Capítulo 50

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A ausência só mata o amor quando ele já está doente na data da partida.
Condessa Diane

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Não conseguia respirar, comecei a chorar e minha garganta a se fechar. O medo e a raiva começam a arder que nem meus machucados internos. Mordo o lábio até sentir o gosto metálico do sangue.

Quando vejo estou sentada no chão da estrada, com a cabeça encosta no carro.

- Cissa.. - Thomas aparece do meu lado.

- Me diz que Lucas está seguindo eles! - digo.

- Ele está.

Sinto um leve alívio, mas a preocupação volta, Peter não estava em casa ainda.

- Chloe está vindo com um carro. - Thomas andava impaciente de um lado para o outro - Sinto muito...

Levanto a cabeça para olhá-lo, ele estava com o cabelo bagunçado e os olhos cansados. Ele deve ficado a noite acordado vigiando.

Antes que eu fale algo ele continua.

- Eu devia ter prestado mais atenção, fiquei olhando a casa sem parar, mas quando virei as costas lá estava ele, entrando na casa.

- Não se culpe, não vai ajudar. Preciso de você concentrado, eu e você concentrados. - Minha voz não sai fria, mas nem calorosa, soa apenas decidida.

Limpo as lágrimas do meu rosto. Sinto o olhar severo de Thomas em mim.

- Me dá raiva... Saber que.. ele já tocou em você, que... Pode feri-la, por isso, prometo que vou acabar com ele. - Apenas escuto o que Thomas diz e mergulho em seus olhos negros, que brilhavam no fundo, brilhavam com a forma vingativa que nunca havia visto, pós ele sempre foi tão passivo e calmo em relação a não deixar o ódio controlá-lo.

Antes que eu diga algo, uma buzina soou atrás de nós.

- Chloe. - digo me levanto e correndo em direção ao carro.

Abro a porta e me sento no banco de trás, Thomas entra e ocupa o da frente ao lado de Chloe.

- Onde eles estão!? - pergunto quase pulando em cima dela.

- Calma, primeiro respira. - Ela olha Thomas e depois passa para mim - Estão num galpão longe daqui, perto de uma floresta fechada, no sul da cidade.

Olho a janela e vejo que já estamos em movimento com o carro.

- Lucas já verificou o perímetro de lá? - Thomas pergunta sacando sua arma e vendo se ainda havia balas. Ele ficava tão sombrio quando mexia com ela, ainda mais que agora estava com medo por mim.

- Sim. Ele sabe que seu amigo Peter - Chloe me olha pelo espelho em procura de afirmação em relação ao nome de Peter e eu afirmo com a cabeça - Colocaram-o ao norte do galpão, mas não vimos mais Gabriel, quando chegaram tinham 5 caras em guarda.

- Damos conta? - pergunto, eu nunca havia feito coisas como fazia hoje, mas nunca mesmo enfrentar 5 caras com armas.

Vejo Chloe ri de escárnio.

- Lucas e Thomas dão conta.

Thomas solta um sorrisinho convencido, mas logo sua expressão muda voltando a ser a séria.

- O plano vai ser: Você e Chloe vão subir o telhado, enquanto eu e Lucas sumimos com os guardas sem fazermos barulho. - Thomas abre o porta-luva do carro e pega uma fita.

- Fita?

- Para calar a boca deles - Chloe diz e volta a prestar atenção na sua frente - Cissa, melhor você ligar para o pai do seus amigos, que me lembro, um deles é policial?

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