Capítulo 24

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Uma vez, em um ano mais novo
Quando as nossas sombras desapareceram
E os animais interiores saíram para brincar
Ficamos cara a cara com todos os nossos medos
Aprendemos as lições através das lágrimas
Construímos memórias que sabíamos que nunca desapareceriam
The Nights - Avicii

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Vou andando pelos corredores as presas, tudo vazio, pego o curso do caminho onde pela última vez vi Lucas, ele poderia estar perto.

Entro no corredor com a iluminação fraca, mas com vários armários comparados aos outros, eles eram com menos.  Chego e vejo Lucas sentado no chão, com a cabeça encostada na parede, estava de olhos fechados. Ele ficou aqui esse tempo todo? No mesmo local onde bati nos seus países baixos.

Me aproximo devagar, mas fico numa distância razoável, que se ele me ameaçar eu posso correr antes.

- Lucas. - digo seu nome e logo ele abre os olhos e me analisa sem entender.

- Veio terminar o serviço de me agredir? - pergunta sarcasticamente.

- Não. Quero fazer umas perguntinhas.

  Assim que digo isso, suas sobrancelhas levantam surpreso. Ele se mexe mostrando-se levanta, mas o interrompo.

- Continue aí sentado, sem sabe o que acontece. - digo dura, ele não iria me machucar de novo.

- Olha, desculpa por ter feito aquilo, não queria parecer um psicopata obsessivo, só acho que é melhor ficar longe do Gabriel. - diz de forma tranquila, com rispidez.

- Teria que me dar bons motivos para eu levar isso a sério, você foi o cara que me deixou em coma, que está me perseguindo. - termino de falar e percebo Lucas sorrindo.

- Oh, achei que iria demorar para perceber, e sobre a confiança, você terá ela. - diz.

- Então está mesmo me perseguindo, por qual motivo?

- Aí você quer saber demais, mas é para sua proteção. - Diz. Mas proteção a que se ele meio que fazia parte da máfia?

- Primeiro, proteção sobre o que? Segundo, eu sei que seu pai faz parte da máfia, sei que meu pai deve ao "chefão" de vocês. - faço sinal entre aspas.

  Lucas fica em silêncio e não diz nada. Fico encarando esperando uma resposta, até que ele percebe minha impaciência.

  - Só quero que saiba que eu não sou o idiota de antes, me arrependo de tudo, eu gosto de você. - Lucas sorri de lado - Quem sabe um dia você entenda, e sobre o seu pai dever o "chefão" - revira os olhos ao dizer a palavra -, chamam ele de magistrado, não estou na máfia, mas meu pai sim.

- Então por que vigiar meu pai?

- Ele pode tentar fazer alguma coisa sobre sua mãe e você, não acha? - Lucas diz, era verdade, ele poderia tentar, sempre disse que eu fui a sua ruína.

  Concordo com a cabeça.

- Estou tentando descobrir quem é o magistrado, meu pai não sabe que estou aqui, ele não dá a mínima para mim, digamos que sou meio que um agente. - Lucas se levanta e faz uma careta de dor. Suas partes deviam estar doloridas.

- Agente? Por que iria querer acabar com seu pai? - pergunto, Lucas nunca foi de se importar com o pai, sua mãe sempre foi carinhosa com ele, então, o carinho fez ele amar a mãe mais que o pai.

- Custou a vida da minha mãe, meu pai ter entrado nessa merda de máfia. - diz segurando as lágrimas, dava para ver seus olhos ficarem vermelhos.

Agente 21Onde histórias criam vida. Descubra agora