38. O sobrenatural das sereias

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ATENÇÃO LEITOR! No vídeo abaixo temos o canto da sereia.

- Eu sei que você está ai... eu já te procurei tanto - reclamou o pescador Johnson no controle de um barco em alto mar, porém sozinho, sem seu parceiro Bruce James.

Johnson era um homem de corpo definido, alto, bronzeado, usava um chapéu velho, marrom e normalmente sem camisa apenas com uma calça bem surrada.

- Eu acho que você não quer aparecer de novo - o semblante de Johnson mudou para triste ele fez o retorno do barco e seguiu em direção da praia deserta onde normalmente frequenta poucos pescadores.

Ao chegar na praia Johnson deixa o barco, ao colocar a planta dos seus pés nas areia, ele ouve um barulho no mar, algo se debatendo na água, ao olhar para trás ele ver uma grande cauda de peixe e na mesma hora ele reconhece, era ela a mesma desde do começo.

A sereia se ergueu na superfície, era raso onde ela estava, sua cauda tocava a areia da praia. Os olhos de Johnson se encheram de lágrimas ao ver aquela criatura cinza escamosa, estranha, na aparência de sereia esses seres não são bonitos como nas lenda americanas.

- Você veio, você veio mesmo! -  Johnson abriu um largo sorriso e naquele instante não sentiu mais medo.

A sereia tinha uma expressão séria e aos mesmo tempo curiosa, seus ombros curtos e cinzas expostos ao sol, brilhavam escamosos. Ela também não sentiu mais  medo de Johnson e se aproximou mais rastejando-se na areia da praia, o pescador com leves passou também foi se aproximando, mas algo diferente aconteceu, quanto mais ela ia na direção do homem, mais a pele dela ficava em tom rosado, a cor mudou e a textura  também, ficando cada vez mais semelhante à pele humana.

Quando mais as ondas batiam em seu corpo exposto ao sol, mais semelhante ao  uma humana ela ficava, suas enormes pupilas negras foram diminuindo e um novo olho surgiu, no tom azul. O seios que antes era menos volumosos ficaram maiores e seus mamilos rosados, após mais um passo que Johnson deu na praia, ele pode ver através das águas das ondas, pernas, mas não eram as pernas dele, mas sim da moça, da sereia que agora estava de pés humanos, deitada.

- Mas como, para onde foi a  sua cauda e sua aparência? - Johnson se sentiu maravilhado ao ver aquela deslumbrante mulher despida, muito bonita, de cabelos bastante longos que se flutuava sobre a água salgadas.

A sereia que agora tinha pernas deu um sorriso e abraçou as pernas de Johnson, pois neste momento ela estava idêntica uma humana. Johnson não sabia como reagir, uma mulher sem roupas lhe abraçando suas pernas em alto mar em uma praia deserta, mas que havia a chance de alguém aparecer, ver aquela cena e ter pensamentos impuros certeiros sobre Johnson. O pescador ficou imóvel.

- Você não fala? - interrogou Johnson, ainda preocupado. 

E da boca daquela linda mulher de lábios rosados e carnudos saiu a seguinte frase:

- Me ajuda - disse a sereia com uma voz fina e calma.

- Sim, claro, mas você não pode ficar desse jeito, sem roupas, venha para o barco, rápido - Johnson pegou a moça pela mão direita e levou para o barco, colocando o braço dela sobre os ombros dele, e lá em meios as redes de pesca ele achou uma grande camisa branca de mangas compridas, era o que tinha neste momento, ele mesmo vestiu camisa nela, mas ficou grande para aquela moça que não era tão alta, pois o comprimento da veste cobriu a as partes intimas femininas, ficando de modo semelhante à um vestido no corpo dela.

- Se você puder sentar aqui - Johnson puxou dois bancos de madeira um para ele e outro para a moça.

A sereia olhava curiosamente para o banco, pois era algo incomum para ela. Johnson como uma cavalheiro, ajudou ela  a sentar de pernas cruzadas, respeitando a privacidade dela.

-  Você é bom - disse a sereia com uma voz bem suave enquanto o vento movimentava seus cabelos negros molhados.

- Obrigado, e a senhorita é muito gentil - respondeu Johnson com um sorriso.

- Você não é como eles - a sereia apontou para dois pescadores que acabavam de passar navegando em um pequeno barco- Eles são maus - ela falou com um olhar frio, para a direção daqueles homens.

- Por qual motivo eles são maus? - interrogou Johnson preocupado.

- Porque eles têm demônios! - respondeu a sereia em tom de desaforo.

- Como você entende sobre demônios? - Johnson fez uma cara séria. 

O sol estava se pondo as aves do céu sobrevoavam atravessando o oceano indo em direção dos seus ninhos, toque de recolher da natureza.

- Nós somos escravas deles, somos condenadas a viver nas profundezas do mar e quando voltar à superfície, levar um humano para entregar aos demônios, desde modo saciando a sede dos  demônios - os lábios rosados da sereia tremia de angústia, as lágrimas rolaram com o desabafo.

- Então quer dizer que irá me matar? - Johnson arregalou os olhos assustados.

- Eu deveria, mas eu não consigo te matar, pois você é um homem e de uma fé inabalável, que surpreende os demônios e os anjo - disse ela.

- Eu tenho muita fé e graças ao meu Deus eu venci muitas tentações da vida, pois todos nós somos perseguidos por demônios, mas apenas com a fé no Deus do impossível é que conseguiremos vencer o mau - ele falou com muito orgulhos, os seus olhos brilhavam.

A sereia olhou para o sol e a cada minuto estava se pondo.

- Eu tenho que ir embora, caso contrário, se eles (os demônios) souberem que não te matei, serei eu a castigada - a sereia ficou nervosa e queria pular do barco para a água, pois o barco estava parado na entrada do mar, onde as ondas batiam no veículo.

- Mas você já vai? Por favor fica mais um pouco, ao menos me diga o seu nome - Johnson se levantou de onde estava sentado e foi em direção da moça.

A sereia voltou e abraçou Johnson mais uma vez, porém dessa vez foi diferente, pois ela beijou os lábios de Johnson o olhou para ele no fundo os olhos e disse:

- Eu sou Marina - os olhos azuis de Marina encantavam cada vez mais.

- Você me pediu ajuda, como eu posso te ajudar Marina, se você irá embora - o pescador ficou triste olhando para o rosto belo da sereia.

 - Acredite, você me ajudou, o seu carisma foi o meu conforto, até breve, eu não pertenço ao seu mundo normal, eu pertenço ao sobrenatural -  a sereia deu dois passos para trás os raios solares a alaranjados iluminava os cabelos negros e lisos.

Ela retirou a camisa branca de longas mangas e mais uma vez ficou despida na frente daquele homem, depois lhe deu as costas e pulou na água rasa, e deitou e foi rastejando do raso mergulhando nas ondas. O pescador se aproximou da borda do barco para olhar para a água, e ver pela última vez a mulher mais linda que ele conheceu, mas ao olhar para as regiões ao redor do barco ele não viu mais nada além do azul do mar, ele olhou mais em diante e pode ver uma cauda de escamas brilhosas, como que estivesse acenando para ele e mergulhando fundo.

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HanielOnde histórias criam vida. Descubra agora