Seria possível amar alguém pelos dias de convivência?
Seria possível amar uma mulher desde seu nascimento?
Vamos juntos descobrir!
Essa é uma história que vai prender você, caro leitor.
Uma história emocionante, cheia de conflitos , mas também mu...
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Holly Watson
Tudo foi por água abaixo. Meus planos, meus sonhos e toda a minha perspectiva de futuro.
Quando aquele carro preto parou bruscamente atrás de mim, eu imaginei diversas coisas, desde um estuprador a uma alma caridosa, mais jamais passou pela minha mente que ele viria atrás de mim.
Uma cena de um filme tristepassa em frente meus olhos, minha vida resumida em nada.
As ruas parecem tão vazias quanto meu coração, pela janela do carro, ao qual encostei minha cabeça, vejo o caminho de volta que fiz, correndo desajeitada com minha mala.
Aliás por falar em mala, vi que ele não á pegou de volta. E se o motorista não pegou e deixou lá. Merda!
Minhas roupas e o dinheiro que peguei estão lá. Eu deveria perguntar a ele, mas o medo e angústia presente em mim, me fazem encolher no banco.
O carro tem seu cheiro, maldita fragrância amadeirada que me faz sentir uma coisa estranha. Um formigamento nas pernas.
O automóvel passa pelo portão de entrada, em seguida pelos seguranças, e thanram, estou em casa novamente.
A porta é aperta pelo motorista, Henry sai e me puxa para si com agilidade.
Sua mão envolvendo meu braço me faz arrepiar, talvez de medo. O pior é a queimação na minha pele quando em contato com a sua.
Tento me separar do seu aperto sem sucesso. Isso só faz com que ele aperte mais os seus dedos.
Sou praticamente arrastada pra dentro de casa.
Tudo parece igual a poucos minutos, à não ser pelos meus pais no sofá com cara de assustados e bastantes nervosos.
Não consigo nem dirigir meu olhar para os dois. Olho para qualquer outro lugar.
-- Pra onde você foi garota? _papai pergunta assustadoramente furioso_
Não respondo e me mantenho no mesmo lugar.
-- Responda! _continuo calada_
-- Filha... querida _mamãe hesita_
-- Não me chame de filha. Não mais! _me pronuncio, e agradeço aos céus por minha voz ter saído forte_
-- Não venha com chilique Holly. Cresça! _ele fala_
-- Chilique? O que? Você me vendeu. ME. V.E.N.D.E.U _soletro exasperada_
-- Fiz o melhor pra você, e pra todos. Ou você se casa, ou perdemos tudo, e vamos para a sargeta. É isso ou sumo na vida com sua mãe e deixamos você pra morrer na miséria. Sozinha.
Suas palavras me deixam ainda mais em choque. Foi como um tapa no rosto. As lágrimas queimam em meus olhos, e minha garganta parece sufocar.
-- Chega Peter! Não quero que fale com ela dessa forma. Ande Holly, vá se aprontar para à noite. Deixarei seguranças na porta do seu quarto.
Sem opção, dou uma última olhada para o lixo de pessoas que dizem ser meus pais, me afasto do Henry e caminho em direção ao meu quarto.
** Não sei que horas são, provavelmente está anoitecendo.
Desde que voltei da sala, não reparei em nada ao redor, meu olhar estava vago, e a cabeleireira deve ter percebido isso.
Suas mãos fizeram um bom trabalho em meu cabelo, uma maquiagem sutil e quase impercetível realçou meus olhos, embora tristes, ainda são bonitos.
Ela chegou pouco mais de uma hora que cheguei aqui. Me deixou apresentável, e uma noiva de verdade.
De roupão, caminho em direção à cama.
Já de banho tomado, sigo para vestir o vestido à contra gosto. A hora do sacrifício está chegando. Só deus sabe a vontade que tenho de desaparecer.
Que belo presente de aniversário, um noivo egocêntrico e pais que não valem o que comem. Só posso ter atirado pedra na cruz.
Visto o longo traje com cuidado, como é pesado, tenho maior trabalho em executar toda a ação.
Pego as luvas ao lado e visto-as. Sou obrigada a sentar na cama para me abaixar _com dificuldade_ e calço o altíssimo salto bege.
Me levanto novamente.
O que falta é apenas subir o zíper do vestido, pena que não consigo fazer isso sozinha.
A mulher que chamei de mãe, passa pela porta sem ao menos bater, e como se adivinhasse meus pensamentos, sobe o zíper.
Estou pronta.
Pronta para minha própria morte.
Meu sorriso de desgosto faz parecer que estou indo pra forca.
Prometo com tudo de mim que ele irá pagar por isso.
Olá, prometi que nesse capítulo iria ser o casamento, mais resolvi deixar pro outro. Se tiver bastante comentários e estrelinhas farei um esforço pra postar ainda hoje. Eu espero que gostem. Um grande abraço !
