Capítulo 47

1K 82 21
                                    

"Todo mundo vê o que você parece ser, poucos experimentam o que realmente é. Maquiavel."

Autor desconhecido

_______________♥______________

- É aqui - digo olhando a casa com apenas uma luz acesa. 

- Melhor ir antes que fique mais tarde - Thomas diz tão perto que sinto suas lufadas de respiração em meu pescoço, fazendo cócegas de leve.

Viro o rosto e o olho.

- Vai ocorrer tudo certo, só estou nervosa em contar tudo para eles. - Consigo ver pouco do rosto de Thomas pelo escuro do carro, estamos escondidos um pouco mais afastados, embaixo de uma árvore.

- Eles vão entender. - E sorri de leve e olho para minha boca.

Me inclinando um pouco em sua direção, deixo meu rosto se acomodar em seu peito.

Olho para Duque no meu colo. Melhor deixá-lo com Thomas. 

Thomas olha também para o cachorrinho e me entende, sinto ele concordar, como se lesse meus pensamentos.

- Vou ficar com ele. - diz. Me estico para colocar Duque no banco de trás, que dormia num sono pesado. 

- Obrigada. Por que não viemos de avião? - pergunto tentando prolongar o momento, mesmo sabendo o porquê do não uso do avião.

Sua mão vai para minha nuca, que nela faz leves carinhos nos meus cabelos. Carinhos assim me fazem sentir relaxada e em paz.

- Não queremos deixar registros de que você se movimentou, acham que você está aqui desde que.. - Thomas solta um som rouco.

- Eu sei, desde da minha mãe. 

- É. - Responde sem graça. Nunca o vi ficar assim.

Fecho os olhos e respiro, puxando o perfume de Thomas. 

Sua mão fica mais funda em meus cabelos, de um jeito possessivo.

- Vamos lá, preciso de dizer umas coisinhas. - Diz me libertando do abraço carinhoso, seu rosto expressando o Thomas passivo e calmo.

- Diga. - Olho sua boca e mordo o lábio.

Ele segue o movimento paralisado.

- Você está ferrada se eu perder o controle. - diz num tom sério, mas também brincalhão.

Sorrio.

- Fala e depois perde o controle. - Sorrio inocentemente.

Vejo-o puxar o ar de forma controlada.

- Primeiro, todos os equipamentos que precisa estão na sua mala, escondidos debaixo da capa. 

- Certo. - afirmo com a cabeça 

- Te ligarei às noites. Segundo, Gabriel deve está aqui, então tome cuidado. - Ele levanta a mão e faz carinho na maçã do meu rosto, que nesse momento esquenta pelo toque.

- Você vai ver, ele vai confessar tudo se ir atrás de mim e vamos colocá-lo na prisão.

- Que isso aconteça. O que assusta é que ele está obcecado por você. Cissa, se o Gabriel não foi atrás de você até agora é porque ele teve que resolver coisas, principalmente para matar o pai. Ele é doente, um sádico, o pai fazia a cabeça dele, agora a Sophia vai fazer. 

- O que sabem dela? - pergunto. Eu lembro dela, mas em poucos encontros eu odiei seu jeito.

- Que Sophia vem de uma família russa rica, conhece Gabriel desde de pequenos, ele maltrata ela, porém, parece que todos naquele círculo torturam uns aos outros.

Agente 21Onde histórias criam vida. Descubra agora