22. Acolhimento

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A bruxa Safira abriu os braços diante dos ventos e suas vestes parecia que iam ser retiradas cpm a ventania. Duas irmãs, bruxas da CBC apareceram por trás de Safira. As bruxas estavam de preto encapuzadas, cada uma segurando uma vela vermelha e mesmo na presença dos ventos o fogo da vela não se apagava. Juntas, as bruxas faziam uma reza e seu tom aumentava cada vez mais. As portas douradas se fechavam e abriam sozinhas.

 A linha azul, brilhante, enfraquecia,  a proteção das bruxas estava prestes a ser quebrada.

- Não adianta resistir, vamos invadir e todas que negar a nos aceitar, sangrará! - os olhos de Amon ascendem como uma lâmpada vermelha e sua boca salivava, era assustador junto com uma gargalhada alta e malévola.

A linha azul se apaga, Tanira sobe o primeiro degrau da escada.

- É um prazer conhece-las - riu a demônia de cabeça baixa, seus cabelos cobria o resto.

- Agora irmãs! - gritou Safira e as bruxas viraram a vela vermelha de cabeça para baixo e um forte impacto sacudiu o corpo humano de Tanira e Amon. Foram jogados a12 metros de distância e os corpos permaneceram no chão desacordados.

- Será que conseguimos irmã Safira? Eles foram expulsos? - disse uma bruxa morena retirando o capuz da cabeça com os olhos arregalados.

- Creio que sim, mas não por muito tempo, eles vão voltar e mais fortes do que podemos imaginar e um simples feitiço de expulsão não irá resolver o caso, igual desta vez - respondeu Safira descendo as escadas em direção dos copos desacordados.

O corpo que Tanira possuía acordou, mas não era a demônia, mas sim o verdadeiro espírito que pertença a ele.

- Ai minha cabeça, mas como eu vim parar  aqui? E essa roupa escandalosa demais, com esse salto - Rebecca olhava com péssimos olhares para o vestido e o sapato.

- Alan, Alan meu amor acorde - Rebecca tocava o corpo do seu esposo para acorda-lo.

- AH? Rebecca, mas como? - Alan se senta no chão por não conseguir se levantar. - Acho dei um mal jeito da perna, batemos com o carro? pois não lembro de nada de como viemos parar aqui.

- Acho que não batemos, nosso caro está intacto - apontou Rebecca para o carro.

- Eu posso ajudar o casal? - disse a velha Safira se aproximando.

- Eu não sei senhora, eu não lembro de nada, por acaso você sabe o que aconteceu aqui? - Rebecca colocava  a mão na cabeça  por sentir fortes dores.

- Vamos sair daqui, iremos tomar um chá e tudo vai ficar bem, me acompanhem por favor - a velha bruxa caminhou em direção da CBC.

- Para onde você vai nos levar, para lá? - apontou Alan para a CBC - o que você é, uma bruxa desse lugar? Não, muito obrigado não queremos ir.

- ALAN! - gritou Rebecca irritada ajustando o vestido.

- Tá bom, iremos, mas não temos interesse em se envolver com nada - Alan colocou as mãos no bolso procurando celular mas não encontrou, decidido foi em direção da Ferrari e achou o celular no banco de trás, porém estava descarregado.

- Não importa o celular, vamos come ela - Rebecca pegou na mão do amado e juntos subiram as escadas da CBC.

As bruxas se encontravam de pé na porta e conversavam entre si olhando com péssimos olhares para o casal.

- Tem certeza que é seguro traze-los até aqui? - falou uma das irmãs pegando no braço de Safira.

- Acredito que sim irmã Stefany, entretanto, temos que ficar observando tudo, pois eles podem voltar a qualquer momento e possuir esses corpos, e meu intuito é libertar de vez essas pessoas desses demônios - Safira aumentou o passo e acompanhou o casal e guio-lhes até a suposta cozinha.

- Desculpe-me, não me apresentei nem perguntei o seu nome - Rebecca parecia envergonhada.

- Não há problemas minha querida, me chamo Safira e por favor sente-se - a bruxa abriu as portas de um grande armário branco de cozinha e de lá retirou um pote de vidro com ervas. Rebecca sentou na cadeira próxima a uma grande mesa de vidro.

- E eu sou Alan Lee e essa é minha esposa Rebecca Lee, não nos lembramos de nada, só de acordar no chão e ver o carro estacionado - Alan olhava pro piso branco, pensativo.

- Meu caro, tudo vai ficar bem irão recuperar a memória - sorriu a velha tocando no rosto de Alan com muito carinho como se fosse sua avó - o que aconteceu com vocês é surreal, não irão acreditar se eu contasse - a bruxa pegou uma chaleira com água quente e ervas e filtrou o chá.

- Nos conte Dona Safira, precisamos saber a verdade - os olhos de Rebecca lacrimejavam.

- OK, porém serei bem direta - Safira contou com detalhes o que realmente aconteceu, sobre a possessão e os planos do mal. 

Alan se alterou e não acreditou em nada.

- Essa mulher está ficando louca, esse negócio de demônios e bruxas, nem existem, é tudo uma mentira bem contada, para enganar as pessoas! - Alan se levantou irritado procurando a saída.

O semblante da velha mudou, ficou extremamente séria .

- Não fale o que você não sabe Senhor Alan, a magia é pura e real e não cabe a você julgar o que desconhece - umas das xícaras vazia que estava sobre a mesa foi jogada contra o chão por uma força sobrenatural, emanada da magia de Safira. 

Rebecca arregalou os olhos assustada e deu passo para trás, não acreditava no que tinha visto, Alan não falou mais nada como se estivasse conformado, depois de ter visto a xícara se mover sozinha.

- Me desculpem, passei um pouco dos limites, creio que querem recuperar a memória, aconselho a beberem esse chá - a bruxa fez um gesto com mão sobre as xícaras, fez uma reza de acordo com suas crenças e a bebida mudou a cor de verde para um tom amarelado.

Rebecca desconfiada experimentou a o chá, com calma, tempo depois seu esposo também tomou a bebida.


HanielOnde histórias criam vida. Descubra agora