Capítulo 31

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Seja verdadeiro com quem você ama, não invente uma outra pessoa para fazer alguém gostar de você.
Eu esperando a dentista.

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- Quieta! - Jorge diz com a voz rouca no meu ouvido, ele me pressiona para mais perto dele.

- Por favor..

- Larga ela, Jorge! - O som da voz de Lucas surge como uma luz para mim.

Vejo seu deslumbre, por causa das lágrimas que atrapalham minha visão, só consigo ver que ele está com uma arma também, apontando para Jorge.

- Para trás! - Jorge me coloca como escudo.

Os dois ficam se encarando por vários segundos, como se estivessem negociando pelo olhar.

Escuto vozes vindo em nossas direções, Peter e André!
  Lucas olha para trás de mim e Jorge.

- Cissa! - André diz, assustado.

Jorge fica sem onde passa, um lado Peter e André, outro Lucas.

- Por favor, não.. não.. machuca eles. - digo tremendo. A arma que antes só era pressionada, agora me machucava de tanta força.

- Vocês três vão me deixar ir, senão a amiga de vocês morre. - olho para Peter. Ele não piscava, parado imóvel.

Ele faz um sinal com a cabeça de leve para a mão que Jorge segurava a arma e a outra que me segurava. Entendi.

Sem pensar duas vezes, faço o movimento de defesa que Peter me ensinou enquanto aprendia luta.

Levanto minha mão com muita força, fazendo a mão de Jorge que segurava a arma ficar longe da minha direção e dou uma cotovelada na sua costela, para que me largasse.

No momento que saio das suas garras, tudo fica lento, como se cada respiração demorasse um minuto, me vejo em sua frente enquanto ele se recupera da cotovelada.

Lucas se prepara para tentar prender ele, mas Jorge aponta a arma para mim. Antes que ele atirasse, Lucas segura ele pela cintura, mas o Jorge atira.

Tudo fica escuro, só ouço várias vozes  e alguém me pegando no chão. Sinto tudo em volta de mim molhado.. cheiro de sangue.

                                             _____________♥______________

  Como dói, meu corpo todo, ainda mais em um ponto específico, minha costela.

- Doutor, ela vai melhorar, né? - escuto a voz da minha mãe, não consigo abrir os olhos ou mexer a boca. Me lembro de tudo, Jorge e arma.

- Sim, nós removemos a bala, ajudou muito que tudo tenha sido feito rápido, ela perdeu um pouco de sangue, mas sua filha é forte.

Ouço uma porta ser aberta.

- Ela está bem? - Peter!

- Lucas está conversando com Marcos, tia Letícia. - André!

Mas Lucas? Por que ele tinha uma arma? Ele estava procurando Jorge?

- E Jorge? - minha mãe pergunta fria.

A porta abre novamente.

- No momento que ele viu Cissa no chão, o idiota pegou a arma e se matou, tentei impedi-lo, mas já era tarde. - Lucas!

Consigo gemer de dor quando tento levantar, mas ainda de olhos fechados.

- Melhor que todos saiam, ela precisa descansar, não pode ficar no meio dessa bagunça. - sinto injetarem algo no meu braço me fazendo entrar de volta na escuridão que eu estava.

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Curte e comente, foi o que eu consegui escrever.
Amanhã farei capítulo de tarde e postarei de noite.

💙 Beijos,
Dudinha.

Agente 21Onde histórias criam vida. Descubra agora