Capítulo 34

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Tome muito cuidado com as palavras.

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Os dois dias passaram rápidos, Laura me ajudou em tudo, tive que voltar na minha casa, foi uma tremenda dor, porém eu precisava pegar minhas coisas. Laura perguntou se guardava as coisas da minha mãe, algumas sim, algumas queria doar. Fotos queria guardá-las, mesmo que eu não conseguisse ver.

- Ansiosa? - Peter pergunta encostado na parede do quarto.

- Sim. - minto. Não, eu não estava.

Respirando fundo e soltando o ar pesado, me viro para olhá-lo nos olhos.

- Você promete que vai continuar indo para psicóloga. E qualquer coisa me ligar?

- Eu prometo. - Responde dando ombros - Estou mais feliz comigo mesmo, minha mãe está bem..

Nisso que ele fala, Peter percebe o efeito disso em mim.

- Sua mãe está em um lugar melhor.

Apenas afirmo com a cabeça. Terminando de fechar a mala, sou puxada para um abraço reconfortante.

- Minha linda, você terá um futuro tão espectacular! - Peter diz exageradamente.

Rio baixo.

- André chega a ficar com inveja.  - diz.

- Vocês vão começar tudo da empresa quando? - pergunto. Ser empresários era uma coisa que Peter e André mais  desejavam.

Peter roça a cabeça distraído.

- Vamos ver alguns assuntos ainda, mas logo resolveremos. - Sorrio largamente.

- Eu levo sua mala. - Peter pega a mala cor de rosa, coloca em seu ombro, isso faz parecer mais forte.

- Olha, alguém andou malhando.

- Que isso, sou natural amiga. - Peter diz com voz de mulher.

Descemos as escadas, embaixo vejo André nervoso, ele sabia ficar charmoso até quando está nervoso, triste, alegre e sujo. Ele falava  com alguém na porta.

- Quem é? - pergunto no último degrau da escada.

- Não é nin.... - André começa a fala mas é interrompido, Raquel faz força para que a porta se abra.

- Preciso falar com você! Cissa, por favor! - Raquel, como ela tem coragem de aparecer aqui? Ela é prima  do demônio.

- Raquel não é uma boa hora.. - André fica corado. Sim, ele não sabe de nada, não o culpo, mas ela! Não vou deixar ela nem mais um pouco perto de André!

- Deixe ela entrar. Pode me dar um minuto com Raquel? - peço para André.

Ele assenti com a cabeça e sai.

Desço o degrau da escada e me aproximo com a cara mais sem expressão e fria do mundo.

- Veio me dar mais algum recado da sua família?

- Cissa, eu não participo do grupo deles, eu não te alertei pois achei que Gabriel estava mesmo gostando de você, mas era tarde quando vi que ele estava usando você para saber sobre Jorge! Eu sinto.. - tampo sua boca com meu dedo.

- Não diga que sente muito, você não sente, ninguém da sua família sente. - digo secamente e acrescento - Escreva o que eu digo, eu vou acabar com a raça deles, irei me vingar!

Raquel estava quase aos prantos chorando, porém vejo a engolir o choro e criar forças para falar.

- Eu vou me afastar, achei que podíamos ter sido amigas de verdade, qualquer coisa que você precisa de ajuda eu ajudarei. - Me entrega um papel com uma série de número de telefone, o pego.

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