Alguns dias de lá pra cá, tenho andado afastada do meu irmão.
Não concordei pelo fato da Rainha Tiffany querer se achar a dona de todo o castelo, mesmo eu reconhecendo que Layon só estava sendo justo pela lei, mesmo assim lá no fundo me sentir magoada.A verdade é que eu comecei a me sentir um patinho feio dentro do meu próprio lar, todos só se dirigiam a rainha me ignorando em boa parte.
Nessa manhã de inverno acordei sentindo uma forte vontade de sair cavalgando, pedi que me preparassem a minha égua de estimação e evitei propositalmente dirigir a palavra no café dá manhã ao meu irmão e sua esposinha.Assim que cheguei no estábulo, Lua de Prata já estava relichando a minha espera, monto com cuidado pois minha capa meio que me atrapalhava um pouco.
__Gregório avisem aos guardas para abrirem o portão para mim.
Ele coça a cabeça, me lançando um olhar temeroso, sei oque o pertuba. Era regra dá etiqueta real que uma princesa jamais saísse desacompanhada, mas sempre gostei de ir contra as regras principalmente se eu me encontrasse chateada com algo.
__Tudo bem, chame algum guarda para me acompanha.
Logo em seguida Gregório vem com um rapaz, que noto ser algum guarda novo já que seu rosto era desconhecido para mim.
Atiço a minha égua e saio em disparada, quem quisesse que me acompanhasse.
Passo em disparada pelas ruelas, sinto prazer com o vento batendo contra o meu rosto, me dando uma ligeira sensação que eu poderia voar.Por um momento fecho meus olhos permitindo assim que Lua de Prata me conduzisse a sua vontade, e não me arrependo pois ao abrir os olhos vejo que eu corria a toda velocidade por um campo até então desconhecido por mim.
Paro o cavalo, o guarda do castelo vinha atrás de mim mas não dou-lhe confiança, eu estava ali somente para esfriar a cabeça, me distrair de toda aquela pressão no castelo.
Faço um sinal para que o guarda não se aproxime tanto, não que eu fosse uma esnobe que não pudesse ter uma boa conversa com aquele rapaz, é que naquele momento eu só queria ficar um pouco sozinha, botar meus pensamentos em ordem.
Desde a morte de papai tudo pareceu ruir em minha volta, como aqueles castelos de areia que eu costumava fazer quando criança.Desço de cima dá minha égua e me deito por sobre a relva sem me preocupar se ia sujar a minha roupa,
Ou se o guarda me acharia simplesmente louca. Me permito enfim esvaziar a mente de tudo que fosse confuso ou nebuloso, eu queria, necessitava de paz e sossego.Acho que cochilei, ou tem como agente cochilar sem perceber? Só sei que despertei confusa, ouvindo barulho de tropas de cavalos, e o desespero na voz do guarda.
__É os rebeldes do Norte! Corre princesa!!
Tropeço no meu próprio vestido ao tentar correr para montar na
minha égua, diante do ataque iminente vejo o guarda ser atingido em cheio por uma espada, grito apavorada ao perceber que, eu tarde demais já me encontrava acuada num círculo de homens.A última coisa que vejo é o cabo dá espada atingindo minha cabeça, e uma calorosa escuridão me abraçando.
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A Filha da Deusa.
FantasyDepois do fim dá Deusa Mestiça, vamos acompanhar a trajetória de Açucena. A bela princesa que foi traída por aquele que deveria ser o primeiro a lhe proteger. Tendo seu trono e sua Coroa usurpado. Anos mais tarde, depois de recobrar sua memória, Aç...