Haniel

6. Planos

Ouvia-se perfeitamente sobre o que a criança contava, não era uma coisa normal de se ouvir, Haniel como um bom pensador, sabia que por enquanto aquilo não tinha lógica e sentido. Como ele curou alguém? O que estava acontecendo? Haniel Davis completou 18 anos a uma semana e depois seu o mundo se transforma e acontecimentos estranhos aparecem na sua vida sem explicação.

O anjo voltou ao quarto de Sophia. Ela localizava-se do mesmo jeito, deitada, em observação. Mesmo curada de asma ela tinha que ficar no hospital só para ter certeza de que estava livre da doença.

- Eu liguei para os meus pais Haniel, eles estão vindo me ver - falou Sophia se sentando na cama do hospital.

- Mesmo que eles não viessem, eu estaria aqui ao seu lado... - Haniel se aproximou da cama e abraçou Sophia.

- Você é diferente - disse Sophia colocando a mão nos cabelos finos e claros de Haniel.

- Algo está acontecendo comigo Sophia, eu não sou normal - o anjo olhou para as próprias mãos - eu curei mais uma pessoa... Um homem, que tinha sido atacado por algum animal, eu curei os seus ferimentos.

Sophia novamente ficou surpresa e feliz ao mesmo tempo.

- Não fale para todo mundo sobre isso, quando eu sair do hospital ajudarei a descobrir o que está acontecendo com você - ela apertou as mãos dele e sorriu.

Em instantes os pais da garota entraram no quarto desesperados.

- Sophia minha filha, o que aconteceu com você?! - interrogou Lucy abraçando a filha. Lucy é uma mulher magra os cabelos são iguais os de Sophia.

- Está tudo bem mãe, Haniel esteve comigo e me ajudou muito - sorriu Sophia olhando para o amigo.

- Ficamos preocupados, sua mãe ficou nervosa, graças a Deus está tudo bem-disse Nicolas pai de Sophia, ele era médico, porém trabalhava em outro hospital. Nicolas era um homem sério e careca - obrigado por estar ao lado da nossa Sophia, Haniel - Nicolas deu um aperto de mão como forma de gratidão.

- Então eu já vou indo... acho que deixei minha mochila na Universidade, que droga - resmungou Haniel.

- Já está partindo jovem? Mande um abraço para os seus pais - falou Lucy calmamente.

- Claro que sim senhora Lucy, eu já vou indo pegarei um táxi e vou para casa, tchau - acenou Haniel se despedindo de todos.

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Enquanto isso na mansão dos demônios Tanira planeja uma nova malevolência em nome de Lúcifer.

O piso de mármore da casa era pisado pelos pés de Tanira, seus sapatos faziam barulho enquanto ela dava passos em sua mansão, indo em direção da sala para dialogar com Amon seu servo leal.

- Parece que o anjinho está agindo de acordo com sua natureza angelical - falava a demônia em pé, pensativa com o dedo no queixo. As unhas dela eram perfeitas, bem feitas, grandes pintadas de vermelho.

- Como sabe disso Milady? Afinal não podemos rastreá-lo como fazemos com todos os humanos - argumentou Amon de pernas cruzadas no sofá com um copo de Uísque.

- Não podemos saber o que ele está fazendo neste exato momento, mas tenho meus espiões, qualquer coisa que ele fizer e os espíritos ver, eu saberei - um sorriso de maldade na cara de Tanira revelava o quanto ela era diabólica - há muito tempo mandei você fazer uma aliança com os vampiros, mas pelo visto não teve mérito.

- Sim Milady, eles se recusaram a se unir a nós, disseram que estava em guerra com os lobisomens, como sou um ser muito gentil, taquei fogo nos vampiros que se negaram ao meu pedido, alguns escaparam, mas boa parte virou cinzas - riu Amon sentindo orgulho do que fez.

- Tenho novos planos Amon, abrirei o portal do inferno e trarei o querido Belzebu, sua chegada vai ser tão impactante que irá aterrorizar os Estados Unidos, a hora está chegando - disse Tanira sentando ao lado de Amon - para isso necessito fazer um ritual, não tenho poderes suficiente para abrir o portal do inferno sem um ritual.

- Sim, claro Milady estou ansioso para reencontrar meu irmão - o celular de Amon tocou, como estão na terra eles fazem o uso de aparelhos tecnológicos.

- Podem entrar - dizia Amon no celular - sim, claro, obrigado.