Capítulo 37

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Não chamo meu amor de idolatria
E nem de ídolo você a quem eu amo.
Sei que não posso exigir seu amor
Assim como proclamo meu amor galante.
Dou-lhe apenas algumas razões para que goste de mim
Inalteradamente eis o que exprimo.
Deixo a cargo do acaso a confiança na vida
Pois todo meu cantar a você se alia.

William Shakespeare

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Aproveito o momento sozinha que tenho para ligar em vídeo chamada para Peter e André.

Não sei como conseguiria mentir por tanto tempo. Sempre foi difícil, como se eles soubessem o que faço a cada momento, se estou mentindo ou falando a verdade.

  Em frente a tela do computador, esperando conectar, mordo o lábio de ansiedade. Faz só um dia e já sinto saudades.

- Oi! - Peter grita assim que me vê.

- Oi! - digo parando de morde os lábios que agora estava sangrando.

  - Como você está? Chegou bem? - Peter fazia perguntas uma atrás da outra.

- Tô bem e... Onde está André? - Pensei que estariam juntos, os dois.

- Ele .. é.. - Peter olha os olhos arregalados para atrás da visão que eu tenho.

- Oi, desculpa, cheguei atrasado. - André aparece no meu campo de visão, com um dos melhores sorrisos que já vi e cabelo molhado, realmente ele tem cara de surfista.

Antes que eu diga qualquer coisa, os dois começam uma discussão que envolvia lavar louça e cangurus.

- Estou com saudades! - digo num tom um pouco alto.

Os donos das duas vozes  irritadas, que falavam altíssimos antes, param e me olham cabisbaixos.

- Também estamos. - digam num coro.

- Visitaremos você, ou você vai querer vir aqui? - André coloca a cabeça na frente, implicando com Peter que revira os olhos.

- Ah.. melhor eu ir aí, muito melhor.. é.. os quartos aqui na universidade são pequenos. - inventando mentiras aqui ponto eu cheguei.

Sorrio torto.

- Claro, como quiser. Venha no próximo mês, sabe que sempre temos o dia do cinema. - Peter já estava pegando almofada para sufocar André até a morte quando diz aquilo.

Rio.

- Sim, eu prometo de dedinho. - digo. No exato momento já via Peter sufocando André, e logo os dois numa briga que nem crianças.

- Podem parar de ser tão crianças!? - pergunto cansada. Olho as malas, arrumaria elas depois, tomarei um banho e usarei uma das blusas de Peter que havia roubado. Elas  ficavam até que grandes, ficava um vestido, só precisaria usar um short por baixo, mesmo que ninguém visse.

- Você não disse como está. Queremos saber o que está sentindo Cissa. - André fiz.

Os dois recém homens na tela do computador, agora estavam com caras séries, que qualquer pessoa visse agora nem pensaria que brigam que bem crianças de 5 anos.

- Estou superando. - apenas digo isso, eu não preciso dizer o que estou sentindo realmente, seria uma grande perda de tempo.

- Não fique fria. - Peter diz e me olha nos olhos, podemos está longe, mas a intensidade de seus olhos em mim, o olhar sério, sempre me deixava desconfortável.

Afirmo com a cabeça. Um bolo de coisas estão agarradas na minha garganta, se eu falar, eu solto.

- Tenho que sair, falo com você depois - Peter sorri amenizando o clima - afazeres de recém trabalhador.

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