Henry Zummach
Nunca imaginei que esse dia chegaria, ou melhor, nunca quis que ele chegasse.
Tudo estava indo bem, estava conseguindo tê-la só pra mim, fazendo com que me amasse e sentisse voltade de estar comigo, é assustador saber que não me deseja mais.
Eu fiquei louco de ciúmes, inseguro, e com medo, quando tentei me aproximar enquanto falava ao telefone.
Assim que ela entrou no táxi, eu percebi o tamanho da merda que tinha feito.
Liguei para a única pessoa que poderia me entender; Dominic.
Ele me aconselhou a esfriar a cabeça e pensar direito. Graças a tecnologia descobri que falava com Ella, e isso me acalmou.
Realmente queria entender um pouco desse ciúme desenfreado que sinto, não consigo controlar.
Preciso dela ao meu lado, ainda mais agora que pode estar carregando o meu herdeiro.
Holly Watson
I'm not going to wait until you're done Pretending you don't need anyone
I'm standing here naked (naked, naked)
I'm standing here naked (naked, naked)
I'm not gonna try 'til you decide You're ready to swallow all your prideNós cantavamos animadas enquanto assistiamos um programa qualquer.
A nuvem de tristeza tinha se dissipado com toda a nossa animação.
Tudo estava bem, até um torpedo inconveniente chegar no meu telefone.
E sim, era do Henry.
Hey bela, estou com saudades.
20;33 PmA vontade de confessar que sentia a dele se fez presente, porém eu tinha que me manter forte.
Conversando com Ella, eu escutei algumas palavras que me fizeram repensar todo nosso relacionamento. Segundo minha cunhada eu precisava me situar, e impor a mim mesma o quanto eu era bilhante, mesmo sem o Henry.
"Ninguém precisa de outra pessoa para sentir completo. Nossa metade da laranja está dentro de nós mesmos, precisamos ser felizes sozinhos, para depois sermos e fazermos o outro feliz
Essas palavras se repetiam como um mantra sagrado, e eu ficava mais confiante quando as repetia.
-- Holly... _Ella me chama_
Volto minha atenção para a garota a minha frente.
-- Hum?
Ele me olha com uma cara esquisita.
-- Em que mundo você estava? Já te chamei duas vezes.
Sorrio envergonhada.
-- Desculpe.
Ela sorri.
-- Vou dormir. O apê é pequeno mas tem dois quartos, estou indo pro meu. Pode ficar com o outro, está limpinho.
Diz se levantando, e indo em direção ao quarto.
-- Tudo bem. Obrigada!
Suspiro e descanço a cabeça no sofá.
Que dia...
Descido então me recolher.
**
O sol hoje deveria ser menos agressivo, o céu deveria estar nublado, assim como o meu humor.
A insônia é causadora disso.
Rolei de um lado para outro na cama, sem sono. A cada vez que fechava os olhos, a lembrança do Henry dormindo abraçado a mim me perturbava.
Por Deus. Até no sonho ele me persegue...
-- Holly? _ouço meu nome ser pronunciado, e viro a cabeça para ver quem me chama_
A única amiga que consegui fazer na faculdade me olha dos pés a cabeça, e corre ao meu encontro.
-- Garota... Mudou o estilo do nada? Adorei. Se bem que suas roupas antes eram divinas, se não quiser mais, podemos negociar. _ela bate palminhas animada_
Olho pro meu look de hoje, e entendo o porque tanta surpresa.
O short que peguei emprestado da Ella caiu bem no meu corpo, apesar de ser mais curto que o habitual, e a blusa, um bori branco que destaca meus pequenos seios, e os faz parecer maiores ao meu ver.
Nos pés tenho um salto alto na cor cinza.
Pareço mais mulher, confiante e sensual, embora não seja isso que pense realmente.
Bufo contrariada.
-- Só por hoje Raquel. São da minha cunhada.
Ela caminha em minha direção e seguimos para nossa sala.
-- Noite do pijama sem mim? _leva a mão ao peito se fazendo de magoada_
Nego.
-- Briguei com o Henry. _respondo_
-- Ohh. Tudo vai ficar bem amiga. _me conforta_
-- Sim.
**
As aulas se passaram tão lentas que pela primeira vez, quase durmo com as explicações dos professores.
Saiu do enorme prédio e me dirigo ao encostamento, esperando um táxi.
Noto um grupinho de garotas sorrindo e cochichando sobre algo mais a frete.
Passeio com o olhar no meio das pessoas até vê-lo lindo e imponente como sempre.
A jaqueta de couro, e o jeans dão a ele um ar jovial, um verdadeiro badboy.
Ele está encostado em um dos seus lindos carros importados, na mão tem um buquê de rosas brancas, envolta com uma fita azul maravilhosa.
Desvio o olhar para a rua exasperada, pedindo a Deus para mandar um táxi logo.
Quando olho em sua direção novamente, vejo que caminha para onde estou.
Suas olheiras aparentam que também não dormiu a noite.
-- Olá bela. _fala ao chegar_
-- Oi. _sou curta e grossa_
-- Pra você! _estende o buquê para mim, porém não pego_
-- Por favor aceite. São suas. Me perdoe. Vamos voltar pra casa! _continua_
Sua mão toca o meu rosto numa carícia delicada e eu estremeço.
Olá, espero que gostem. Votem e comente.
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NÃO REVISADO
Um grande abraço!
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Além Do Contrato
RomanceSeria possível amar alguém pelos dias de convivência? Seria possível amar uma mulher desde seu nascimento? Vamos juntos descobrir! Essa é uma história que vai prender você, caro leitor. Uma história emocionante, cheia de conflitos , mas também mu...