!ENTRANDO NO MEU MUNDO!

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FELIPE...

Está tudo pronto, as malas já foram levadas para o avião, os carros já estão preparados para nos levar até o aeroporto, e o piloto só está nos esperando para decolar. Só temos um único problema, Danyella sumiu. Fui acordá-la hoje de manhã e sua cama estava vazia. Eu fiquei completamente louco, e ainda estou. Revistamos cada centímetro desta casa, mas não encontramos nada.

   - Tem centenas de seguranças nesta casa. Será que alguém pode me dizer aonde ela está? - Grito a plenos pulmões. Estamos todos reunidos na sala principal da casa.

   - Já verificamos a casa inteira, senhor. - Ricardo diz de cabeça baixa.

   - Então verifiquem de novo. Não tem como ela ter saído desta casa, então ela ainda está aqui.

Um por um, os seguranças começam a revistar a casa. Eu não consigo ficar sem fazer nada, então me junto a eles.

Estou subindo para o terceiro andar com um grupo de seguranças quando ouço um grito, Carlos está me chamando. Com o coração pulsando na garganta corro até a porta principal da casa e encontro Carlos segurando Danyella pelo braço, ela está cansada, seu peito subindo e descendo rápido. Corro até ela.

   - Onde você estava? Aonde se meteu? - A sacudo pelos braços.

   - Encontrei ela tentando abrir a porta. - Carlos diz com sua voz rouca.

Volto meu olhar para Danyella, que ainda me encara com olhos cheios de medo.

   - Onde você estava?

   - Me escondendo...

   - Aonde?

   - Por todo lugar...

   - Se soubesse o quanto fiquei preocupado. Você quase me matou do coração. Nunca mais faça isso de novo, entendeu? - Quando ela não responde, repito aumentando o tom de voz. - Entendeu?

   - Sim...

Depois daquele incomodo, fomos para o aeroporto. Durante todo o caminho, não desviei minha atenção de Danyella. Mandei os seguranças apontarem as armas para ela o tempo todo, caso ela decida tentar pedir ajuda. Danyella encarava a cidade do lado de fora, e sei que estava tramando outra rota de fuga. Assim que chegamos no aeroporto, vamos direto para o meu lote. O avião já está posicionado e nos esperando.

   - Se tentar alguma coisa, por menor que seja... Mando atirarem em você. - Digo ainda dentro do carro. Lá fora, meu pessoal ajeita os últimos detalhes.

   - Não faria isso... - Danyella me encara.

   - Tem certeza?

   - Se me ama tanto quanto diz amar, não me machucaria.

Como Carlos ainda está ao meu lado, estico a mão e pego a pistola Calibre 48 em sua cintura e com um tiro rápido e certeiro, atinjo a perna esquerda de Danyella, logo acima do pé. Ela grita assim que a bala perfura sua pele, o dourado sendo tingido de vermelho.

   - Você está entrando no meu mundo, Danyella. Então não me afronte. Você não tem ideia do que eu sou capaz de fazer. - Jogo a arma no colo de Carlos e saio.




(NÃO É ROMANTIZAÇÃO DE ABUSO. ESTÁ OBRA É BASEADA NA SÍNDROME DE ESTOCOLMO, QUANDO VOCÊ SE APEGA A ALGUÉM QUE LHE FEZ MAL)

SE VOCÊ SE SENTE SENSÍVEL COM ESSE ASSUNTO, POR FAVOR NÃO LEIA!

SE VOCÊ VIVENCIA QUALQUER SITUAÇÃO PARECIDA, POR FAVOR, PROCURE AJUDA. VOCÊ, MULHER, NÃO MERECE ISSO.

AQUI É APENAS UMA HISTÓRIA.

Sequestrada Pelo Amor (Uma Vida em Cativeiro)Onde histórias criam vida. Descubra agora