Capítulo 41

1K 86 13
                                    

O melhor modo de vingar-se de um inimigo, é não se assemelhar a ele.

Marco Aurélio

______________♥_______________

No carro, a caminho do nosso destino, a tensão é pior, pois Lucas e Chloe não estão aqui. Mas prefiro ficar em silêncio, até que ele seja agradável o bastante de eu não querer discutir. 

Olho para janela do carro, chovia muito, as gotas da chuva batiam fortemente no vidro, fazendo sons bem fortes.

" Testando sinal, testando." A voz de Chloe se instala no meu ouvido e do de Thomas.

- Estamos ouvindo. - Thomas responde.

" Ótimo, quando chegarem, entrem com os nomes, Rebecca e Rogélio" Chloe diz os nomes quase rindo.

- Porra, você não tinha um nome melhor para mim? - Thomas pergunta grossamente.

"Gostou, chefinho? Eu que escolhi." Lucas diz com graça.

Rio discretamente. Thomas podia está sério no volante, mas vejo seus lábios vacilarem para cima em poucos segundos.

- Certo, já podem saírem da linha, ou deixarem de ouvirem a gente. - Digo.

" Por quê? " Chloe pergunta.

- Sai da porra da linha agora e também, vou levar o que vocês disseram. - Digo. Vejo Thomas arquear as sobrancelhas sem entender.

" Saindo, mas te dou apenas 10 minutos." Chloe diz e não tenho mais sinal dela.

- Por que disso? - Thomas perguntou rispidamente.

- Porque quero conversar. Não sou tão má e fria como pensa. 

Thomas me olha de canto de olho, mas não tira os olhos da estrada. 

- Eu sei que você não é assim, disse aquilo para você fazer exatamente isso que está fazendo, se fosse fria não estaria se preocupando com isso. Mas não é, pois está se preocupando. - Thomas sorri.

Não acredito. Ele acha mesmo que é.. Que ódio! Um grande manipulador, isso que ele é!

- Eu te odeio. - digo.

- Não, não odeia. Deveria controlar essa raiva, a luta é para você jogá-la para fora. 

- Não seja o professor agora! - digo praticamente rosnando.

- Cissa, você só está... - O interrompo.

- Estou o quê?! 

- Você não superou a morte de sua mãe. - Me lembrar disso me dá náuseas no estômago.

Fico em silêncio.

- Cissa.. - Thomas quebra meu silêncio.

- Cala a boca, só me responde, por que você é tão bipolar comigo!? - Pergunto seca. Da minha perda não falaremos.

- Você faz eu ser o que não sou, digamos que causa um efeito em mim, fico entre agarrar você ou dou broncas. Mas o principal que quero, é ajudar você. - diz calmamente.

Agarrar? Em que sentido ele quis dizer?

Antes que eu consiga perguntar..

" Voltei! Vocês chegaram na festa, é no hotel na rua onde estão." Chloe surge com a sua voz doce.

Thomas para o carro num beco escuro, bem estratégico, o carro preto quase não aparece na escuridão que o beco tem na noite.

Antes que Thomas abra a porta, agarro sua mão sem que eu perceba.

Agente 21Onde histórias criam vida. Descubra agora