Capítulo 30

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Holly Watson

Bolo...chocolate...

Existe coisa pior do que desejar comer algo e não poder? Não existe.

Minha boca enche de saliva ao lembrar do maravilhoso sabor. Cansada de apenas imaginar, salto da cama e sigo para a cozinha, desço as escadas praticamente correndo, e chego ao meu destino.

A cozinheira/empregada nota minha presença e me cumprimenta.

Sorrio.

-- A senhora precisa de algo? _pergunta_

-- Bem... estou com fome...

Ela acente.

-- Quer que eu prepare alguma vitamina? Ou salada de fruta?

Vitamina? Salada? ECA.

Faço cara de nojo.

-- Não. Nem me fala de salada, queria um doce. Um bolo de chocolate poderia ser.

Minha cara de anjo, e de desentendida, faz com que a pobre senhora acate meu pedido alegremente.

Me sento no balcão de mármore, enquanto vejo-a procurar alguns ingredientes no armário.

-- Tenho notado que a senhora anda mais alegre._diz_

-- Sim sim. Estou me acostumando.

Ela sorri amigavelmente.

-- O Sr. Henry é bom. Tem um gênio forte, mas com jeitinho você doma a fera.

Gargalho com suas palavras.

-- Pode deixar.

***

Meu corpo pede mais alguns minutos de descanso. A briga acirrada entre a preguiça e o dever de estudar, fazem minha cabeça doer.

Não é pra menos toda a exaustão que estou sentindo, eu queria o quê? Isso que dá passar o resto do dia e quase a noite interia transando com o um marido insaciável, e ainda acordar cedo para ir pra faculdade.

-- Chegueeeeeei..._um grito conhecido é ouvido_

Ella .

Após alguns segundos a cunhada mais faladeira do planeta passa sorrindo pela porta.

-- Olá cunhadinha! _fala caminhando até a cama e se sentando quase em cima de mim_

-- Oi

Faz cara de desprezo e me dá uma tapa na bunda.

-- Que "oi" seco. Você deveria ser mais animada garota, sair, aproveitar. Você está casada, não morta.

Passo a mão nos cabelos tentando amenizar a bagunça que estão.

-- Como se fosse fácil sair com o cão de guarda que seu irmão é! _digo_

Ela pula da cama, e põe a mão no rosto, como se estivesse a pensar.

-- Já sei._diz e caminha em direção ao meu closet_

Vestida com um lindo tubinho, e saltos agulha, Ella exala confiança e sensualidade por onde passa. Talvez eu possa ser assim um dia.

Ouço um grito seu. Levanto da cama as pressas e entro no closet para ver se ela está bem.

A minha frente, segura um dos lindos vestidos que Henry me deu. Seus olhos passam por toda a peça até chegarem em mim.

-- Holly do céu. Tem noção de quem fez esse vestido? É simplesmente o maior estilista da Europa. Ele só faz modelos únicos, sinta se privilegiada.

Ergo uma sobrancelha em surpresa e dou de ombros.

-- Mérito do Henry, não meu.

Ela dá pulinhos animada.

-- Mais um motivo para arrastar você dessa prisão. Vamos encontrar com seu maridinho no trabalho dele. Que tal conhecer a empresa...uma rapidinha no escritório..._gargalha_

-- Ella!!! _sinto minhas bochechas corarem_

-- Vou tentar me controlar. Anda logo... veste isso!

Me entrega o vestido e se vira para procurar um sapato, me entregando um lindo coturno preto.

Pensando bem... a ideia de sair um pouco para espairecer é legal. Visitar o trabalho do Henry vai ser uma experiência nova, talvez ele até volte conosco para casa.

Temo que os estudos iram ficar só para amanhã.

Visto rapidamente o que ela me entregou, e pego minha bolsa pendurada no suporte fofinho.

-- Vamos. _digo vendo ela digitar algo no celular_

-- Assim que se fala garota! _exclama_

Juntas, saimos do quarto rumo as escadas.

°°

Escoltadas pelos armários ambulantes, seguimos para a empresa.

Durante todo o caminho Ella me contava do quanto visitava-a junto com sua mãe.

Dissera que seu pai sempre foi carinhoso, e sua mãe sempre compreensiva.

Oh céus.

O que eu daria para que tivesse sido tão perfeito assim.

A saudade que antes estava adormecida voltou com força total, junto com toda a mágoa do que me fizeram.

Meus olhos inundaram de lágrimas, porém fiz um grande esforço para escondê-las.

Eles não merecem uma gota do meu sofrimento.

Venderam sua própria filha.

Conversamos também da época quando seu irmão resolveu sair de casa e montar o seu Império, sem ajuda de ninguém da família.

Agora estamos no hall de entrada do grande prédio com faixada espelhada.

Como estou acompanhada pela irmã do dono e sou a esposa dele, somos bem recebidas pela loira peituda com crachá de recepcionista.

As letras H.z formam um brasão incrível no elevador. Onde subimos para cobertura.

A secretária sorri e nos cumprimenta educada.

-- Meu irmão está?_ Ella pergunta_

-- Sim, mas..._não deixando a mulher terminar de falar, minha cunhada me puxa pelo braço em direção a sala no final do corredor._

-- Calma Ella. _peço_

Ela sorri complacente.

-- Vou te deixar aqui com o meu irmão e fazer uma visitinha para um certo setor aqui do prédio.

Hum... então a danada queria mesmo era encontrar alguém e me usou como desculpa.

Chegando em fente a grande porta, ela me dá passagem.

-- Faça as honras .

Balanço a cabeça em negativa, rindo da sua idiotice, e toco a maçaneta da porta, abrindo em seguida.

O choque faz o meu coração parar uma batida, e o meu ar sumir.

Tudo parece estar pesado agora.

Eu esperaria por tudo, menos por isso...


Olá baby's. Espero que gostem do capítulo. Não batemos a meta, então só postei hoje. O mesmo se repete para esse, se chegarmos a 100 votos, e 100 comentários, amanhã volto com outro capítulo. Espero que gostem.
Um grande abraço!

Além Do ContratoOnde histórias criam vida. Descubra agora