!COMEÇANDO DE NOVO (PARTE 2)!

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FELIPE...

   - Não sei se consigo... - Danyella se encara no espelho. O vestido azul que ela vestiu está perfeito em seu corpo... Ainda mais com a barriga.

   - Eu sei que consegue. - Me ajoelho a sua frente. - Não tenha medo. Eles vão gostar de ver você.

   - E se fizerem perguntas demais? E se desconfiarem de alguma coisa?

   - Ei... - Passo os dedos pelo seu rosto, agora preocupado. - ... Vai ficar tudo bem. Eu prometo.

   - Senhor... Eles chegaram. - Daniel aparece na porta.

   - Eles estão aqui mesmo? - Danyella pergunta com os olhos brilhando.

   - Sim... - Daniel sorri.

Me levanto e me ajeito em frente ao espelho. O terno foi escolha de Danyella. Ela adora quando eu uso terno.

   - Quer que eu te leve? - Sorrio.

   - Não... Pode deixar comigo... - Ela sorri.

Quando chego na sala, eles já estão nos esperando.

   - Senhor Santana. - Sorrio, me encaminhando para cumprimentar o pai de Danyella.

   - Por favor... Só José. - Ele sorri.

   - Claro... E você deve ser a Maria. - Me apresento para a mãe. Definitivamente, Danyella teve a quem puxar. Os cabelos de Maria são cacheados, talvez um pouco menos volumosos... José é um negro nato. Sua pele foi trabalhada com o tempo, adquirindo a cor dourada. - Um prazer finalmente conhecê-los.

   - Igualmente. É muito bom conhecer o homem que conquistou o coração da nossa filha. - José sorri.

   - Devo dizer que não foi um trabalho muito fácil. - Sorrio também. Até que está indo melhor do que eu pensará. Os pais são fantásticos. Eles se comportam extremamente bem para quem nunca viu tanta riqueza na vida. A casa e os móveis caros não os espantam.

   - E por falar em Danyella... Onde ela está? - Maria pergunta com um sorriso no rosto.

   - Ah... Ela já está vindo. Vamos, fiquem a vontade. - Indico o grande sofá, onde nos sentamos.

A conversa frui naturalmente... Eles me falam um pouco da vida difícil que tiveram, me contam como foi a infância de Danyella.

 Porém, quando Danyella entra na sala controlando a cadeira de rodas, o sorriso no rosto deles desaparece. Eles encaram a filha como se nunca a tivessem visto. Depois de um tempo, eles se levantam em silêncio e caminham até Danyella.

   - Oi mamãe... Oi papai... - Danyella está se segurando para não desmoronar.

   - Meu Deus... O que houve com você? - Maria começa a chorar.

   - Foi um acidente... Mas não precisa chorar, mãe. Já me acostumei com isso, é sério.

   - Você está bem mesmo? - José pergunta.

   - Melhor do que nunca.

   - Ai meu Deus... Você está grávida? - Maria se emociona ainda mais ao perceber a barriga de sete meses.

   - Sim... - Danyella toca na barriga. - É um menino.

A emoção toma conta de tudo. Os pais choram, Danyella chora... Até eu chorei. Mas tudo ficou ainda mais intenso quando contei que tínhamos outra filha. Levei Bianca até eles e foi aí que desmoronaram de vez.

   - Por que não nos disse nada? Poderia ter ligada... - José sorri, com Bianca em seus braços.

   - É que tudo aconteceu tão rápido... - Danyella sorri, lançando um rápido olhar para mim.

   - E como vai ser o nome dele? - Maria acaricia a barriga de Danyella.

   - Ainda não sabemos... Estamos entre Lukas e Fhilipy.

   - Fhilipy é lindo...

   - Mas Lukas é perfeito.

   - Não comece José.







(NÃO É ROMANTIZAÇÃO DE ABUSO. ESTÁ OBRA É BASEADA NA SÍNDROME DE ESTOCOLMO, QUANDO VOCÊ SE APEGA A ALGUÉM QUE LHE FEZ MAL)

SE VOCÊ SE SENTE SENSÍVEL COM ESSE ASSUNTO, POR FAVOR NÃO LEIA!

SE VOCÊ VIVENCIA QUALQUER SITUAÇÃO PARECIDA, POR FAVOR, PROCURE AJUDA. VOCÊ, MULHER, NÃO MERECE ISSO.

AQUI É APENAS UMA HISTÓRIA.

Sequestrada Pelo Amor (Uma Vida em Cativeiro)Onde histórias criam vida. Descubra agora