Capítulo 43

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Uns fumam, outros bebem, outros se drogam, outros se apaixonam, uns se cortam. Cada um se mata à sua maneira

Garota8de8atitude - Tumblr

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- O que cachorros precisam mesmo? - Thomas pergunta do outro lado da loja.

Havíamos parado no Pet shopping mais próxima possível. Eu ainda segurava o pequeno corpinho do filhote entre meus seios. Parecia tão frágil.

- Vai sufocar o cachorro de tanto que enfia ele no meio dos seus peitos. - Thomas sorria amplamente, olhava para meus peitos, e eu sei que não é para o filhote.

- Não enche. - digo, porém querendo rir.

- Ok. Mas se eu fosse esse cachorrinho, estaria adorando. É bem provável mesmo que ele esteja gostando. - Diz maliciosamente.

- É, sinto muito por você, mas só quem tem esse privilégio é ele. - Advirto. Lanço um sorrisinho provocativo para Thomas, que ao mesmo tempo retribuiu.

Olho as prateleiras com bolinhas e coleiras.

- Vamos levar uma coleira para ele. 

- Tudo bem, mas qual nome daremos? - Thomas se aproxima, seu corpo perto do meu agora dá arrepios, hoje está sendo uma noite agitada.

- Não sei.. - Olho para o filhote  -  que tal.. duque! 

Thomas sorri, gosto quando ele sorri. Fica meigo.

- Duque. - Thomas experimenta o som do nome na boca - Por quê? 

- Não sou muito boa em dar nomes, entretanto, quando um vem na minha cabeça, eu uso. Esse foi o primeiro. E esse cachorrinho é um guerreiro. - Acaricio cabeça do pequeno Duque.

  Thomas coloca as mãos nos bolsos da calça. Chuva que pegamos, seus cabelos negros estavam molhados e bagunçados, seus lábios vermelhos, o rosto corado. Estava descontraído, não era o Thomas chefe de uma organização secreta, agora é apenas o Thomas.

- Ele teve sorte de você achar ele. - Ele sorri sem tirar os olhos de mim.

Concordo.

- Melhor irmos pegar as coisas, está ficando muito tarde. - digo. 

- Você está certa. Vou pegá-los com a atendente. - Thomas sai até a atendente, que até uns minutos antes cantava ele descaradamente na minha frente.

  Me sento à espera num banquinho no centro da loja. Que noite conturbada. Organizando tudo, Gabriel havia matado seu pai, isso eu realmente não esperava. Como alguém podia ser tão frio e cruel nesse ponto? 

  - Voltei. - Thomas surge na minha frente com duas sacolas.

- A atendente ficou te cantando de novo? - pergunto, eu poderia até dizer que tinha um tom de ciúme, mas não era.

- Ciúme, minha linda? - pergunta Thomas com o sorriso mais descarado no rosto.

- Vamos. - digo, querendo não responder.

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- POR QUE VOCÊS DEMORARAM TANTO!!?? - Chloe praticamente pula na frente de Thomas ao gritos.

- Menos, Chloe. - Thomas volta a ser ele mesmo, perdendo o ar descontraído, ficando o sério.

  - E você, Cissa!? - Chloe mantém o olhar mortal em minha direção. 

  Olho para Lucas no fundo do quarto, ele apenas sorri torto e dá ombros.

- Chloe calma.. - Sou interrompida.

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