Capítulo 4

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O homem não teria alcançado o possível se, repetidas vezes, não tivesse tentado o impossível.

Max Weber

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O sinal tocou, parecia que o tempo não passava, o nervosismo fazia isso comigo, deixava tudo mais lento que uma lesma. Quase a maior parte da sala já havia saído, guardei meu material o mais rápido que eu pude, mas a lerdeza que eu possuía nunca ajudava. Levanto com a mochila nos ombros, olho em volta Peter já havia saído e André também.

-Você vai ficar parada aí? - me viro pra saber o dono da voz, era Gabriel, meu coração dá um pulo. Dá pra parar seu traidor.

-Por que não saiu? - pergunto.

-Percebi que ficou meio enrolada nas suas coisas e também que ficou diferente depois que um garoto olhou feio para nós. - ele diz sem nenhuma preocupação.

-Quem era ele? Seu namorado? - pergunta-me olhando estranho, parecia até que estava com ciúme.

-Credo, não, ele é meu melhor amigo - me lembrando que tenho que falar com Peter, merda Gabriel só está fazendo eu perder tempo - ,olha viu você está fazendo eu perder tempo, tenho que ir.

Saio da sala quase correndo, sem ao menos dar um Tchau para Gabriel. Vou até a cantina, como sempre com cheiro de comida estranha, quase um aroma de peixe, eu nunca comia nesse lugar. Olhando ao redor procurando Peter e André, avisto eles na mesa de sempre, nossa mesa é uma das últimas no refeitório, ando meio rápido, quase correndo e chamando atenção de todos.

- Agora me explica, por que me olhar feio? - digo me sentando ao lado de André, era melhor, porque sempre que Peter ficava "irritadinho" comigo não era bom ficar perto dele.

Ele me olha fazendo uma careta, e André ri.

- Quem era aquele cara? - Peter pergunta.

- Nossa, até parece que você não sabe quem é. - reviro os olhos, ficando de cabeça baixa na mesa.

- Tá nós sabemos que você levou ele pra conhecer a escola, mas por que, porque sentar no meu lugar e perto de você? - Peter começa a fazer seu discurso.

- Cara, para. Não ver que ela tá cansada. - fala André, ele leva sua mão até minha cabeça e começa a fazer um cafuné, ele sempre era carinhoso comigo.

- Ah, obrigada André - falo meio abafado por está de cabeça baixa.

- Tá, mas esse cara não vai sentar mais perto de você - diz Peter, bufo, como ele pode agir como criança ainda.

- Vamos falar da festa, eu já peguei os arquivos da escola, de todos os números de telefone do pessoal da escola, já mandei o convite para todos - fala André com uma animação irreconhecível.

Rindo levantou a cabeça e olhou para o seu rosto.

- O que aconteceu? Vai pegar alguém por isso está tão ansioso para festa. - digo tentando brincar com seu humor alegre.

- Olha, vocês não gostam mesmo de me ver animado? - pergunta André.

- Não é que não gostamos, é que estranhamos, você quase nunca fica assim - fala Peter pegando uma maçã e dando uma mordida.

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