Capítulo 12

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A amizade é um amor que nunca morre.

Mário Quintana

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- Ei, calma aí, você está andando muito rápido! - Falo em meio de gritos.

Gabriel olha para meu pulso, ele segurava com força e percebe que me machucava. Ele solta sem graça.

- Desculpa. - Fala envergonhado.

- Tudo bem, só não faça isso de novo. - digo massageando meu pulso.

- Para onde está me levando? - pergunto curiosa.

- Você vai ver, com certeza vai gostar, vamos poder conversar, eu realmente quero saber o que está acontecendo. - Gabriel diz com uma carinha tão fofa. Como ele consegue ser tão.. Não sei.

- Só falo se explica da onde saiu o "21 ''. - Quando termino a frase ele sorri, um sorriso largo, mostrava suas covinhas. Aí, aquele sorriso.

Gabriel faz uma pose de modelo, com as mãos na cintura.

- Sabia que você é muito curiosa e persistente.

Dobro os braços.

- Sim, eu sou.

Gabriel mexe em seu cabelo, como se estivesse impaciente.

- Vamos, o lugar é perto daqui. - Gabriel fala.

Começamos a andar para longe do Bob 's. Logo que chegamos fico meio feliz. Ele me trouxe para um parquinho, um parquinho. Começo a lembrar a última vez que vim para cá. Há muito tempo, acho que foi aos 6 anos, quando Peter gostava de me puxar os cabelos. Lembro que ele e André, jogaram dois chicletes no meu cabelo e grudou. Eu chorei muito, muito mesmo.

- Vem, senta no balanço. - Gabriel chama ao lado do balanço.

- Sério? Eu nem devo caber aí. - digo rindo.

- Ah, vai. Claro que cabe, você é magrinha. - diz me avaliando.

Olho em sua direção séria, ele começa a morder o lábio. Eu não acredito, ele tá mesmo tentando me seduzir.

- Eu vou sentar, mas não porque está me olhando com essa cara de tarado. - Vou até o balanço e sento.

- Nossa, mas claro, você gostou. Eita, esqueci, só amigos. - fala Gabriel e começa a fazer força em mexer o balanço em vai e vem.

- Agora fala, quem é o garoto que gosta de você e por que estava chorando? - Gabriel pergunta.

Ele empurra o balanço mais leve. Eu consigo sentir o Sol já indo embora, com seus últimos raios em meu rosto. Respiro fundo.

- Você acredita que o Peter me beijou e falou que gosta de mim, tudo isso, ele estando bêbado. E, chorei pelo motivo que.. - Não consigo.

- Continua. - Fala Gabriel.

- Meu pai, quando eu era menor ele batia na minha mãe e em mim. Minha tia ajudou minha mãe a denunciar ele, foi preso, mas está solto. Você acredita que minha mãe falou que eu deveria falar com ele, claro que não, ele disse que quando me encontrasse me mataria, dizendo que eu sou a culpada por ele ser daquele jeito. Eu não sei se minha mãe falou pessoalmente com ele ou por celular, mas só quero ele longe. Eu, eu já tive muitos pesadelos, Gabriel. - Término acabada.

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