Holly Watson
Acordar com braços possessivos agarrando-me nunca foi motivo de felicidade, a não ser agora.
Seus braços fortes me prendem como se eu fosse fugir, mal sabe ele que fugir agora seria minha última opção.
Me espreguiço devagar, e consigo me desvencilhar do seu calor.
Sorrio e inclino a cabeça para o lado, observando toda sua beleza. Sem sombra de duvidas, Henry parece ser a criatura mais magnífica que já conheci. Sua beleza e masculinidade supera até os meus personagens literários.
Oh céus.
Suspiro.
Levanto mesmo com os protestos do meu corpo. Depois de uma noite de sono, deveria estar com as energias repostas, porém estou cansada como nunca. Talvez pela hora tarde em que consegui pegar no sono, e não, não era insônia, era um belo libidinoso de cabelos bagunçados que me fez ter seis orgasmos consecutivos.
Seis vezes eu cheguei ao ápice, cada vez mais intenso e arrebatador.
Eu pensei em aproveitar o que Henry pode me oferecer, só não pensei que fosse tanto assim.
Levanto da cama, e caminho em direção ao banheiro, tomo um longo banho digno de domingo e saiu coberta pela toalha que presumo custar uma fortuna.
Vou para o closet, em busca de algo bonito e confortável para vestir. Para ter um pouco de privacidade, fecho a porta, e solto a toalha, fazendo com que caia no chão.
No meio de tantas roupas, procuro um vestido, e encontro um perfeito. Na cor preta, frente única, deixa um ar de sofisticação e elegância, com comprimento médio, ele deve ir até o meio das minhas coxas, rodado, parece confortável, e comparado as peças anteriores, essa é a mais curta.
Procuro uma calcinha verde musgo de seda, e visto.
Caminho para o espelho para tentar arrumar meus cabelos soltos que molham parte das minha costas, e a imagem que tenho de mim é surreal.
Lábios inchados, marcas de dedos ao redor da minha cintura e varias manchas vermelhas e roxas pelo meu pescoço. Os seios, esses estão com marcas evidentes de mordidas e chupadas, chega a ser assustador.
A noite de longos orgasmos poderia ter me rendido algumas marcas, mas não tantas.
Quem me vê assim, pode chegar à afirmar com toda certeza que fui abusada por algum estranho, e não que isso foi resultado do desejo louco do meu marido.
Balanço a cabeça atônica, e pego o vestido no cabide vestindo as pressas.
Saiu para a penteadeira, me sentando em frente.
Pego um grampo qualquer e faço um rápido coque nos cabelos.
Olho para a quantidade de maquiagens, pelo menos iram servir para alguma coisa útil. Começo uma difícil jornada buscando cobrir todas as marcas que o vestido não esconde, algumas são fáceis, outras quase impossíveis.
Cansada, desisto.
Me levanto mesmo assim, dando de cara com olhos atentos a me inspecionar. Já de banho tomado, Henry está vestido com o mesmo roupão que vesti ontem. Estava tão alheia que nem vi quando acordou e foi pro banheiro.
-- O que tanto olha, não viu o que fez? _pergunto_
-- Do que está falando? _faz cara de desentendido_
-- Não fale como se não soubesse._ digo caminhando para onde está_
-- Está falando de como foi minha ontem? _sorri atrevido_
-- Você sabe muito bem. Não gostei do que fez Henry, estou toda marcada, isso é deselegante. _digo exasperada_
-- Marcada como minha. Para que todos que te olhem saibam que tem um marido presente e satisfeito.
-- Deixe de profanar asneiras. Não preciso disso, não sou sua mercadoria, já falei.
-- É a minha mulher! Não á porquer esconder as marcas, és linda de toda forma, assim fica mais ainda.
Que louco.
Ergo as mãos e solto meus cabelos que caem ondulados pelo meu rosto.
-- Preste bem atenção! _olho nos seus olhos agora não tão distantes_ -- Essa foi a última vez que fez isso, se voltar a repetir, não tornarei a me deitar com você.
Repondo por fim. Impondo minha vontade, mesmo que isso o deixe louco mais tarde.
-- Como? _pergunta assustado_ Pare de falar asneiras você. É minha mulher, claro que terá que foder comigo.
Diz assustadoramente calmo.
-- Sua mulher, não sua escrava sexual. Como falei, torne a repetir que não tocará um só dedo em mim.
Ele sorri com raiva e dá um sorriso de deboche.
-- E você ficará sem sentir todo o prazer que te dou.
-- Eu falei que você não irá me tocar, não outro. Talvez o Dave... quem sabe...
Digo as palavras carregadas de sarcasmo, e em poucos segundos ele está agarrado ao meu braço.
-- CALE-SE ! _berra furioso_
Eu apenas sorrio e maneio a cabeça em negativa.
-- Está avisado.
Me solto e caminho em direção a porta.
-- Volte e troque de roupa, iremos almoçar nos meus pais. _diz como se fosse a coisa mais natural do mundo_
-- Não irei trocar de roupa, muito menos sair assim! Estou indo tomar meu café da manhã e depois passarei o dia lendo. _respondo sem olhar para trás_
Antes de sair pela porta, viro-me e digo por fim;
-- Ahh... diga a Ella que mandei um beijo. Bom almoço.
Então dou as costas sem esperar sua resposta, escutando apenas seu resmungo um tanto alto.
Olá (de novo).
Espero que gostem. Conseguimos bater a metaaa, e bem, temos outra. Não sei o dia específico que vou conseguir postar capítulo essa semana, então se conseguirmos chegar a 70 votos e 90 comentários posto outro amanhã!
Um grande abraço....
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Além Do Contrato
RomansaSeria possível amar alguém pelos dias de convivência? Seria possível amar uma mulher desde seu nascimento? Vamos juntos descobrir! Essa é uma história que vai prender você, caro leitor. Uma história emocionante, cheia de conflitos , mas também mu...