Holly Watson
Um sorriso de puro desprezo beirava os meus lábios.
Se ele pensa que irei com a sua cara por um simples gesto de cavaleiro está enganado.
As horas com os meus heróis literários, me fizeram perceber de longe o tipinho que ele é.
Se você quer jogar baby, achou um bom adversário.
Não ter prática em algumas coisas, não quer dizer que não saiba fazê-las.
Ergo uma sobrancelha , e, para não ser deselegante apenas dou um leve aceno.
Ele volta a sua postura e parece sério. Sua carranca não nega o desgosto que sentiu ao me ver ignora-lo com sucesso.
Para desfazer o clima, papai se aproxima e põe a mão no ombro dele. Aquele gesto soa como um pedido de calma.
-- Vamos jantar, então? _papai pergunta ao se afastar e direcionar o olhar aos outros do recinto_
-- Claro. _todos respondem_
Todos seguimos para a grande sala de jantar. Eu venho mais atrás como se precisasse de um tempo pra esclarecer alguma coisa dentro de mim que ainda não sei o que é.
Ambos os visitantes já estão em seus devidos lugares, e eu caminho para onde sempre me sento nas refeições diárias.
Quando estou prestes a puxar cadeira para sentar, Henry se prontifica ao meu lado.
-- Sente-se do meu lado, Holly! _como se fosse meu dono ele ordena e eu gargalho_
-- Desculpe senhor._faço questão de dar ênfase na última palavra_ --Estou ótima aqui, obrigada pela gentileza desnecessária! _alfineto_
Mamãe me lança um olhar de reprovação, e pede desculpas pelo meu gesto tão grosseiro.
Que se dane a educação! O cara chega na minha casa, se acha o dono da porra toda, e eu que seja educada, nem em sonho!
Ignorando totalmente sua presença sento no meu devido lugar, notando apenas quando ele solta uma lufada de ar, como se sentisse ultrajado.
Ele segue para o seu assento, que por azar, fica de frente para o meu.
**O jantar correu bem, papai e Heitor conversaram bastante, mas se me perguntarem sobre o quê, não saberia responder.
Durante todo o tempo eu estava aérea, com o pensamento distante, e cansada por não ter dormido muito bem noite passada.
Troquei algumas palavras com a Ella, e uma pontadinha de inveja cresceu no meu interior.
Suas histórias de viajens, e noites com suas amigas, são as melhores. Ela tem algo pra contar dos poucos anos de vida, já eu não.
O que eu diria? Bom... não tenho amigos, não saio de casa, não tenho vida social, sou uma estranha em ascenção. E bem, isso não é legal, nem divertido.
Meus pais, juntos com Henry e os seus foram para o escritório, corversar não sei o que, enquanto nós estavamos na sala.
O celular da Ella tocou e ela pediu licença, dizendo que era um namoradinho e que precisava atender, eu sorri e apenas concordei.
Enquanto ninguém chegava, me direcionei à varanda para tomar um ar.
A noite estava calma, e o céu estrelado, eu diria que um belo cenário para uma cena de um dos livros que li está manhã.
Meu pé esquerdo dói, e mudo o peso do corpo para o outro.
Sinto um vento quente no meu pescoço, e só então constato ser uma respiração.
Me afasto assustada, e pronta para atacar quem quer que seja.
E tomo um susto ao ver um par de olhos curiosos a me encarar.
-- O que faz aqui sozinha, não vê que está frio, pode pegar um resfriado! _me questiona_
-- Não tinha notado que esfriou!_respondo e passo uma mão pelos cabelos que foram bagunçados pelo vento_
-- Em quê pensava? _pergunta_
-- Nada específico! _encerro o assunto_ -- Preciso ir, até mais Sr. Zummach.
Falo e dou um passo para me retirar, quando sinto sua mão agarrar meu braço. Olho para o local onde nossa pele está conectada e ergo o olhar até seu rosto.
-- Já sabe da sua festa amanhã? _ele diz_
-- Que festa? _balanço a cabeça em confusão_
-- Seu aniversário, seus pais vão dar uma nova festa, e estarei como seu par novamente! _seus olhos passeiam meu corpo e um sorriso malicioso aparece_
-- Am? Quê? Não, não sabia de nada. Não quero festa.
-- Sim você tem que querer! _fala rude_
-- Não oras! _puxo meu braço do seu aperto e percebo a pele branca, agora levemente avermelhada._
-- Seu presente estará aqui amanhã. Ficará magnífica com ele!
Maneio a cabeça negativamente e saio da sua presença.
Solto a respiração que nem pensei prender e caminho em direção ao meu quarto. À noite com certeza será longa, não engoli essa história de festa, e amanhã mesmo irei esclarecer tudo com os meus pais.
Olha eu de novo. Gostaria mesmo de saber se estão gostando e pedir encarecidamente que votem. Não sei se irei conseguir postar outro essa semana, estou no período de provas então fica difícil, mais irei compensar ok?
Um grande abraço!
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Além Do Contrato
Roman d'amourSeria possível amar alguém pelos dias de convivência? Seria possível amar uma mulher desde seu nascimento? Vamos juntos descobrir! Essa é uma história que vai prender você, caro leitor. Uma história emocionante, cheia de conflitos , mas também mu...