DANYELLA...
O que ele pensou? Que eu iria perdoa-lo? Abraça-lo e dizer que está tudo bem? Por que ele me contou essa maldita história? Eu não quero saber o que ele é ou como aconteceu... Eu só sei que ele é um Monstro. E quero distância.
Eu queria ter morrido... Queria que ele tivesse me matado. Mas nem pra isso ele serve.
Estou pensando em me entregar... Deixar o prazer tomar conta. Se eu não fazer isso, ele vai me estuprar de novo... E de novo. Só de pensar na dor... Eu preciso fazer isso. Pelo menos uma última vez... Amanhã vou me matar. Acabar com tudo isso.
Demoro um tempo para notar que ele voltou, e os seguranças já nos deixaram sozinhos de novo. Ele me encara, um copo nas mãos. O cheiro da bebida é forte. O volume nas suas calças indica que ele já está pronto.
- Não precisa usar força... Eu quero... - Minha voz sai baixa.
Um sorriso se forma em seu rosto. Então ele dá um último gole e deixa o copo de lado, deitando sobre mim logo em seguida.
- Vai ficar por cima, dessa vez. - O bafo forte da bebida irrita os meus olhos, mas tento não demonstrar fraqueza. Não perto dele.
Ele deita na cama, me puxando para cima dele. Me sento sobre sua cintura, sentindo a ereção embaixo de mim. Isso não deveria estar acontecendo... O corpo e seus desejos. Porcaria.
Respirando fundo, começo a abrir sua calça, a jogando longe, junto com a cueca. Envolvo seu membro nas mãos, duro como uma pedra. Com cautela, o coloco na boca. O gosto é estranho. A sensação é horrorosa. Mas tenho que fazer, se eu deixá-lo feliz, talvez ele me deixe em paz... Por um tempo. Vou trabalhando com a boca devagar, sempre mantendo os olhos nele. O medo nunca me abandona. Felipe se contorce de prazer.
Enquanto ele mantém os olhos fechados, se concentrando no que a minha boca está fazendo, passo os olhos pelo quarto. Preciso de camisinha. Talvez estejam nas gavetas... Ou talvez nem existam. Ele nunca vai me deixar procurar. Merda.
De repente, Felipe me puxa para si, me beijando. Suas mãos se livrando do meu roupão. Em poucos segundos, estamos nus. Me sento devagar, apreciando a doce sensação de preenchimento. Começo a cavalgar devagar, o prazer me invade.
Por um minuto... Um mísero minuto... Tudo desaparece. Somos somente eu e o prazer, o prazer e eu. Nada me assombra. Não existe dor. Somente o prazer. Quando gozo, é maravilhoso. Desabo ofegante em cima dele. E toda a dor volta.
(NÃO É ROMANTIZAÇÃO DE ABUSO. ESTÁ OBRA É BASEADA NA SÍNDROME DE ESTOCOLMO, QUANDO VOCÊ SE APEGA A ALGUÉM QUE LHE FEZ MAL)
SE VOCÊ SE SENTE SENSÍVEL COM ESSE ASSUNTO, POR FAVOR, NÃO LEIA!
SE VOCÊ VIVENCIA QUALQUER SITUAÇÃO PARECIDA, POR FAVOR, PROCURE AJUDA. VOCÊ, MULHER, NÃO MERECE ISSO.
AQUI É APENAS UMA HISTÓRIA.
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Sequestrada Pelo Amor (Uma Vida em Cativeiro)
RomanceFelipe (Caio Castro) é dono da maior rede de Hotéis do Rio de Janeiro, mas sua vida não é completa sem Danyella (Taís Araújo), por quem ele mantém uma irresistível obsessão. Durante dois anos, Felipe formou um plano: Sequestrar Danyella e levá-la pa...