19. O encanto

4 1 0
                                    

 - VOCÊ NUNCA MAIS CITE ALGO SOBRE MINHA VIDA, ME RESPEITE SENHOR HANIEL!! - gritou o professor Adam apontando o dedo para Haniel, com um olhar ameaçador, o rosto vermelho de raiva.

 - Então se dê o respeito primeiro! Desrespeitar e desmoralizar alguém por sua religião é uma falta de educação e moral - as expressões faciais de Haniel não foram das melhores.

Sophia que estava do lado de Haniel abraçou seu braço e falou em um tom baixo no ouvido do amigo.

 - Calma, relaxa, não discuta mais, ignore o professor - Sophia pedia carinhosamente.

 - A aula acabou! estão dispensados. E você - olhou o professor para Haniel - se quiser ser um bom filósofo, pensador, trate de rever os seus conceitos - o professor pegou sua bolsa e saiu sem se despedir.

- Ignorante! Ele acha que pode mais que tudo, mas tá enganado - Haniel ergue-se do seu assento revoltado.

 - Haniel - disse uma voz feminina atrás do garoto. Era a moça budista, uma garota gordinha de pele branca e cabelos escorridos alaranjados - achei muita coragem de sua parte por ter falado aquilo para o professor. 

 - Sério? - riu Haniel com um sorriso carismático - eu disse aquilo por você, alguém tinha que tomar uma atitude ele foi grosso e ignorante com sua religião, aprendi uma coisa, se você tem que rebaixar alguém para se sentir superior ela, então você é mais baixo do que pensa - disse o anjo.

 - Nossa, isso realmente é filosófico! - exclamou a moça.

 - Seu nome é Tina não é? - o anjo parecia um pouco envergonhado por não ter certeza sobre o nome da garota.

 - Siim, agora se me der licença eu tenho que ir - a budista se despediu e caminhou em direção a saída.

 - Haniel agora temos que ir, temos muito o que conversar - Sophia olhou com um olhar sério para o rapaz e juntos seguiram em destino a estação de metrô.

                                                                                           ***

Enquanto isso no mar de Los Angeles dois pescadores, Bruce James e seu amigo Johnson exerciam o seu trabalho em um grande barco. Os mesmos que viram a suposta sereia e que foram entrevistados pela impressa, anteriormente.

Bruce é um homem de pele clara barbudo de cabelos compridos, usava um boné marrom e Johnson era um moreno de pele clara com uma tatuagem no braço direto, uma ancora.

 - John, será que aquela sereia irá aparecer novamente? Pois dessa vez iremos filmar - disse Bruce no volante do barco observando o mar com um binóculo.

 - Não sei, mas vamos ficar atentos, se dermos sorte em captura-la, ficaríamos ricos! - respondeu Johnson retirando o cigarro da boca e jogando no mar.

- Pelo menos conseguimos uma boa quantidade de peixes, vamos ganhar uma nota com isso - falou Bruce da cabine do barco.

Entretanto algo misterioso movia-se na água mas não dava para ver o que era exatamente.

 - Bruce acho que temos um golfinho ou tubarão querendo aparecer aqui - Johnson ficou na borda do barco observando atentamente o movimento.

- Vou pegar o celular para filmar, pode ser outra coisa - Bruce desceu rapidamente com um smartphone na mão indo em direção de Johnson.

Ouvia-se uma batida do outro lado do barco "Toc, Toc", batidas estranhas como se alguém estivesse batendo nas laterais do barco.

 - Bruce, eu vou ver o que estar acontecendo do outro lado barco e vc filma qualquer coisa que acontecer - Johnson saiu correndo para ver o que causou as supostas batidas no barco.

Johnson, após olhar para a água se deparou com algo surreal, uma criatura com a cabeça fora da água, parecia uma mulher, entretanto estranha de pele cinza de rosto fino e cabelos escuros, seus olhos tinham grandes pupilas pretas ela abriu a boca a qual tinha dentes afiados e dela saiu um som, era um canto suave, ela cantava, mas era um música sem letra para acompanhar, ela produzia um linda melodia. Johnson ficou imóvel, não conseguia falar, a sereia lhe estendeu a mão, mas sua mão era um membro incomum, além de cinza suas unhas eram enormes e afiadas e entre seus dedos havia membranas.

ATENÇÃO LEITOR! No vídeo abaixo temos o canto da sereia.

 - Mas que porra é isso, John o que é essa música?! John, estou falando com você! - gritou Bruce enquanto estava no controle do barco.

Johnson estendeu a mão para o ser místico e seus dedos iam aos poucos se encontrando com os dedos cinzas da sereia.

 - JOHN! - gritou Bruce mais uma vez com os olhos arregalados, a sereia olhou para Bruce e parou o canto e mergulhou expondo sua cauda escamosa e brilhante. O celular ainda nas mãos de Bruce não captou o ser humanoide lendário, por questões de minutos - PUTA MERDA era ela o tempo todo e você não me chamou,  o que aconteceu?! Cara você estar bem?

Porém Johnson continuava sem respostas e nem se quer fazia uma expressão facial, encantado com a música da sereia, que seduz os homens e os levam para as profundezas e nunca mais voltam a superfície, Johnson escapou por pouco.











HanielOnde histórias criam vida. Descubra agora