Depois do fim dá Deusa Mestiça, vamos acompanhar a trajetória de Açucena.
A bela princesa que foi traída por aquele que deveria ser o primeiro a lhe proteger.
Tendo seu trono e sua Coroa usurpado.
Anos mais tarde, depois de recobrar sua memória, Aç...
A verdade é que nunca estamos preparados para perder quem agente ama. Fui ensinada sobre tudo, menos como lidar com a dor dá perda. Aos meus quinze anos perdi minha mãe, cavalgando uma bela tarde o cavalo se assustou com uma cobra no mesmo instante a derrubando no chão, nunca mais conseguimos ser os mesmos sem a presença dela, mas mesmo assim seguimos em frente até mesmo pelo nosso pai.
Agora aos meus vinte anos, perco o meu pai, meu herói e meu rei, para uma doença que quase consome o reino, chamada de febre negra.
Hoje faz sete dias dá sua morte, hoje meu irmão Layon vai ser coroado o rei de Cambalar, diante de toda corte temos que mascarar nossas tristezas, sorrir e acenar mesmo que nossas vontades seja apenas de nos isolar diante do mundo.
Vejo meu reflexo diante do espelho, coloco um pouco mais de pó de arroz era o único jeito pra disfarçar essas olheiras que me perseguia desde a morte de papai. Sorrio para a minha imagem "seja forte Açucena, seu irmão precisa de você"
Liana a minha dama de companhia ajeita pela décima vez o meu vestido, digo-lhe que já estou pronta ela acena para mim e vai até o corredor avisar aos guardas dá minha saída dos aposentos reais, sempre achei isso uma palhaçada mas infelizmente esse era os protocolos reais.
No corredor uma fila de damas e cavalheiros me aguardam, sorrio e aceno como uma boa princesa deve fazer, sou encaminhada ao grande salão real, onde será feito a coroação.
Assim que as grandes portas se abrem revelando a minha chegada sinto um vento gelado arrepiar todo o pelo do meu braço, respiro fundo e dou o primeiro passo.
Vejo meu irmão cabisbaixo num canto do altar, ele mal me olha e bate lentamente com o pé esquerdo. Layon está nervoso, oh céus nervoso até de mais.
Me coloco ao seu lado e dou-lhe a minha mão, esse gesto meu sempre o acalmou, e mais uma vez pareceu funcionar Layon me olha com aquele profundo olhar azul e timidamente sorrir para mim.
Sunsurro em seu ouvido tentando no máximo não chamar muito a atenção.
__Sei que estás nervoso meu irmão, mas nunca mais abaixe a cabeça diante dos seus súditos, não demonstre fraqueza.
Layon me olha por um momento antes de me responder.
__Oque seria de mim sem você, hein princesa Açucena.
Sorrimos discretamente, e ali naquela coroação eu pude entender de fato que eu tinha o meu irmão e ele a mim.
Éramos a força um do outro.
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