Capítulo 18

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"As coisas não costumam dar certo para mim."

Série The Originals

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- Cissa! Acorda! - André fala e balançando descontroladamente no banco traseiro do carro. Ele é doente de acordar alguém nesse susto.

- Porra! Já acordei, para, para! - Digo irritada com os olhos ainda fechados. Abro os olhos com puro ódio. André me olha com a sobrancelha erguida em deboche e sai de dentro do carro.

- A bela adormecida está irritada é? - Peter diz encostado na janela do carro. 

- Não, imagina, eu adoro ser acordada com gritos. - Abro a porta do carro empurrando Peter.

- Pronto, entre em casa. - André fala entrando de volta ao carro - Vamos Peter. 

Abaixo a cabeça para ter sua visão pela janela. 

- Nossa nem um abraço? - pergunto à André.

- Você babou no carro, eu tinha acabado de limpar o couro do assento, então a resposta é não. - André manda um sorrisinho sínico.

Bufo. Me levanto e me dou de cara em frente da minha casa. Será que minha mãe chegou?

- Minha querida Cissa, você está na frente da porta, aonde eu entro. - Peter diz perto de mim. Havia esquecido dele ali.

- Você vai ser seco como o André agora pouco? - digo cruzando os braços.

Peter revira os olhos. Ele vem até mim, coloca sua mão suavemente na minha nuca, assim colocando meu rosto no seu peito e me abraçando com a outra mão na minha cintura. Fecho os olhos.

É tão quentinho quando ele me abraça.

- Tenho que ir. Buscamos você amanhã? - Peter pergunta se afastando.

- Ah.. não.. não precisa. Vou com a minha bicicleta. - Solto um sorriso fraco. Só tenho que achar minha bicicleta.

- Legal, quero só ver isso. - Me afasto da porta do carro para que Peter possa entrar.

- Vamos logo! - André diz mal humorado.

- Calma! - Eu e Peter dizemos em um coro.

Peter abre a porta e entra. Me agacho e coloco meu rosto para perto da janela.

- Por que esse mal humor André? 

- Vocês acreditam que a Raquel está me mandando mensagem toda hora, ela não para, esse projeto vai ser duro. - Peter ri da sua cara.

- Bem, boa sorte, seja gentil com ela pelo menos. - Digo. Eu às vezes acreditava que Raquel gostava do André, mas depois ela chegava perto de mim, me xingava, acabava odiando ela um pouco. Não sei de onde vinha esse ódio dela por mim.

- Vou marcar com Gabriel para nós três conversamos sobre o projeto, você vai se comportar. - digo virando para Peter tirando seu sorriso do rosto.

- Ok. - diz seco.

Pego no seu queixo e viro para minha direção seu rosto.

- Eu amo você. - olho para André, ele me olhava com as sobrancelhas num sinal de v - Eu também amo você. 

- Também amamos você! - digam num coro. Sorrio.

- Conversa com sua mãe, tá. - Peter fala mudando sua expressão, ficando mais doce, como um gatilho para me aliviar e dá coragem.

Balanço a cabeça num sinal positivo.

- O que aconteceu? - André se mete no meio.

Olho para o Peter sem ideia do que falar. Havia esquecido completamente de André para falar sobre as coisas.

- Te explico quando chegarmos em casa, agora ela precisa ir para casa. - Peter diz para André.

- Ok, vamos. Se cuida, hein. - André dá partida no carro e eles saem.

Fico vendo eles irem embora, até perder o carro de vista. Sinto um arrepio na espinha, um leve vento frio. Estou ficando louca. Olho ao redor para ver se alguém me observava. Não encontro nada na minha vista.

Olho para frente da minha casa. A luz estava acesa, minha mãe deve já ter chegado. Respiro fundo e entro.

- Mãe, cheguei! - digo alto o bastante para ela ouvir.

Não ouço nenhuma resposta.

- Mãe? 

Entro na cozinha à sua procura. Assim que coloco meu pé dentro vejo o que não esperava.

- Pai? - digo num sussurro fraco. Ele estava alí, na minha frente, com minha mãe, no mesmo cômodo. Me olhava sem emoção, como se eu fosse um lixo. Mesmo eu não querendo, eu me sentia ferida por isso.

- Filha, eu posso explicar. Só estamos conversando, ele já vai embora. - minha mãe diz calma.

- Eu quero ele longe de mim e de você. - digo com os dentes trincados. Uma lágrima queria, ela queria descer, eu segurava ela o quanto eu podia, mas sentia como se estivesse segurando a respiração debaixo d'água. Querendo puxar o ar, aliviar. Não podia fazer isso.

- Eu já vou. Parece que tudo já está resolvido. - Meu "pai" diz sem tirar com olhos de mim.

- Jorge, não apareça mais aqui ou irei falar para Marcos. - minha mãe fala querendo ameaçá-lo.

Jorge me olha pela última vez e sai pela porta da cozinha, sumindo de vista.

Olho para minha mãe completamente soltando o ar e deixando a lágrima cair. Não podia deixar ele ver.

- Filha... - minha mãe diminui a distância entre a gente.

- Não! Me deixa esfriar a cabeça. - Saio da cozinha e vou para meu quarto. Preciso urgentemente de ficar sozinha.


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Desculpa o atraso.
Capítulo ficou curto pelo motivo de só ter tido tempo para escrever isso, sorry.
Sábado prometo não deixar de postar.
Um beijo, Dudinha ✌️

Agente 21Onde histórias criam vida. Descubra agora