importante para mim. Comentem o que estão achando e me deem dicas, aceito críticas, desde quê estás sejam construtivas.
Um grande abraço!

Além Do ContratoOnde histórias criam vida. Descubra agora