14. Visão

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Haniel vestiu um moletom da cor cinza com preto e saiu para a rua no frio da meia noite. Seus pais estavam dormindo. Ele saiu sem dá sinais, fechou a porta da sua casa e não olhou para trás, na verdade ele não sabia pra onde iria, entretanto a sua intuição lhe guiava ao caminho certo, o seu extinto angelical lhe guiava para onde deveria ir. 

"Eu sinto que uma garota acabou de morrer, alguma demônio matou ela, deve ser a primeira de muitas, será que Deus falhou com ela ou o diabo foi mais rápido?..." - pensava Haniel, ele sentiu o impacto, era como se tivesse perdendo uma batalha, mas não só estav ele nessa luta, mas centenas de coisas, entidades, monstros, vampiros, lobisomens, sereias e etc, envolvidos nessa guerra, entre a luz e as trevas.

O anjo cobre a cabeça com o capuz cinza do seu moletom e começa a correr na calçada, porém alguém lhe persegue. Haniel sentiu e para de correr, é um humano que lhe segue.

 - Cara, espera eu acredito em você... - disse a voz de um garoto.

 - Ted? é você? - Haniel reconhece a voz, é do seu melhor amigo desde de infância, Ted Collins.

 - Da ultima vez a gente teve uma pequena discussão mas... Cara depois daquele dia eu comecei a ver coisas estranhas acontecer - Ted não era de acreditar nas coisas sobrenaturais e às vezes ele duvidava até da própria existência de Deus - Ou eu estou ficando louco ou isso tudo é real - disse Ted.

Haniel vira de frente para seu amigo curioso.

 - O que você viu? - disse o anjo seriamente.

 - Eu estava no meu quarto, acordado e do nada eu me vi em uma casa e identifiquei um homem grande de cabelos cacheados, olhos vermelhos. Ele subia uma escada indo em direção de um quarto, tempo depois eu acordei desesperado, assustado, mas para mim talvez fosse apenas um sonho me levantei da cama e fui fechar a janela do meu quarto que estava aberta e me deparei com o mesmo homem do sonho andando na rua, ele olhou pra mim e eu puder ver seus olhos vermelhos, levei o maior susto e fechei com força a janela, parecia que estavam procurando alguma coisa, rua, casa, não sei...

 - Quando isso aconteceu? - perguntou Haniel colocando a mão no ombro do amigo olhando seriamnete para ele.

 - Foi a dez minutos cara, aconteceu isso e vim correndo pra tua casa te contar. Sem falar que eu já tinha visto mais coisas - Ted tremia, ele estava nervoso e ainda assustado. 

 - Ted, você teve uma visão, uma revelação  - Haniel franzia a testa e começou a pensar, a juntar as peças desse quebra cabeça... "Um homem" +"Olhos vermelhos" + "Possível demônio" = Em busca de uma vítima. 

 - Isso é um tipo um aviso? - perguntou o garoto ruivo.

 - É, quase isso. Agora eu tenho que impedir esse demônio, ele já deve ter matado alguém EU SENTI! e vai fazer mais uma vítima - Haniel aumentou o passo e começou a andar mais rápido.

 - Eu vou com você, não vou te deixar nessa, é pra isso que serve os amigos não é? - sorriu Ted em momento tenso.

 - Claro! amigos é para esse tipo de problema, principalmente quando se tem amizade com um ser angelical - disse Haniel dando uma piscadela para Ted.

 - Espera um minuto, você disse que viu o demônio pela janela do seu quarto, certo? - perguntou Haniel.

 - Sim, você acha que devemos ir para minha rua? - Ted fica confuso, mas fazia sentido.

 - SOPHIAA! - grita Haniel lembrando da amiga - Ela mora na mesma rua que você, Ted, eu sinto que ela corre perigo.

 - Meu pai tem uma arma, acha que tenho passa na minha casa e pegar a arma? - interroga Ted sem fazer ideia de como impedir um demônio.

 - O que? Seu pai tem uma arma? você nunca me disse que tinha, mas em fim, é inútil, armas de fogo não mata demônios - afirmou Haniel com toda certeza e razão, pois ele havia recebido sabedoria atrávez da graça que recebu do arcanjo Gabriel.

                                                                                           ***

Sophia Lopez havia tido alta do hospital há pouco tempo, curada de asma por um milagre concebido por um anjo do Senhor, Haniel. Para ela anjos existiam, porém, não fazia ideia dos seres místicos que habitavam à terra, ela é uma garota muito inteligente, mas ainda tem muito o que aprender.

 - Sophia larga esse smartphone e vai dormir minha filha, amanhã você tem que estudar! - exclamou Lucy, mãe de Sophia, encontrando a filha na poltrona da sala, entretida.

 - Mãe, por favor né, atrapalhou minha leitura online aff... eu tava viajando mentalmente, na história - falou Sophia, depois tomou um gole de chá da xícara azul.

 - Era melhor ter comprado um livro físico, manual, não ficar lendo nesse celular, isso prejudica a saúde dos olhos - Lucy cruzou os braços, séria.

 - E ela não está errada não, já é mais de meia noite e você ainda não dormiu, sabendo que tem que acordar cedo - Nicolas, pai de Sophia, interrompe a conversa.

 - Ai credo, odeio quando os pais entra em concordância - Sophia revira os olhos se levanta da poltrona e vai em direção do quarto resmungando.

O tempo passa e todos da casa de Sophia vão dormir e estão dormindo em um profundo sono, entretanto, Sophia acorda com frio, um frio intenso de arrepiar e bater os tentes.






HanielOnde histórias criam vida. Descubra agora