Capítulo 10

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Quem quiser vencer na vida deve fazer como os seus sábios: mesmo com a alma partida, ter um sorriso nos lábios.

Dinamor

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Abro os olhos com esforço, sinto que está coberta e com alguma coisa gelada na minha mão. O que isso?

Tiro o cobertor de cima das minhas pernas, fico sentada na cama. Mas que droga.

André havia colocado um saquinho de verduras congelado em cima da minha mão. Até que está melhor, só estava com uma pequena mancha roxa, meio rosada.

- Acordo cedo. - Olho para a porta e vejo André encostado numa posição relaxada.

- É.. que horas são? - pergunto, bocejando.

- Perto das 7 da manhã. - fala como estive me dando uma advertência. 

Reviro os olhos e me levanto da cama.

- Peter, ele... - falo preocupada, com medo de Peter ter acordado e lembrado de tudo.

- Pode ficar relaxada, ele nem abriu o olho e acho que nem vai abrir tão cedo. 

Vou em direção ao banheiro, mas me vejo com curiosidade e viro em sua direção.

- E você, dormiu aonde? 

Ele sorri.

- No meio das suas pernas não foi, tá legal. Até que o sofá lá embaixo é confortável.

- Podia ter me falado, eu dormia no sofá, a cama é sua. - digo entrando no banheiro.

- Tanto faz, melhor ser gentil. - André fala e não escuto mais sua voz, devia ter saído do quarto.

"Tanto faz, melhor ser gentil." Deveria levar isso que André falou, levar isso para Gabriel. Será que sou mesmo tão grossa? Balanço a cabeça. 

Preciso sair daqui. Faço minhas higienes e saio do banheiro. Quando chego perto do quarto de Peter, vejo a porta entreaberta. Preciso vê-lo. Também, minha mochila estava lá dentro.

Entro na ponta dos pés. Vejo Peter deitado de bruços, boca entreaberta, babando, com seu olho roxo. Como eu ainda conseguia deixar daquele jeito? 

Chego mais próximo da cama, fico de joelhos. Ele parecia não ter mexido nenhum músculo desde ontem a noite. Será que é melhor chamar um médico? Faço uma careta olhando seu rosto.

Minha mochila estava no pé da cama, com o pé de Peter centímetros dela. Fecho os olhos e puxo ela de uma vez.

Levanto num pulo, com a mochila em minhas mãos. Peter, pela primeira vez, se mexe. Ele revira o corpo e fica de barriga para cima, mas não acorda.

Passo pela porta e me encosto nela. Solto o ar que eu prendia, sem te percebido. Meu Deus, obrigada por ele não ter acordado.

Desço as escadas com rapidez.

- Por que está nervosa? - André aparece em minha frente.

Agente 21Onde histórias criam vida. Descubra agora